sexta-feira, 30 de abril de 2010

IRON MAN 2 - “Homem de Ferro 2” - Wiplash e nova armadura em pôsteres IMAX




Sofrendo com a pressão do governo e da mídia, Tony Stark (Robert Downey Jr., de “Trovão Tropical“) reluta em compartilhar sua tecnologia, temendo que ela caia em mãos erradas.




Em resposta a sua atitude, os militares buscam seu rival Justin Hammer (Sam Rockwell, de “As Panteras”) para recriá-la e obter uma arma tão poderosa quanto a sua armadura.




Apoiado por sua ex-assistente Pepper (Gwyneth Paltrow, de “O Amor é Cego”) e seu amigo Jim Rhodes (Don Cheadle, de “Crash: No Limite”), ele enfrentará ameaças como o russo Whiplash (Mickey Rourke, de “O Lutador”) e descobrirá novas oportunidades com o agente Nick Fury (Samuel L. Jackson, de “Jumper”) e a SHIELD.

“Homem de Ferro 2” é dirigido mais uma vez pelo ator/diretor Jon Favreu (“Zathura”) e tem estreia prevista para o dia 7 de maio nos EUA e no dia 30 de abril no Brasil.

Nerdcast 207 - Bêbado e na Mão do Palhaço 2


Lambda lambda lambda! Hoje Alottoni, Afonso Tresdê, JP, Irado (AquelesCaras) e Azaghal, o anão relatam as mais inacreditáveis HISTÓRIAS DE BÊBADO!

Neste podcast: Aprenda como tentar limpar sua sujeira na fachada do prédio, entenda com uma tacada de sinuca pode mudar sua vida, conheça um índio-justiceiro, não durma na sarjeta e não dê em cima de 3 gerações de familiares na mesma festa!

Tempo de duração: 65 min

http://jovemnerd.ig.com.br/categoria/nerdcast/

Vida Fodona #208: Alma brasiliense


Atrasado de novo, mas sempre na sincera e na humilda – desta vez peço a benção à minha Nossa Senhora pessoal, a cidade em forma de avião que me viu nascer e virar gente, a capital do terceiro milênio e palco maior das principais ficções que por enquanto só existem em minha cabeça. Brasília completou 50 anos na quarta passada e eu sampleio nosso maior trovador para sublinhar um tipo de comportamento, uma complexidade social, um elemento à distância, que torna o ser brasiliense tão particular e específico – além de único.

Há muito de goiano, de nordestino, de carioca e de mineiro na formação da personalidade candanga. Mas existe um choque de realidade que começa com a presença de embaixadores e deputados e senadores de todos os estados do Brasil e países do mundo em uma cidade em que o horizonte em 360 graus é regra e o verde onipresente contorna mármores brancos, concreto, vidraças e uma arquitetura dos anos 70. Hoje Brasília vem sendo comida pelo vírus estético que faz shopping centers e condomínios fechados de arquitetura neo-clássica brotarem pelo chão feito erva-daninha (perigoso resquício da cafonice dos anos Fernando), mas ainda há uma mentalidade completamente diferente sob as manchetes sobre parlamentares (eleitos pelos outros estados, não custa lembrar) e os clichês dos desinformados (tipo o papo das esquinas ou do índio).

E ninguém cantou melhor este lado da cidade do que Renato Russo – daí a seleção de faixas do programa desta semana ser toda de músicas do Legião Urbana. Fugi dos hits para dar ênfase a este outro lado da discografia do grupo, mas não tem como falar em cantar Brasília e não citar “Eduardo e Mônica” ou “Faroeste Caboclo”. Mas “Dezesseis”, “Música Urbana 2″ e “Baader-Meinhoff Blues”, entre outras, traduzem bem este espírito. Para ornar esta homenagem, uma foto do Érico Vieira da quadra em que ele mora – a mesma que eu ainda chamo de “casa”.

Legião Urbana – “Central do Brasil”
Legião Urbana – “Andrea Doria”
Legião Urbana – “Teatro dos Vampiros”
Legião Urbana – “On the Way Home” / “Rise”
Legião Urbana – “A Via Láctea”
Legião Urbana – “Eduardo e Mônica”
Legião Urbana – “Marcianos Invadem a Terra”
Legião Urbana – “Petróleo do Futuro”
Legião Urbana – “Tédio (Com Um T Bem Grande Pra Você)”
Legião Urbana – “L’Age d’Or”
Legião Urbana – “Metrópole”
Legião Urbana – “Baader-Meinhoff Blues”
Legião Urbana – “Mais do Mesmo”
Legião Urbana – “Dezesseis”
Legião Urbana – “Metal Contra as Nuvens”
Legião Urbana – “O Passeio da Boa Vista”
Legião Urbana – “Faroeste Caboclo”
Legião Urbana – “Perdidos no Espaço”
Legião Urbana – “Teorema”
Legião Urbana – “Conexão Amazônica”
Legião Urbana – “Eu Era um Lobisomem Juvenil”
Legião Urbana – “A Montanha Mágica”
Legião Urbana – “Vento no Litoral”
Legião Urbana – “Música Urbana 2″
Legião Urbana – “A Dança”
Legião Urbana – “Travessia do Eixão”
Legião Urbana – “Por Enquanto”

RapaduraCast 181 – Alice no País das Maravilhas | Partes 1 e 2




PARTE 1

Lewis Carroll criou uma das obras mais comentadas do século. Isso é fato! Mas quais os motivos para tanto alarde e como a obra conseguiu ter sobrevida até hoje? Nessa PARTE 1 do Duplex, falamos exclusivamente sobre o livro e animação da Disney Alice no País das Maravilhas, comentamos sobre a sequência literária Alice do Outro Lado do Espelho e sobre seu autor. Esta é uma prévia para você se preparar para assistir ao novo filme de Tim Burton.

Jurandir Filho (Juras), Maurício Saldanha (Mau), Thiago Siqueira (Siqueira) e Fábio Barreto (Barreto) tentaram desvendar os segredos que estão guardados dentro da toca do coelho. A história é infantil? Quais as polêmicas relacionadas a Alice e ao autor? Por que a animação de 1951 feita pela Disney é conhecida como uma das ovelhas negras do estúdio? Tudo isso e muito mais!


PARTE 2

Tim Burton está de volta com uma história que tem a ver com a sua carreira. Sombria, psicodélica, imaginativa e que podemos interpretar de várias formas. Este é Alice no País das Maravilhas, na visão do diretor. É muito diferente do original? Cumpriu bem o seu papel? Esta PARTE 2 é dedicada exclusivamente ao filme, então, se você não viu, passe longe, pois revelamos muito de sua história.

Jurandir Filho (Juras), Maurício Saldanha (Mau), Thiago Siqueira (Siqueira) e Fábio Barreto (Barreto) debateram sobre a versão live-action do livro de Lewis Carroll e da animação da Disney. Aliás, esse filme também é produzido pela Disney. Isso é algum problema? Será que o estúdio interferiu na visão do diretor para a obra? O longa foi filmado em 3D ou foi apenas convertido? Os atores se encaixaram bem aos papéis? Afinal, Tim Burton ainda é um bom diretor? Tudo isso e muito mais.

Se você já assistiu ao filme, diga para nós a sua opinião e discuta conosco sobre esse mundo de Alice no País das Maravilhas.

Vida Fodona #209: Tá de manhã… Tá fazendo frio…


O programa de hoje começa mansinho, devagar, mas aos poucos ele vai anoitecendo…


The Bird and the Bee – “I Can’t Go For That”

Tensnake – “Get it Right”

Daft Punk – “Technologic (GoGoBizkitt Remix!)”

Erlend Oye + Morgan Geist – “Ghost Trains”

Crystal Castles – “Intimate”

Foals – “Black Gold”

Jamie Lidell – “The Ring”

Beck + Liars + St. Vincent + Sergio Dias – “Need You Tonight”

Xx- “Night Time (What Kind of Breeze Do You Blow Extended Edit)”

Vengeance DJs – “Close to Me (Vengeance Mashup)”

Louis La Roche + Ad Apt – “Missing You”

N*E*R*D + Nelly Furtado – “Hot N Fun”

REMIX86 – “Night Like You Better”

Mia – “Born Free”


Vida Fodona #209 60 min. 34 seg.

http://fubap.org/vidafodona/

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Gravity (2010) - [Episódio Piloto]







“Gravity” é uma série excêntrica sobre um grupo de apoio às pessoas que tentaram suicídio. Improváveis relações são forjadas quando o elenco diferenciado enfrenta os desafios e oportunidades que vêm junto com uma segunda chance na vida. Robert (Ivan Sergei, “Warehouse 13″) e Lily (Krysten Ritter, “Breaking Bad”), dois amantes de ocasião e de mundos muito diferentes, são particularmente testados quando o misterioso detetive Miller (Eric Schaeffer, “I Can’t Believe I’m Still Single”) tem um interesse incomum por eles.

O casal se junta ao grupo que tem Shawna Rollins (Rachel Hunter, “The Brazen Bull”), uma supermodelo de meia idade, Jorge Sanchez (James Martinez, “Law & Order”) um trabalhador da construção civil, Adam Rosenblum (Seth Numrich, “Independent Lens”) um adolescente problemático e Carla Glick (Robyn Cohen, “The Mentalist”), uma dona de casa perfeita. Eles aprendem a viver e amar novamente em Nova York, todos aconselhados por Dogg McFee (Ving Rhames, “Surrogates”).

A série do canal Starz chega a ter um humor negro, mas ressalta, além de que cada um do grupo tentou se matar, a tentativa de se levar uma nova vida. Alguns não conseguem. Preferem a morte. Vale a pena conferir!

http://www.spinoff.com.br

[Treme] HBO e seu Novo Sucesso Garantido







Apenas um episódio exibido, audiência modesta até mesmo para TV paga americana, porém o suficiente para a HBO confirmar a segunda temporada de Treme, a série é sucesso entre a crítica especializada que a nomeia como a nova obra prima da HBO, aliás a HBO em 2010 está detonando, não teve nenhuma estréia ruim e tem coisa boa vindo por ai, aguardem.

Já Treme nos mostrou uma Nova Orleans totalmente destruída, não só a parte física, as pessoas totalmente abaladas, recomeçando sua vida do zero, dependendo de ajuda de amigos e velhos conhecidos, mas uma coisa o Furacão Katrina não conseguiu destruir, o “espírito” do povo de Nova Orleans, e especialmente em Treme local onde praticamente todos vivem de música, esse espírito se renova com a primeira Grande Parada, três meses após a passagem do furacão, essa Parada que mobilizou toda população de Treme irá trazer devolta a alegria e musicalidade daquele local que antes era um verdadeiro celeiro de artistas do Blues, Jass e Soul.

Treme nos trouxe ainda grandes personagens, com magníficas interpretações que dificilmente não receberão indicações para grandes prêmios, afinal mais difícil que sobreviver a uma grande catástrofe é renascer após ela, e com muita musica, companheirismo e amizade o povo de Treme terá essa jornada, mas até aqui eu falei somente o lado bonito e espirituoso da série, trama política e conspiração contra membros da sociedade existem, e não são poucas em Treme, mas isso saberemos mais no decorrer da temporada com oito episódios em finalização de produção.

http://www.zuil.com.br

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Happy Town




Não se engane pelo nome da série. Happy Town não tem nada de feliz, muito pelo contrário. A nova série da ABC que estreia dia 28/04/2010 é do gênero suspense/terror, comparada com a famosa Twin Peaks, e que promete bastante. Os criadores de Happy Town tem bagagem, sendo os três: Josh Appelbaum, André Nemec e Scott Rosenberg, produtores e escritores de séries como October Road, Life on Mars, Alias e Samurai Girl. Já o diretor é Gary Fleder, que tem no currículo trabalhos como Life Unexpected, Blind Justice e o filme The Express.

Cinco anos atrás, um homem conhecido como Magic Man sequestrou vários moradores da cidade de Haplin, os quais nunca foram encontrados. Agora, apesar da calmaria, a cidade ainda é assombrada pelas lembranças do passado e tudo está prestes a piorar. Um novo e hediondo crime acontece e todos os moradores tem segredos escondidos, então quem estaria por trás do mais novo crime? O Magic Man ou outro morador? E por que?

Haplin é uma pequena cidade que chama atenção pela sua beleza. Suas montanhas arroxeadas ficam ainda mais lindas com a forma que os raios do sol atingem a cidade. Tudo isso é percebido por Henley Boone quando a garota chega na cidade percebendo uma marca misteriosa em vários pontos do local: uma auréola e um ponto de interrogação. A mãe de Henley passava férias em Haplin e foi para procurar informações de seu passado que ela acabou no lugar, sendo envolvida em romances e problemas que nunca imaginaria viver. Mas Henley não é a única de fora. Merrit Graves, dono da loja The House of Usher, mora nos arredores e é um homem estranho, parecendo esconder alguma coisa.


Quando o crime acontece, o xerife Tommy Conroy precisa agir como nunca agira em sua vida como autoridade em Haplin, protegendo sua esposa Rachel e sua filha Emma. Tommy terá a ajuda de seu parceiro Eli Rogers e do segundo no comando Roger Robbs que se preocupam apenas com a segurança do local. Do outro lado da cidade está a família fundadora, donos da fábrica de pães local “Our Daily”: a matriarca Peggy Haplin e seu filho John, cuja filha foi uma das vítimas do Magic Man cinco anos atrás. Os Conroy e os Haplin nunca se deram muito bem e agora, por baixo dos panos, o filho de John, Andrew, está tendo um romance tórrido com a babá dos Conroy, Georgia Bravin.

No meio de tantas pessoas, quem é confiável e quem esconde segredos? O tal Magic Man existe e pode ser encontrado? Como a cidade lidará com as revelações que estão por vir? Tudo isso, uma rede interligada de bons personagens e história de tirar oi fôlego é o que Happy Town promete. Mas já sabemos sobre a produção e a trama, mas e os atores?

Henley será interpretada pela atriz Lauren German, conhecida por seus papéis nos filmes Massacre da Serra Elétrica, O Albergue II e Um Amor para Recordar. Sam Neill, famoso pelos filmes Parque dos Dinossauros e mais recentemente as séries The Tudors e Crusoe, será Merrit, enquanto Geoff Stults (October Road, Reunion, 7th Heaven) será Tommy Conroy. Jay Paulson (October Road, Cybill) e Robert Wisdom (The Wire, Prison Break) serão os ajudantes de Tommy: Eli e Roger. Amy Acker (Angel, Alias, Dollhouse) será Rachel e Steven Weber (Wings, Studio 60 on the Sunset Strip) será John. O filho de John, Andrew será interpretado pelo ator novado Ben Schnetzer e Sarah Gadon (Being Erica) será a babá Georgia


Happy Town estreia nessa quarta feira, dia 28, na ABC e promete um drama cheio de mistério e ação. Para saber se corresponde as expectativas, só nos resta esperar.

JUSTIFIED - SERIE DO CANAL FX







Primeiramente chamada de Lawman, estreia em 16/03/2010 a mais nova série do canal de tv a cabo, FX: Justified. O canal, famoso por séries como Damages, Rescue Me, Sons of Anarchy e Nip/Tuck, aposta com força em seu mais novo drama.

A série é baseada na vida do oficial americano Raylan Givens, um famoso personagem dos livros do escritor Elmore Leonard. Givens ainda trabalha como os xerifes do século 19, trazendo justiça a qualquer custo e de sua própria maneira, o que causa problemas para seus superiores. O resultado de sua maneira de agir é ser relocado para um distrito policial de sua cidade de nascença, no estado de Kentucky, o que, para um xerife a moda antiga, não é nada ruim. Givens é charmoso e cortês, mas por baixo dessa máscara, se encontra um homem bravo, criado em uma cidade rural por um pai fora da lei, e que sabe exatamente na pessoa que não quer se tornar, esquecendo de descobrir quem realmente é.

Quem assina a série é Graham Yost, roteirista de filmes como Velocidade Máxima e Tempestade. Elmore Leonard será um dos produtores executivos, junto de Sarah Timbermand, Carl Beverly e Michael Dinner, tendo sido os três, produtores da série Kidnapped, e Dinner, produtor de Anos Incríveis.


Timothy Olyphant, conhecido por seus papéis principais em Deadwood e Damages, além de estrelar os filmes Pegar e Largar, Duro de Matar 4.0 e Hitman: O Assassino 47, é quem dá vida a Raylan Givens. John Landgraf, presidente do FX disse em uma declaração a imprensa, que marcaram todos os pontos quando contrataram Olyphant, e que ele está perfeito no papel.

Nick Searcy (Easy Money, Seven Days e filmes O Júri, Náufrago e Um Pobretão na Casa Branca) será Art Mullen, chefe e amigo de muitos anos de Givens. Jacob Pitts (filmes Eurotrip e Quebrando a Banca) e Erica Tazel interpretam os oficiais Tim Gutterson e Rachel Dupree. Walter Goggins (The Shield), Natalia Zea (Dirty Sexy Money, Hung) e Joelle Carter (filme Alta Fidelidade) terão personagens recorrentes.

Se depender de produção, elenco e do canal, a série tem tudo para ser um novo sucesso. 13 episódios já foram encomendados e a estreia será dia 16 de Março. As primeiras impressões, você confere, aqui no Apaixonados por Séries, claro. Abaixo você confere dois vídeos promocionais da série, que já dão o tom do novo drama:

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Stone Temple Pilots fala sobre álbum novo, Copa e terremotos







Fábio M. Barreto

Publicado em 23/04/2010 13h21

Depois de dirigir por meia hora até a praia de Santa Monica, perto de Los Angeles, esperei alguns minutos até que Eric Kretz, baterista do Stone Temple Pilots, chegasse para conversar sobre o novo disco da banda, Between the Lines. É o primeiro disco do STP depois de sete anos no limbo e é ótimo.

Logo que Kretz se apresentou para conversar com o Virgula e perguntou sobre os favoritos da Copa do Mundo, sabia que estava diante de uma grande oportunidade. Kretz contou sobre os bastidores de Between the Lines, seu início de carreira, a dinâmica da banda, as mudanças impostas pela tecnologia ao mundo da música, mas tudo começou... bem, com futebol. Confira a entrevista exclusiva!

De onde vem esse interesse por futebol?

Joguei muito quando criança e continuei gostando. Sempre que posso, assisto os campeonatos europeus, mas a Major League Soccer [campeonato americano] não empolga (risos).

E vai acompanhar a Copa do Mundo? Por isso me perguntou sobre os favoritos?

(risos) Você é brasileiro, tem alguém melhor para perguntar? (risos). Estarei em tour em julho, então quando o tempo fica ruim e a gente não tem para onde ir, assistir à Copa do Mundo vai ser o melhor programa. Estou me programando e quero saber em quais seleções ficar de olho. Imagina assistir futebol em alta definição. Faz toda a diferença, é lindo. É como os mestres pintores da antiguidade, que podiam incluir novas camadas de cor, sombras, valorizar cada ponto. Seja a NFL ou a Copa do Mundo, a tecnologia beneficiou fantasticamente.

E se a tecnologia tem feito tudo isso para o cinema, como tem afetado o jeito de se fazer música?

O processo de criação não mudou muito. Between the Lines é o primeiro disco em que Dean chegou quatro ou cinco músicas totalmente arranjadas e com demo inclusive, com guitarras, solos e até com bateria em alguns casos. Tudo isso para que sentíssemos o espírito de cada música. Mas isso não aconteceu necessariamente por conta de facilidade tecnológica, mas principalmente pelos sete anos longe do estúdio. Dessa vez, pudemos testar muitas coisas novas pela facilidade da edição, afinal, não precisamos mais ficar rodando as fitas para achar o ponto exato, cortar com a tesoura e remendar com fita adesiva depois.

Acredito que essa nova realidade influencie o seu modo de encarar a bateria, certo? Isso abre mais espaço para experimentar novos sons ou jeitos de tocar?

Sem dúvida. Experimentar mais é a maior adição desse processo, especialmente fazer coisas humanamente impossíveis (risos). Uma das coisas que fiz em Between the Lines foi bater em dois pratos do lado direito, ao mesmo tempo em que batia em dois pratos do lado esquerdo. Era como se eu fosse Shiva e tivesse vários braços! (gargalhadas).

Como vai replicar esse efeito na turnê? Já deu um jeito de conseguir dois braços extras?

(risos) Não seria má idéia! Bem, é um momento muito pontual no álbum e para encontrá-lo é preciso saber o que está procurando. Não é nada que vá comprometer, mas, de qualquer forma, a versão ao vivo sempre sofre algumas modificações leves. Consegui um jeito para simular a impressão por conta própria, mas não vai prejudicar a execução. Afinal de contas, é impossível! (risos)

Já que você gosta de música e de cinema, acredito que tenha assistido ao filme Coração Louco, com Jeff Bridges?

Sim, grande filme!

Pois é, lembra da cena em que Bad Blake (Bridges) termina de escrever “The Weary Kind” e a personagem de Maggie Gyllenhall diz ter a impressão de já conhecer aquela música; e Bad explica: “têm músicas que, de cara, soam como conhecidas”. Foi assim que reagi a Between the Lines. Uma conexão imediata e vou além, uma espécie de retomada do ritmo dos anos 90. Era a intenção? É o momento para um retorno daquele estilo?

Nossa, cara! Acontece exatamente o mesmo comigo quando ouço alguns discos, sabe? É o sentimento de escutar exatamente o que quero ali, de embarcar imediatamente naquele ritmo e ser envolvido. Planejar esse efeito é impossível. É apenas o resultado do que os quatro elementos da banda estavam dispostos a fazer naquele momento, até onde nos deixamos guiar pela influência de cada um. É a famosa “química” da banda.

Com a cultura do download num caminho sem volta, vocês têm que se preocupar mais do que o habitual com a qualidade para garantir “vendas maiores”? Afinal, na Internet, é preciso vender absurdamente bem para faturar alguma coisa...

Felizmente, isso não nos afetou por sermos afortunados o suficiente de ter uma gravadora forte nos lançando. A qualidade de som se mantém no patamar de qualidade que desejamos e o CD é o melhor canal para transmitir essa qualidade. Gosto de ouvir música em MP3 quando estou usando fones de ouvido, mas não posso dizer o mesmo quando uso um sistema de áudio melhor, seja no carro ou, especialmente, no meu estúdio.

Há tanto ruído ali que a experiência fica insuportável por causa da compressão da qualidade necessária para a música caber em 4 ou 5 MB de espaço. O músico é prejudicado por isso. É como assistir a um jogo de futebol numa TV pequenina e em preto e branco. Todo mundo quer, e merece, assistir em alta definição!

Falando em geração internet, vocês acham que a música de vocês dialoga bem com ela? Se preocupam com a mensagem?

Tudo depende da mensagem a qual você se propõe. Fico mordido quando vejo pessoas do entretenimento se envolvendo em política ou assuntos fora de sua alçada. A maioria desse pessoal começou a vida de forma modesta, ou até pobre, aí por ter ficado rico em Hollywood acham que sua opinião é válida. Quanto mais estudo, leio, me informo e convivo com a política, mais reparo o quão problemáticos os políticos estão e que quem mandam são os lobistas. É preciso ser um político profissional para poder opinar com propriedade sobre tudo isso. Tudo bem o sujeito conversar com os amigos, numa mesa de bar, na festinha do filho, mas espalhar as idéias na TV ou na internet – onde pessoas vão ser afetadas e, quem sabe, tomar atitudes com base naquilo – parece irresponsável.

No caso do Stone Temple Pilots, há uma linha guia para a postura da banda?

Não necessariamente. A música em si é a mensagem. São esses quatro indivíduos apaixonados e determinados. Não somos tão sólidos e bem-estruturados pessoalmente para tentar salvar o mundo (gargalhadas). Quando vejo gente como Bono agindo, especialmente depois de ter feito tanto em escala global, sinto vontade de integrar esse grupo, mas é preciso ter uma vida muito mais balanceada e irremediável por anos a fio e não é nosso caso. Consistência é chave.

Quer dizer, então, que falta consistência pessoal à banda?

Pessoal um pouco, mas acontece pelo fato de não almejarmos aquela posição. Quanto às letras, devemos dar crédito ao Scott. Quando começamos a banda, nós éramos os idealistas sentados num café discutindo política com algum artista ou intelectual. Havia uma paixão pelo assunto, quer dizer, ela ainda existe, mas não guia nossos caminhos. Scott lê tanta coisa e é capaz de versar sobre seus sentimentos, coisas que o deixam com medo, ou virar a mesa e abordar momentos de felicidade extrema ou vitória. O resultado disso é que ele sabe contar uma história como poucos.

Muitas bandas ou músicos tentam sair desses períodos de hiato com covers ou fórmulas de sucesso garantido. Isso foi discutido em algum momento?

Não. Gravar covers é legal como exercício e como homenagem, mas se for para gravar um álbum cheio deles é melhor entrar para uma banda que só toca aos finais de semana em bares e festas (gargalhadas). São clones. Não que fique ruim, por exemplo, ouvi um cover para New World Man, do Rush, num estilo bastante eletrônico... ficou brilhante. Não sei quem fez, mas me deixou de queixo caído. Estava mijando no banheiro e era música ambiente, tomei um susto e pensei: “ah? Rush?”. Foi meio surreal. Liricamente, Rush fica bom em qualquer lugar.

Ficou com medo do último terremoto?

Nem! (risos). A não ser que as coisas comecem a cair das prateleiras, não me preocupo (risos). Fui criado em San Jose, aqui na Califórnia, então estou acostumado. Agora o interessante foi ver o rosto da minha esposa. Ela entrou em pânico! Ela é canadense. Comecei a rir histericamente na frente dela. Ela não ficou muito feliz. Quando eu ficar com medo, aí ela pode se desesperar.
É o fim do mundo chegando! (risos) Terremotos, vulcões, tantas catástrofes naturais. Até agora não consegui compreender a magnitude do que aconteceu no Chile. Tudo pode acontecer.

Música pode mudar as pessoas?

Com certeza! Começando comigo, mudei por causa da música. Quando abri o álbum Alive II, do Kiss, aos 10 anos, e vi o palco pela perspectiva do Peter Criss, com aquela bateria gigantesca tomando conta de metade da foto, pirei! Aquela cena transformou aquele garotinho. Eu queria viver aquele circo de luzes, guitarras, rock’n roll e de toda aquela energia vindo da platéia. Naquele momento comecei a aprender a guitarra. Meu pai ajudou um bocado, pois sempre trazia novos discos. Ouvia de bluegrass a AC/DC, então foi fácil despertar esse monstro sedento por novas músicas e estilos.

Pronto para a turnê?

Quase! (risos) Pelo que sei, começamos pelos Estados Unidos em junho, seguimos para Europa em julho, e América do Sul em Outubro. Estou empolgado para ir. Nunca visitei o Brasil. Tocamos na Argentina ano passado. É como tocar na frente de 40 mil bateristas. O modo como eles compreendem a música, sabem os ritmos, acompanham cada nota. É uma dedicação exemplar que encontramos na América do Sul. Nos Estados Unidos, o pessoal se empolga nos hits, mas no seu continente, TUDO fazia sentido. Foi uma das experiências mais vívidas que já tivemos em um show.

domingo, 25 de abril de 2010

"Lost" se perde em mais dúvidas




Série ainda tem quatro capítulos inéditos antes de terminar com episódio duplo em 23 de maio nos EUA

Lentidão em solucionar mistérios aumenta devoção e ódio; TV paga brasileira exibe sexta temporada com duas semanas de atraso

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Falta pouco para terminar. Apenas quatro episódios separam "Lost" de seu episódio final, em 23 de maio, nos EUA. No Brasil, a temporada passa com duas semanas de atraso, mas o canal AXN não quis divulgar uma data para o fim.

Falta muito para acabar. A série, criada por J.J. Abrams, Carlton Cuse e Damon Lindelof, deixou para o último mês de exibição mais dúvidas que respostas -na próxima terça, está programada uma reprise.

Mesmo os mistérios solucionados têm clima nebuloso ou não fecham as equações da série, iniciada em 2005, sobre um grupo de passageiros de um avião que cai numa ilha mágica e de localização incerta.

Nos episódios anteriores de "Lost", o monstro diz a Sawyer que não pode cruzar o canal entre as duas ilhas na forma de fumaça, mas aparece diante de Michael na figura de Christian Shepard, em alto-mar, quando uma bomba explode e mata a tripulação do cargueiro.

Na primeira cena do final da quinta temporada, a caravela Pedra Negra surge num dia ensolarado de calmaria no mar. Neste ano, em "Ab Aeterno", o mesmo navio chega à noite em meio a uma tempestade e se choca com a cabeça da estátua de mais de 20 metros num tsunami que o leva ilha adentro.

Além de erros de continuidade, alguns mistérios parecem ter sido jogados para debaixo do tapete e vão terminar sem solução. Por que os Outros falam latim? O que é a caixa mágica e como o pai de Locke surgiu na ilha? Mais do que os sobreviventes, perdidos mesmo estão os mais de 10 milhões de telespectadores só nos EUA.

E mesmo as explicações que foram dadas não encerram as dúvidas que as cercam. Se os sussurros são produzidos pelos mortos amarrados à ilha por problemas cármicos, por que anunciavam sempre a chegada ou a presença dos Outros, vivinhos da silva? Se os números estão atrelados a cada um dos candidatos, por que fazem Hurley ganhar na loteria e qual o papel deles na Dharma?

Para manter o espírito do seriado, os produtores vão deixar para os 45 minutos do segundo tempo os grandes mistérios da trama, como o que são a ilha, o Monstro de Fumaça, a relação entre Jacob e o Homem de Preto, a herança egípcia e a missão de cada personagem. "Across the Sea", o 15º de um total de 18 episódios, deve concentrar algumas dessas respostas.

A lentidão em desvendar os segredos da ilha multiplicam as teorias na internet e criam devoções e ódios pela série.

Enquanto isso, as perguntas vêm aumentando. O capítulo da última terça respondeu a apenas uma. Em compensação, deixou no ar o terror de Sun ao ver Locke chegar à emergência do hospital com ela. De onde eles se conhecem na realidade alternativa? Aliás, o que é isso?

A tarefa de juntar os pedaços tampouco é fácil, principalmente se você não se lembrar de detalhes anteriores (nisso, a Lostpedia.com pode ajudar).

Os criadores prometeram em diversas entrevistas -inclusive à Folha- que tudo será explicado. Será um feito. Não de todo impossível, mas bem complicado. Mas sempre haverá um flashback para ajudar. Ou pelo menos desviar a atenção dos buracos pelo caminho.




Nada se resolve e tudo se complica
JOCA REINERS TERRON
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Seja bem-vindo ao primeiro testamento" é o que parece dizer a sexta e última temporada do seriado "Lost".

Não que o maniqueísmo exacerbado não estivesse presente desde o primeiro capítulo, mas nos últimos episódios essa tendência dicotômica chegou ao limite. A mitologia de "Lost" remete cada vez mais à Bíblia, influência assumida pelos produtores em entrevistas.

Não é, evidentemente, a sua única referência literária. Além de citarem os livros de Júlio Verne, respiraram Stephen King. É dele o tijolão "The Stand", originalmente publicado em 1978 e atualizado em 1990. Assim como em "Lost", a trama é circunscrita a um período curto de tempo de 90 dias, mas os personagens "escapam" para a frente e para trás. Há ainda toques de "O Fugitivo" e também da série pioneira "Twin Peaks", de David Lynch.

O hermetismo de Lynch é, precisamente, o principal ingrediente da fórmula radical da série da ABC. Assim como no universo bem maluco do cineasta, em "Lost" nada se resolve e tudo se complica.

Não parece haver, entre produtores e roteiristas, alguém que verdadeiramente saiba as respostas pelas quais o público anseia. Todos, plateia e artistas, estão no mesmo bote à deriva.

Ou pior: maximizando exponencialmente a regra literária de ouro de Hemingway (aquela que afirma que uma história deve mostrar apenas a ponta do iceberg, enquanto o que realmente interessa permanece oculto sob a água), "Lost" é um imenso iceberg submerso.

A não ser por um tipo chamado Gregg Nations (cujo perfil na Wikipedia deixa várias margens à dúvida de que ele não passa de mais um personagem entre tantos), roteirista e o responsável pela linha do tempo dos episódios (um imenso arquivo que determina todas as idas e vindas desde o início até o final), ninguém parece saber o destino de Jack, Sawyer, Kate e seu bando de náufragos. É um indicativo a ser levado em conta, porém, que Nations seja o responsável por guardar a sequência temporal da série.

O tempo é a palavra-chave em "Lost", assim como parece ser em várias das séries mais interessantes da atualidade, sejam de ficção científica (como "Fringe" e "FlashForward") ou não. Até mesmo na aparentemente dissímile "The Wire" o tempo faz sua participação.

"Lost" poderia, inclusive, se chamar "Flashback", pois usa e abusa desse recurso, indo e voltando em meio às vidas pregressas e presentes dos personagens, fornecendo de modo bastante avaro fragmentos minúsculos de personalidade, sugerindo que o espectador costure sua própria colcha de retalhos. Como fazer, porém, para tapar os buracos?

O "cut up", aliás, é outra técnica literária, desenvolvida por William S. Burroughs e Brion Gysin. Trata-se de um processo de montagem similar ao utilizado na indústria audiovisual, com a diferença de que, no "cut up", se busca a anomalia do acaso por meio da colagem de elementos alheios entre si. Sob a influência da literatura mais experimental, "Lost" tem sido responsável por justamente tornar cada vez mais comum o que deveria ser estranho.

CARLOS PAREDES


O mundo segundo Carlos Paredes

Por Viriato Teles

Escrito em Julho de 1998


Morre aos 79 anos o maior mestre da Guitarra Portuguesa: Carlos Paredes - o humilde génio e dono do maior legado da memória de um povo de guitarristas. Em 1998, o Jornalista Viriato Teles falou dele, deixando viva uma memória, como mais ninguém sabe contar.

Texto de Viriato Teles
Tenham a bondade, senhoras e senhores. Instalem-se bem. Depurem os tímpanos e afaguem a alma, para que não percam uma só nota daquilo que vão ouvir. Estes sons raros e delicados vêm de uma antiquíssima galáxia povoada de gente boa, onde o mais importante são os Amigos e as infinitas formas de partilhar com eles os sentimentos, os afectos, as emoções.

Os Amigos, então. São eles, mais do que a própria guitarra que tanto venera, aquilo que acima de tudo importa no universo de Carlos Paredes. À volta da música surge a conversa, sempre em busca de um superior conhecimento do mundo. Para Mestre Paredes, as coisas são tão simples como respirar: «As pessoas gostam de me ouvir tocar guitarra, a coisa agrada-lhes e eles aderem. Não há mais nada.» (Público, 20.3.90).

É, pois, normal que Paredes se espante, com as emoções que ele mesmo provoca junto de quem o ouve: «Já me tem sucedido fazer as pessoas chorar enquanto eu toco... E eu não compreendia isto, mas depois percebi que é a sonoridade da guitarra, mais do que a música que se toca ou como se toca, que emociona as pessoas.»

A guitarra, as pessoas, a vida - eis aquilo que verdadeiramente conta para Carlos Paredes. Mas quem é, afinal, este homem tão humanamente humano? Quem é este Paredes, para lá da guitarra de que os seus dedos ágeis conhecem os mais íntimos recantos? Não é questão a que possa responder-se facilmente, tanto pelo seu permanente acanhamento em referir-se a si próprio, como pela lealdade dos que lhe estão ou estiveram mais próximos e que preferem guardar para si os momentos partilhados com o músico.

São lendárias as histórias da sua distracção congénita, da sua simplicidade comovente, episódios de alegrias, emoções e ternuras contados sem maldade em serões de amigos comuns. E é aí que devem continuar, longe dos apetites mundanos que acabariam por transformar estes momentos únicos em banalidades de um qualquer anedotário. Vamos, pois, aos factos que são do conhecimento mais ou menos geral.

Nascido em Coimbra a 16 de Fevereiro de 1925, respectivamente filho e neto de Artur e Gonçalo Paredes, Carlos aprendeu a tocar guitarra portuguesa quando tinha apenas cinco anos. Ainda tentaram ensinar-lhe piano e violino, mas «Por preguiça», não se ajeitou aos instrumentos. «A minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras», conta o músico. «Eram senhoras muito cultas, a quem devo a cultura musical que tenho. Passávamos horas a conversar e uma delas murmurava: "Não sei o que hei-de dizer aos seus pais". Mas aprendi muito com elas.» (Jornal de Letras, 17.3.92).


Aos nove anos muda-se com a família para Lisboa, onde conclui a instrução primária, no jardim Escola João de Deus. Passa pelo Liceu Passos Manuel antes de ingressar no Instituto Superior Técnico, onde não chega a licenciado. Casa e tem filhos. E nunca pára de tocar a sua guitarra.

A música é, já nessa altura, uma paixão a que Carlos Paredes se entrega com intensidade. Mas só em 1957, com 32 anos, dá pela primeira vez notícias em disco, num EP gravado para a Alvorada. Três anos depois, a sua música é utilizada por Cândido da Costa Pinto na curta-metragem "Rendas de Metais Preciosos", mas será em 1962 que, com a banda sonora encomendada por Paulo Rocha, gravará a primeira das suas composições mais geniais – "Verdes Anos", apenas, tal como o filme.

O cinema, de resto, é uma presença constante na obra de Paredes, e ao longo da década de 60 a sua música ilustrou filmes de Pierre Kast e Jacques Doniol-Valcroze, Jorge Brun do Canto, Manoel de Oliveira, António de Macedo, José Fonseca e Costa, Manuel Guimarães e Augusto Cabrita. Para teatro, destaca-se o seu trabalho para a peça "O Avançado Centro Morreu ao Amanhecer", de Cuzzani, levada à cena em 1971 pelo Grupo de Campolide - por cuja selecção musical ficou responsável durante mais meia dúzia de anos.

Quanto a discos publicados, é o que se sabe. Perfeccionista sempre insatisfeito, Paredes fez rarear as edições das suas músicas, que actualmente se resumem a três CDs de originais, dois em colaboração (com António Victorino d'Almeida e Charlie Haden), uma gravação ao vivo em Frankfurt, e algumas colectâneas de raridades.


O primeiro álbum (que era como então se chamava aos discos de 33 rotações por minuto), publicou-o Paredes em 1967, na Valentim de Carvalho: chama-se "Guitarra Portuguesa" e foi gravado em Paço d'Arcos, com Fernando Alvim como acompanhante à viola e Hugo Ribeiro na técnica. Alain Oulman, o francês de alma lusa que escreveu para Amália músicas como "Gaivota", assinava o texto de apresentação deste jovem músico que se estreava em disco grande aos 42 anos.

"Movimento Perpétuo", editado em finais de 1971, confirmou em definitivo o carácter único da sua música. Depois veio Abril. Deixando para trás projectos que ficariam semi-gravados (e que só muito mais tarde, em 1996, surgiriam na colecção de inéditos "Na Corrente"), Paredes entregou-se de corpo e alma à revolução emergente, percorreu o país de ponta a ponta, com a mesma generosidade com que, no tempo da ditadura, espalhava a sua arte por colectividades e pequenos grupos dos tais Amigos que se juntavam para ouvir estas músicas mágicas que anunciavam um mundo melhor. E, assim, só em 1988 voltaria a publicar um trabalho de estúdio, "Espelho de Sons".

Durante quase todo este tempo foi, também, funcionário do Ministério da Saúde, que faria dele arquivador de radiografias no Hospital de São José - até que, já nos anos 80, um ministro mais atento o promoveu, à sua revelia, a um cargo onde não tinha que fazer rigorosamente nada (um dos tais imprevistos admiráveis que um dia alguém contará). E só então lhe sobrou o tempo todo para a dedicação plena à guitarra, a que Paredes atribui todas as virtudes da sua arte: "A própria guitarra, o próprio tipo de sonoridade da guitarra é que emociona", garante.



A modéstia de Carlos Paredes é a única coisa que pode comparar-se em grandeza, com o seu enorme talento. Não se pense, porém, que esta atitude tem o quer que seja de auto-apoucamento, de falta de confiança e/ou de consciência do valor próprio da sua arte. Pelo contrário: «A música que eu faço tem normalmente estrutura da pequena canção, da cançoneta. Por isso é que eu costumo dizer sou um compositor de pequena música. É um termo que nunca utilizo no sentido pejorativo, mas que foi necessário, no critério de alguns musicólogos, distinguir um determinado tipo de música, a que também se chama música ligeira de um outro, a música clássica. Esta seria a "grande música" e, como música ligeira me parece um termo muito vago, então optei por lhe chamar "pequena música"." Mas atenção: «Quando eu falo de pequena música, pretendo apenas qualificar música que, estruturalmente, é simples e que pode até ser, do ponto de vista estético pouco apreciada, mas que não deixa de ser música. Se eu toco para várias pessoas que me ouvem com atenção, é porque lhes estou a dar prazer. E mesmo que esteticamente seja uma música menor, em termos de qualidade, não tenho que me envergonhar dela, não acha?» (Se7e, 5.10.83).

Este enorme pudor que colocou Paredes no pedestal mais alto da dignidade humana reflecte, apenas, a extrema exigência de rigor que tem para consigo próprio e que, como notou o jornalista António Costa Santos, "o leva a cada passo à mais feroz autocrítica e, por conseguinte, a considerar que a opinião do interlocutor, só é válida e respeitável, como poderá, a priori, ser mais adaptada à realidade do que a sua". Isto porque Paredes "acredita que, se os outros afirmam algo, é porque como ele faz, dissecaram em conversa prévia com os seus botões toda a que antes de botarem sentença. E como, para Paredes, seremos sempre mais do que ele capazes de, após reflectir, ver correctamente a essência das coisas, temos razão e ele vai pensar nas novas perspectivas que lhe abrimos, no que 'aprendeu' connosco" (Expresso, 21.3.92).

Carlos Paredes é, pois, daquele género raro de seres que praticam as relações humanas segundo uma ideia ideal que passa por uma ilimitada vontade de compreender, de olhar as pessoas dentro dos olhos, conhecê-las, gostar delas. E de comunicar com elas na sua globalidade humana de virtudes e de defeitos, sendo que há defeitos que podem ser qualidades e virtudes que podem afinal não ser assim tão virtuosas, tudo dependendo da perspectiva, do momento, daquela razão tão última e tão íntima que às vezes nem o próprio consegue definir.



"Explica-me os morangos", pediu uma vez jacques Brel ao seu amigo Olivier Todd. Brel, sonhador inveterado de um plat pays em tantas coisas parecido com o nosso, sabia que os morangos só se podem descrever e saborear. Com a música de Paredes passa-se algo de semelhante: não se explica, apenas se ouve e se sente.

Paredes é, por natureza, um homem que não se cansa de aprender, daqueles para quem a dúvida é sempre mais criativa do que a certeza final. Por isso nunca toca duas vezes uma música exactamente da mesma maneira. Por isso, também, só a muito poucos concedeu o privilégio de participarem intimamente na sua arte: Fernando Alvim e Luísa Maria Amaro, antes de todos; Victorino d'Almeida e Charlie Haden, quebrando as barreiras entre linguagens musicais aparentemente distintas, e poucos mais.

Do mesmo modo, Paredes consegue ser o maior mestre vivo da guitarra portuguesa sem nunca ter tido a sua ao serviço do fado dito tradicional. Porque, explica o músico, «o fado aconteceu em Portugal por razões bem concretas, foi uma expressão autêntica de um certo tipo de lirismo», mas «foi empobrecido por força das pressões sociais que estavam interessadas na sua adulteração e foi prejudicado na sua autenticidade por quem estava interessado em transformá-lo em objecto mistificador».



Por discrição e porque Paredes só se sente bem no meio dos amigos, encontramo-lo mais depressa - ainda que também raramente - em discos de cantores como Adriano Correia de Oliveira ("Que Nunca Mais", com textos de Manuel da Fonseca e arranjos de Fausto) e Carlos do Carmo "Um Homem no País", com letras de José Carlos Ary dos Santos), ao lado de poetas como Manuel Alegre ("É Preciso Um País") ou incentivando e procurando entender as experiências sonoras de músicos mais jovens. E que bem que sabe ouvir o Mestre assumindo discreta mas apaixonadamente a condição de puro participante em trabalho alheio, como sucede nos discos citados do Adriano e do Charmoso...

Para Carlos Paredes, a música é, antes de tudo, um acto de amor: «Para se fazer música com prazer tem muita importância a amizade entre as pessoas. Não se pode fazer música friamente e com cálculo, profissionalmente, no mau sentido da palavra, a receber x à hora. Não pode ser assim.» (Se7e, 16.3.88). Por isso, como se sente melhor a tocar é «em família, na intimidade. Acompanhando o tocar de uma conversa em que falamos de nós, dos amigos, dos acontecimentos da vida diária.»

Num tempo dominado pela crescente novagentização da sociedade, as palavras que Carlos Paredes partilha com o mundo, nas entrevistas que já deu, são a prova de que existe um país muito parecido com o nosso e que também se chama Portugal, mas onde as coisas fazem outro sentido. Ouçamo-lo quando lhe pedem para definir a sua arte: "A música que faço é um produto das circunstâncias imediatas do tempo em que eu vivo, e passará a ser encarada de outra forma quando essas circunstâncias desaparecerem. É urna coisa que, se perdurar graças aos discos, ficará apenas com o valor de documento, como acontece com toda a pequena música, desde os Beatles ao Manuel Freire. E já ficarei muito orgulhoso se, daqui a muitos anos, puder ser entendido como um compositor que se integrava bem nos acontecimentos desta época ... » (Se7e, 5.10.83).



Carlos Paredes é isto. Sereno, frontal, humilde. Mas sempre seguro das convicções - mesmo se as convicções não são mais do que as incertezas em que acreditamos. Atento aos pormenores de tudo o que acontece em seu redor, Paredes não deixou que as transformações do mundo lhe passassem ao lado. À semelhança de muitos outros que, como ele, dedicaram toda a vida a lutar "para que ninguém mais tivesse que lutar", como diria Vinícius, também Paredes sentiu o peso de algum desencanto. "O ideal não morreu e verifica-se que há determinadas coisas que só um sistema avançado pode resolver. Mas não pode ser de uma forma mecânica; é preciso ver, meditar e sobretudo ter um grande respeito pelos outros" (Expresso, 21.3.92)



Um grande respeito pelos outros. Eis o que faltou às utopias, mas nunca deixou de estar presente na vida, na música e nos gestos de Paredes. É nesse mundo de Amigos que se respeitam e se amam, que vive Carlos Paredes; é desse mundo, onde a Verdade e o Prazer caminham de mãos dadas, que nos ilumina com a grandeza simples dos sons que só ele sabe inventar.


Um génio? Ele diz que não, que é apenas um homem igual aos outros, capaz de amar e de sofrer, de rir e de chorar. «Geniais são as pessoas que respeitamos muito Génio era Mozart.» Génio, génio grande e generoso, é este Carlos Paredes, digo agora eu. E o futuro que me desminta, se for capaz.


Lisboa, Julho de 1998

ANA MOURA












Ana Moura nasceu em Santarém e cresceu num núcleo familiar em que todos cantavam em reuniões e acontecimentos particulares. Cedo desenvolveu gosto por vários estilos musicais, mas o fado foi sempre uma presença constante. No final da sua adolescência, numa festa de Natal, vários fadistas e guitarristas tiveram oportunidade de ouvi-la, entre os quais a Maria da Fé que a convidou para fazer parte do elenco da sua casa de fados, o Sr. Vinho. Esse foi o momento que projectou a sua carreira definitivamente no meio do Fado. Através do seu trabalho diário no Sr. Vinho, conheceu o compositor e guitarrista Jorge Fernando, músico residente na altura, tendo iniciado uma relação profissional e de cumplicidade que se mantém até hoje.

Assim, em 2003 é editado o seu primeiro disco “Guarda-me a Vida na Mão” que recebe os mais rasgados elogios dos media e tem grande aceitação por parte do público tanto nacional como no estrangeiro. É por esta altura que Ana Moura começa as suas digressões pelo mundo fora tendo actuado no prestigiado Town Hall, nos Estados Unidos.“Aconteceu”, o seu segundo disco, é editado em 2004 e trata-se de um duplo trabalho dividido em duas áreas temáticas: – O primeiro disco, a que se chamou «A porta do fado»», aborda o fado clássico e o segundo disco, intitulado «Dentro de casa», debruça-se sobre o fado tradicional. É por esta altura que Ana Moura recebe um convite para actuar no célebre Carnegie Hall, de Nova Iorque, em Fevereiro de 2005, tornando-se assim na primeira cantora portuguesa a actuar na mítica sala nova-iorquina.Este disco leva-a novamente a grandes digressões no estrangeiro, tendo Ana Moura actuado em vários países europeus como Holanda, França, bem como nos Estados Unidos e na China, tornando-se numa das mais bem sucedidas artistas portuguesas. De tal forma, que em 2005 o seu disco “Aconteceu” foi nomeado para um dos mais prestigiados prémios da World Music – os Edison Awards.



É por esta altura que surge o convite de Tim Ries (saxofonista dos Rolling Stones e que ficou encantado com a voz de Ana Moura através de um disco que encontrou no Japão) para participar no 2º volume da colectânea “The Rolling Stones Project”, um projecto por ele dinamizado. Assim, aproveitando o concerto dos Rolling Stones no Porto, Ana Moura grava dois temas adaptados para fado por Jorge Fernando e Custódio Castelo.




Mais tarde, Ana Moura viria a ser surpreendida com um convite dos Stones para subir ao palco do Estádio Alvalade XXI, em Junho deste ano e, perante mais de 30 mil pessoas, cantar com Mick Jagger a sua versão de “No Expectations”. Convite este que surgiu após a ida dos Stones à casa de fados onde Ana Moura usualmente canta.



Desta amizade surge a participação de Tim Ries (participação em “A Sós Com a Noite” e a autoria de “Velho Anjo”) naquele que viria a ser o terceiro trabalho de Ana Moura. No final de 2006, Ana Moura começou a gravar o seu terceiro disco de originais, com edição no primeiro semestre de 2007.Em “Para Além da Saudade”, Ana Moura interpreta temas tradicionais, como é o caso do Fado Blanc ou do Fado Azenha mas continua a arriscar em novas letras, músicas e parcerias, cantando poemas de Fausto (Nascidos do mar), Amélia Muge (o Fado da Procura) ou Nuno Miguel Guedes (Mapa do coração) mas também, e uma vez mais, de Jorge Fernando, produtor musical do disco e autor/compositor de alguns dos temas.




Depois do sucesso do lançamento deste seu terceiro disco, Ana Moura percorreu o país de lés a lés, sendo de destacar os concertos na Casa da Música, em Câmara de Lobos na Madeira, em Coruche, a sua terra natal, no Castelo de São Jorge, a participação no concerto dos Rolling Stones no Estádio de Alvalade, entre outros, e que culminou com a apresentação de “Para Além da Saudade” no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Outubro. Mas não foi só Portugal que teve oportunidade de ouvir ao vivo temas como “Os Búzios” ou “O Fado da Procura”, Ana Moura também se apresentou na Alemanha, Holanda, Itália, Japão e República Checa.



O ano de 2008 começa com uma tournée europeia que passa pela Holanda, Bélgica, França, Alemanha e Espanha, seguindo-se alguns concertos em Portugal. Entretanto é lhe atribuído o galardão de Disco de Platina, referente e a 20 mil discos vendidos. Em Março, Ana Moura continua com as apresentações ao vivo, desta vez com mais uma tournée pelos Estados Unidos e México, onde a crítica foi unânime em confirmar o seu talento.Mas o sucesso de Ana Moura não passa despercebido também em Portugal. Em Maio é distinguida com o Prémio Amália para Melhor Intérprete 2007, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.




Em Junho de 2008, a fadista apresenta-se pela primeira vez naquelas que são duas das mais especiais e míticas salas do país: o Coliseu do Porto e o Coliseu dos Recreios em Lisboa, em duas noites, consideradas pelo público e pela crítica, memoráveis. A seu lado Ana Moura teve duas convidadas muito especiais: Beatriz da Conceição e Maria da Fé, dois nomes incontornáveis na história do Fado. A partilhar esta noite especial, esteve também Jorge Fernando, produtor musical e cúmplice da fadista.

Lua Vermelha








Um colégio cravado no coração da Serra de Sintra.

Uma instituição de renome, conhecida pela sua disciplina rigorosa, que forma rapazes e raparigas que estão em situação crítica ou que simplesmente são considerados diferentes (órfãos, problemáticos, sobredotados), e por isso não se enquadram no sistema escolar regular. É um colégio onde se vão viver todos os problemas e aventuras que marcam a transição para a idade adulta.

O colégio defende um ensino de excelência e promove a competição entre os alunos. Existe um quadro de honra, onde só os melhores figuram. A maior parte dos alunos ambiciona esta distinção.

O regime semi-aberto permite que os alunos se concentrem nas actividades escolares durante a semana, indo a casa apenas aos fins-de-semana e nas férias. No entanto, os alunos com más notas, problemas de comportamento ou situações familiares mais complicadas podem ser forçados a ficar aos fins-de-semana no colégio.

Estão sujeitos a um sistema de reclusão, que se assemelha muito a uma prisão sem grades, mas com uma densa floresta que cerca o colégio a servir de barreira para o exterior; uma floresta com uma história de acontecimentos misteriosos, que fazem parte da mitologia local, mas que ninguém conseguiu provar se são verídicos ou simplesmente parte do imaginário dos estudantes que durante gerações passaram pelo colégio.

A nossa história começa com a chegada de uma nova aluna, ISABEL, que depois da morte dos pais numa viagem de veleiro pelo mediterrâneo, é obrigada a ir para aquela instituição, em regime de internato, porque os seus tios maternos, únicos familiares vivos que lhe restam, não estão dispostos a ficar com ela, apesar de serem nomeados tutores e de lhe gerirem a fortuna deixada pelos pais até atingir a maioridade. ISABEL vai passar por momentos difíceis para se integrar na nova comunidade. O ambiente inóspito, de nevoeiro e chuva persistente, reflecte-se na atitude dos estudantes, moldou-lhes o carácter igualmente duro e desconfiado.

ISABEL vai acabar por ser acolhida por um pequeno grupo, também ele de outsiders, constituído por três irmãos: AFONSO, HENRIQUE e BEATRIZ, que se destacam de todos os outros alunos pelo seu modo de vestir e atitude.

O seu visual não é visto com bons olhos pelos professores, nem pelos colegas, e o facto de serem excelentes alunos sem grande esforço, torna-os alvo da inveja dos outros.

BEATRIZ é a única que não vê com bons olhos a aproximação de ISABEL e que a encara como uma possível ameaça – isto porque BEATRIZ quer guardar a todo o custo um terrível segredo que une os três irmãos e que persegue a sua família há vários séculos, obrigando-os a mudar constantemente de lugar para que não seja descoberto.

É que AFONSO,HENRIQUE e BEATRIZ pertencem a uma poderosa linhagem de vampiros. No entanto, têm conseguido levar uma vida calma e discreta graças à trégua que os Vampiros e os Humanos decidiram fazer vai para cem anos, pondo fim à contenda que os opôs durante séculos.

Esse acordo, porém, é agora quebrado com a morte de dois vampiros por um grupo radical de humanos auto-denominado Luz Eterna e que decidiu reacender a chama da discórdia. Este acontecimento leva a que o conselho dos vampiros se reúna na cripta (o local secreto frequentado pelos vampiros) e decida que é necessário tomar medidas drásticas. E a guerra recomeça.

É neste contexto de conflito que AFONSO e ISABEL se vão apaixonar, um amor impossível, ao estilo de Romeu e Julieta, mas que, ao contrário deste, vai ter um final feliz.

Porque o amor tudo redime