Prison Break (Series Finale) - Rate of Exchange/Killing Your Number (4×21-22)
- Em 29 de Agosto de 2005 foi ao ar nos Estados Unidos o episódio piloto de uma nova série da Fox, intitulada Prison Break. A premissa não era das mais complicadas: o jovem e bem sucedido engenheiro Michael Scofield, em um ato desesperado para salvar o irmão que está no corredor da morte por ser acusado – injustamente – de matar o irmão da vice-presidente, faz uma tatuagem imensa da planta da prisão – devidamente disfarçada em forma de desenhos –, assalta um banco a mão armada e vai preso. Na mesma prisão do irmão, diga-se de passagem. E sua meta principal é fugir de lá, levando o irmão junto. O nome “Prison Break” é bem sugestivo no caso.
- Com a primeira temporada impecável, o estúdio logo tratou de renovar a série para um segundo ano. Mas, se o objetivo era escapar da prisão, qual seria a história da segunda temporada se a missão já foi cumprida no final da primeira? Infelizmente, é aqui que começam os deslizes.
- Voltando aos primórdios: a história da primeira temporada não era simplesmente fugir ou não fugir. Uma tal de “Companhia” era a responsável por toda a rede de conspirações que acontecia fora de Fox River (a prisão onde os irmãos estavam), e era ela que estava armando tudo pra cima de Linc.
- Michael, Linc e mais seis prisioneiros conseguiram escapar de Fox River e passaram os 22 episódios da 2ª temporada fugindo, morrendo, fazendo planos, escapando de ciladas e desvendando meticulosas conspirações. Com um roteiro rápido e inteligente, a temporada não chegou a ser ruim, mas tinha seus momentos “boring”. E, no final, um choque: Linc, cuja prisão deu origem a tudo, foi exonerado devido ao depoimento de Paul Kellerman – que desde o começo da 1ª temporada matava o pessoal e assombrava os sonhos dos mocinhos, mas que, por causa de uma decepção amorosa (seriously?) se revoltou com a Companhia e resolveu jogar tudo pro ar depondo contra ela – e Michael, que só queria a liberdade do irmão, acabou sendo incluído na lista negra da Companhia e foi preso em Sona, uma prisão no Panamá onde quem dita as regras são os próprios condenados. Mas que ótimo!
- A terceira temporada tentou usar os mesmos artifícios da 1ª, mas não teve jeito. Por mais que ainda conseguissem prender o público em alguns momentos de tensão, não funcionava como o previsto.
- A quarta e última temporada começou com Michael, Lincoln, Sucre, Mahone, T-Bag e Bellick entrando em uma operação secreta do governo para pegar Scylla, o “livro negro” da Companhia, liderados por Don Self, que, em certo episódio, se apoderou do dispositivo e se rebelou contra todo mundo. Mais tramas, conspirações, reviravoltas e cansaço para o público. Era triste ver uma série tão boa tropeçando em seus próprios trunfos.
- Pelo menos nos dois últimos episódios da série, que foram exibidos em uma só noite, alguma coisa tinha que acontecer. E o final de Prison Break não foi apenas “digno”. Foi ótimo.
- Primeiro vemos Mahone jogando com todas as suas cartas para manter sua mulher a salvo. Gostei de ter sido enganado pela edição do episódio, que revelou mais tarde que tudo não passava de um truque de Michael e Mahone, onde os dois se uniram para explodir Christina pelos ares e, de quebra, resgatar Linc. O que deu certo.
- Gostei da Christina nesse final. Finalmente ela deixou de ser uma canastrona com ar de superior e ficou com cara de vilã de verdade, desesperada e dissimulada.
- Deixando o resgate de Linc nas mãos de Mahone, Michael escala um prédio (!) para resgatar Sara, que está prestes a sofrer nas mãos de T-Bag. Depois de deixarem T-Bag (que tem disfunção erétil! Haha, quem diria.) vivo e inconsciente, o casal faz planos no carro. De cuidar da casa, das crianças. Pensando na vida feliz que teriam depois que todo esse pesadelo acabasse. O que seria bem digno para os dois, que passaram por um verdadeiro inferno até chegar àquele ponto: vivos e com Scylla nas mãos. Por mais que Sara e Michael sejam um casal bem sem sal (T-Bag expressou minha opinião quando perguntou se Michael e Sara já tinham “consumado” a relação, hahaha), fiquei feliz pelos dois. Depois de tudo isso, eles merecem um pouco de paz, uma vida normal.
- Sucre, depois de alguns bons episódios sumido, reaparece, sendo perseguido por ninguém menos do que C-Note, que não dá as caras na série desde a 2ª temporada. C-Note diz estar vivendo feliz com a filha e quer encontrar Michael e Linc pois um cara, um tal de “Paul”, sabia do envolvimento entre eles e prometia limpar a barra dos irmãos e de todos os outros inocentes envolvidos em todas aquelas mentiras e conspirações. Kellerman! Eu sabia que ele ia voltar. E, para completar a “reunião”, teve a Sofia seqüestrada pelos capangas do General.
- Alguém aí pelo menos lembrava da existência da Sofia? Eu não.
Depois de tantos retornos, estava esperando que, cedo ou tarde, Gretchen daria as caras no episódio. Deram um tiro na coitada e a deixaram à própria sorte, mas eu ainda tinha esperanças de que ela estivesse viva. Parece que não.
Só me respondam uma coisa: o General tem algum problema de coagulação? Desde o episódio 17 o cara tá sangrando.
- Assistindo ao series finale com o meu pai, ele fazia alguns comentários dignos de serem levados em consideração. “Onde eles arranjam todos esses carrões?”. Pois é! Tá aí uma boa pergunta.
O Ethan de Lost era um agente federal! O bilhete escrito por Self (“kiss my ass”) foi ótimo.
- Pego por C-Note e Sucre, T-Bag diz que só quer ser respeitado. Que, se continuar ao lado do general, vai conseguir um emprego decente, uma vida de verdade. T-Bag estava ótimo no começo da temporada, talvez seu melhor momento em toda a série. Desde o começo da série, era um personagem que adorávamos odiar. Mas não dá pra sentir compaixão por ele. Nem quando está pendurado de ponta cabeça e com os globos oculares quase saltando pra fora.
- Depois de sobreviver a duas explosões no mesmo episódio, Christina finalmente encontra seu fim na arma de Sara. Não antes de conseguir atirar no próprio filho. Meu pai disse que a Sara é uma médica fajuta. Primeiro, temos o Linc se esvaindo em sangue e com o pulmão perfurado, mas ela não faz muita coisa pra impedir. Depois, Michael leva um tiro e ela só olha pra ele e fala: “está tudo nas suas mãos de novo”.
- Michael leva Scylla até Kellerman, que está com o pessoal da ONU, pronto para fazer uma ligação e acabar com aquele pesadelo, o que me levou a pensar: o que a ONU faria com o Scylla em mãos e mais nenhuma prova concreta, já que o Scylla é só um meio de mudar o mundo com super vacinas e energia solar? O dispositivo não culpa a Companhia de nada, uma vez que já descobrimos que o Scylla não é a temida lista negra do general Krantz (que, inclusive, foi finalmente preso). E isso me fez duvidar da bondade de Kellerman. Mas eu duvidei da bondade dele durante toda a 2ª temporada, então não tinha nada de novo aí pra mim.
- Finalmente, todos sentados em volta de uma mesa, assinando os papéis que iriam exonerá-los de toda essa confusão. Fiquei com um pé atrás, já que, sempre que tudo parecia estar bem em Prison Break, alguma coisa dava errada. Mas, contrariando as estimativas, tudo deu certo, sim. Todo mundo ficou feliz (menos T-Bag que, mesmo citando passagens da bíblia, voltou para Fox River). Até Linc, que agora a pouco tinha uma bala alojada no pulmão, já tava lá, abraçando os outros. A liberdade faz bem às pessoas.
- Sara e Michael caminhando pela praia, novamente cheios de planos para quando o bebê chegar. Mais uma vez fiquei feliz com o desfeche do casal, mesmo sabendo o que o destino reservava a Michael. Consegui levar uma vida spoiler-free essa temporada com todas as séries que assisto, mas algum legalzão fez o favor de criar um tópico no orkut colocando no nome o grande spoiler final. Palmas àqueles que não tem o que fazer e ficam por aí, estragando a surpresa dos outros. O nariz de Michael sangra. Sara o abraça, triste. Parece que a doença voltou.
- O “epílogo” se passa quatro anos mais tarde, onde encontramos Mahone com a Agente Lang e não com Pam, Linc com Sofia, Sucre com a filha (e Maricruz?), Kellerman senador conversando com a viúva de Danny (ainda não superei a cena do Paul matando o Danny), Self seqüelado e debilitado e Sara com Michael, seu filho. Num final triste e um tanto quanto poético, todos se reúnem na lápide de Michael, cuja data de morte era de 2005. Ou seja, desde quando ele foi preso pela primeira vez, nem um ano havia se passado, o que acaba com as minhas esperanças de ver Michael e Sara levando uma vida feliz de casal no filme The Final Break, que será lançado diretamente em DVD nos Estados Unidos em 21 de Julho e que irá explorar a fundo os acontecimentos desse series finale. Mas, com tudo isso acontecendo na minha vida em menos de um ano, até eu ia sangrar pelo nariz até a morte.
- A rede inglesa Sky One exibirá The Final Break dia 27 de Maio e eu farei a review do filme assim que o mesmo cair na internet.
Obrigado por acompanharem meus posts no NaTV! Prison Break acabou e Lost só volta ano que vem, mas a gente se esbarra por aí ;]
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