MEDIANERAS – BUENOS AIRES NA ERA DO AMOR VIRTUAL (Medianeras)
A estreia na direção de longas-metragens de Gustavo Taretto até que parte de uma ideia interessante, mas seu MEDIANERAS – BUENOS AIRES NA ERA DO AMOR VIRTUAL (2011) não me "pegou". Fiquei imaginando a mesma história numa daquelas produções independentes americanas. Poderia não ter resultado muito diferente, mas, sem querer ficar do lado dos "imperialistas", os americanos têm mais mais desenvoltura e mais experiência prática para contar histórias de amor. Inclusive essas assim, que lidam com o tema da solidão. Mas posso estar falando bobagem ao ligar sensibilidade com nacionalidade.
MEDIANERAS traz a história de duas pessoas que possivelmente nasceram uma para a outra, mas que por vários motivos não dão sorte de se encontrar. Ambos são muito reservados e carregam consigo traumas de relacionamentos passados e preferem ficar em seus apartamentos, usando bastante a internet, que cada vez mais tem afastado fisicamente as pessoas. Pelo tema, lembrei do filme em segmentos TOKYO! Um do três segmentos mostra um sujeito que passa o dia inteiro dentro de sua pequena casa. Sensacional, esse curta, dirigido por Bong Joon-Ho.
Mas voltando ao longa argentino, um de seus melhores trunfos está na presença da bela Pilar López de Ayala, conhecida de quem viu o excelente NA CIDADE DE SYLVIA, de José Luis Guerín, e O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA, do mestre Manoel de Oliveira. O filme é uma versão longa do curta-metragem de mesmo nome que Taretto havia dirigido em 2005, com o mesmo ator (Javier Drolas). Não sei se teria gostado mais do curta ou se vi o filme num dia ruim. O fato é que não me empolgou nem um pouco. E eu nem gosto de escrever textos assim, mas fazer o quê? E sabe essa história de que o cinema argentino é melhor do que o brasileiro? Eu tenho minhas dúvidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário