ROUBO NAS ALTURAS (Tower Heist)
Juntar Ben Stiller com Eddie Murphy não tinha como dar errado, certo? Pois é, mas ter na direção um sujeito como Brett Ratner pode complicar bastante o sucesso deste ROUBO NAS ALTURAS (2011). E o resultado é esse: um passatempo apenas razoável que não se sustenta bem até o final. O fato é que Murphy está pedindo por um sucesso há muito tempo. O último grande filme do comediante foi OS PICARETAS, de Frank Oz. E lá se vão doze anos. Pegar carona na maré boa de Stiller podia ser uma boa e, de certa forma, o talento de Murphy está lá, ainda que um tanto desperdiçado.
No filme, Ben Stiller é um sujeito que trabalha há anos como administrador de um prédio residencial sofisticado. O dono do lugar (Alan Alda) aparentemente tem uma relação de amizade com ele. Entre os empregados, o cunhado incompetente (Casey Affleck) e a "preciosa" funcionária da limpeza vivida por Gabourey Sidibe, que precisa se casar urgente com um americano para não ser deportada. Recém-chegado na firma, o descendente de índios pouco inteligente vivido por Michael Peña. E dentro do prédio, prestes a ser despejado, um Matthew Broderick longe da juventude moleca dos tempos de CURTINDO A VIDA ADOIDADO. Toda a vida desse povo sai dos rumos quando se descobre que o dono do prédio é um corrupto que perdeu todo o dinheiro deles e está em prisão domiciliar.
O divertido do filme acontece justamente quando Stiller resolve juntar um grupo para assaltar o cofre do velho, no terraço. E para isso ele conta com a ajuda do arruaceiro da vizinhança que sempre mexe com ele (Murphy). Téa Leoni é a investigadora do FBI que simpatiza com o personagem de Stiller. E com essa trama, que vai ficando melhor com a tentativa de se chegar ao terraço, até que o filme não desanima. Algumas risadas são garantidas. Mas são poucas. Não o suficiente para um filme que tem uma história relativamente boa, um orçamento de respeito e uma dupla de comediantes do naipe de Stiller e Murphy. Infelizmente, por mais que tente, Brett Ratner vai ser sempre o sujeito cuja melhor realização foi a série PRISON BREAK.
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