quinta-feira, 7 de abril de 2011

07/04/2011 10h00 - Atualizado em 07/04/2011 10h33

Conheça o ex-professor de guitarra que virou vocalista de Slash

Myles Kennedy está em turnê no Brasil com o ex-guitarrista do Guns.


Membro da banda Alter Bridge conta ao G1 sobre guinada na carreira.

 

Braulio Lorentz Do G1, em São Paulo

Myles Kennedy e Slash durante show no Rio na noite desta quarta (Foto: Alexandre Durão/G1) 
Myles Kennedy e Slash durante show no Rio na noite desta quarta (Foto: Alexandre Durão/G1)
 
Muitos se espantaram com a versatilidade do vocalista Myles Kennedy, escalado por Slash para acompanhá-lo na turnê de seu CD solo, que começou nesta quarta (6/04/2011) no Rio de Janeiro e passa por São Paulo nesta quinta (7/04/2011) e Curitiba na sexta (8/04/2011).

Myles Kennedy tem 41 anos e atuou como professor de guitarra para adolescentes até 2003, quando foi convidado para integrar o Alter Bridge, projeto dos músicos do Creed sem o vocalista Scott Stap.

Com a banda que vai pelo pós-grunge e pelo metal, já gravou três discos, incluindo "AB III", recém-lançado no Brasil. Mas é na hora de falar de Slash que o bate-papo rende mais. Kennedy conversou por telefone com o G1 antes do início do giro por três capitais brasileiras.

Slash é daqueles sujeitos que nunca ficam bravos na vida. Ele é muito engraçado e o tempo que fico com ele sempre passa rápido. Ele é como um Miles Davis do rock and roll"
 
Myles Kennedy, vocalista e guitarrista
G1 - Você é acompanhado por dois guitarristas elogiados nos seus projetos atuais, Slash e Mark Tremonti. O que eles têm em comum?

Myles Kennedy - 
Os dois são muito gente boa... É fácil trabalhar com eles, não têm esse negócio de ego. É uma das coisas importantes. Slash e Mark são habilidosos e ensaiam muito, por isso são bons. Mas a performance é diferente. Mark é mais metal, Slash é mais blues. Só que o Mark está trabalhando muito para se infiltrar pelo blues, porque é de onde todos nós viemos.

G1 - Você já foi professor de guitarra. Do que você sente falta daqueles tempos?

Kennedy -
Há muitas coisas que sinto falta e outras que não sinto. Meus alunos traziam músicas de vários estilos, que eu tinha que aprender na hora, para ensiná-los. Melhorei muito como músico, passei a tirar tudo de ouvido. Eu me desenvolvi mesmo por causa disso. Eu tinha 16 anos no começo, queria tirar uma grana. [risos] E só fui parar de dar aulas em 2003, quando fui chamado para o Alter Bridge. Alguns pais pensavam que eu era uma babá, que iam deixar as crianças loucas lá comigo. Mães queriam que eu cuidasse dos filhos enquanto elas iam para o shopping. Mas no geral foi bom.

G1 - Como foi o convite para você tocar com Slash nesta turnê?

Kennedy -
Lembro que eu estava em Los Angeles. Ele me disse como seria a turnê quando estávamos saindo de um estúdio, no final de 2009. Daí, perguntou se eu estava interessado. A parte livre da minha agenda se encaixou certo com as datas. Tinha esse tempo para algo fora do Alter Bridge, porque os caras estavam no Creed [a banda havia retornado]. Foi ótimo.


Myles Kennedy (1º da esq.) com o Alter Bridge, banda formada por membros do Creed (Foto: Divulgação) 
Myles Kennedy (1º da esq.) com o Alter Bridge, banda formada por membros do Creed (Foto: Divulgação)
 
G1 - O som do Alter Bridge geralmente é comparado ao do Creed, por razões óbvias. Esse tipo de coisa te chateia ou é natural?

Kennedy -
No primeiro disco teve mais isso... Mas acho que fomos desenvolvendo algo diferente. Sempre existirão comparações, eu sei. A guitarra do Mark tem um som que é só dela. Com certeza é daí que vem esse tipo de comentário.

G1 - Slash já te definiu como "um dos melhores cantores de rock and roll de hoje"...

Kennedy - 
Foi um grande elogio. Não sei se eu concordo. [risos] Mas claro que me sinto bem. O Slash com certeza é um dos melhores guitarristas de todos os tempos. Tem um som que é só dele. Toda vez que ele toca, você pode perceber na hora que é ele, pelo modo que ele toca. O som do Slash tem a emoção e a alma dele. Tudo que ele toca vira ouro.
saiba mais
G1 - Parece que todo mundo gosta do Slash, até pela variação das participações no CD dele (Lemmy, Fergie, Ozzy, Iggy, Dave Grohl). Ficando tanto tempo com ele, você pode dizer: Slash é realmente tão legal quanto parece?

Kennedy -
  Ele é um dos caras mais relaxados do mundo. Slash é daqueles sujeitos que nunca ficam bravos na vida. Ele é muito engraçado e o tempo que fico com ele sempre passa rápido. Ele é como um Miles Davis do rock and roll.

G1 - Sendo uma pessoa tão gente boa, porque então há essa relação conturbada com o Axl Rose [líder do Guns N' Roses]?

Kennedy - 
É uma das coisas que eu não sei. Mesmo. Isso fica entre eles. Eu não faço ideia do porquê disso. Seria até indelicado da minha parte tentar arriscar algo sobre esse assunto.


Slash no Brasil
São Paulo
Quando:
7 de abril, às 21h30
Onde: HSBC Brasil - R. Bragança Paulista, 1281, Chácara Santo Antônio
Ingressos: R$ 180 (1º lote pista), R$ 220 (2º lote pista), R$ 240 (cadeira alta), R$ 260 (frisas), R$ 280 (camarote) e R$ 360 (pista Vip)

Curitiba
Quando: 8 de abril, às 21h30
Onde: Master Hall - Rua João Palomeque, 80, Novo Mundo
Ingressos: R$ 104 (pista promocional com 1 kg de alimento). Os outros setores estão esgotados

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