Simplesmente Complicado
Sucesso de bilheteria e crítica nos cinemas norte-americanos, o longa mostra que é possível fugir do convencional nas comédias românticas e mergulha no intrigante mundo dos relacionamentos entre ex-casados.
Quem imaginaria que, depois de dez anos separados, um casal voltasse a se envolver? E para complicar ainda mais a história, o ex-marido Jake está novamente casado e dessa vez com uma bela e jovem mulher com quem faz planos e tratamento para ter mais um filho. E se esta antiga paixão for Meryl Streep? O resultado não poderia ser outro e o filme mostra de forma eficiente um complicado romance que servirá para discutir temas como idade, separação, rotina, filhos, amor e tudo que está incluso quando duas pessoas trocam as alianças no altar.
A direção e o roteiro é de Nancy Meyers (“O Amor Não Tira Férias”), que não economiza talento neste longa. Ela não só é responsável pelo ousado jogo de metáforas conjugais jogadas durante o filme, como também pelo bom ritmo que não cai, ainda que tenha quase duas horas de duração. É sensacional o clima leve e descontraído que a obra tem que até mesmo os clichês distribuídos na mesma não soam tão prejudiciais.
O elenco é um espetáculo à parte. Meryl Streep (“Julie e Julia” ) faz uma atuação digna de mais uma indicação ao Globo de Ouro. É impressionante a entrega da atriz a cada uma de suas personagens. Na pele de Jane, ela é independente, madura, solitária, embora viva com seus três filhos, e que não deixa de demonstrar uma pontinha de ciúmes quando vê seu ex-marido com a nova esposa. Além dela, destacam-se também Alec Baldwin (“Os Infiltrados”), que faz o papel do ex-marido também de forma convincente, e Steve Martin (“Doze é Demais”) em um lado mais sério do que o convencional.
É interessante observar como são levantados temas que, mesmo com o passar do tempo, continuam atuais. A espera de Jane por seu “caso” mostra um nostálgico jogo de insegurança e sobretudo esperança que dessa vez um novo romance desse certo, embora ela já tivesse a certeza do contrário. Outro tema bastante referido é a velhice. Esta é motivo de preocupação de Jane que se vê concorrente de uma jovem e bela mulher. E dessa forma, repleto de temas que jamais envelhecem, a obra mostra a sua cara e encanta com sua verdade.
O humor forçado é algo que não poderia aparecer aqui. Enquanto o namorado da filha mais velha de Jane vê o romance proibido da mesma, ele começa a ter atitudes com o intuito ser cômico, mas que de tão caricatas acabam por tirar um pouco do brilho do longa. Basta notar como é mais verdadeiro uma boa conversa entre amigas que trocam confidências e divertem-se com isso. Em uma dessas conversas, Jane diz que é o que elas mais odeiam: “a outra”.
A trilha sonora não é maravilhosa, mas cumpre o seu papel, enquanto a edição é contida até demais, uma vez que ela poderia ter trabalhado mais para acelerar a trama em alguns momentos e não deixá-la cansativa. De qualquer forma, este é o típico filme que encanta pela simplicidade e, ao mesmo tempo, pela grandeza de sua história. Uma comédia romântica que não é perfeita, mas é ousada, divertida e inteligente. Simplesmente eficiente
Sucesso de bilheteria e crítica nos cinemas norte-americanos, o longa mostra que é possível fugir do convencional nas comédias românticas e mergulha no intrigante mundo dos relacionamentos entre ex-casados.
Quem imaginaria que, depois de dez anos separados, um casal voltasse a se envolver? E para complicar ainda mais a história, o ex-marido Jake está novamente casado e dessa vez com uma bela e jovem mulher com quem faz planos e tratamento para ter mais um filho. E se esta antiga paixão for Meryl Streep? O resultado não poderia ser outro e o filme mostra de forma eficiente um complicado romance que servirá para discutir temas como idade, separação, rotina, filhos, amor e tudo que está incluso quando duas pessoas trocam as alianças no altar.
A direção e o roteiro é de Nancy Meyers (“O Amor Não Tira Férias”), que não economiza talento neste longa. Ela não só é responsável pelo ousado jogo de metáforas conjugais jogadas durante o filme, como também pelo bom ritmo que não cai, ainda que tenha quase duas horas de duração. É sensacional o clima leve e descontraído que a obra tem que até mesmo os clichês distribuídos na mesma não soam tão prejudiciais.
O elenco é um espetáculo à parte. Meryl Streep (“Julie e Julia” ) faz uma atuação digna de mais uma indicação ao Globo de Ouro. É impressionante a entrega da atriz a cada uma de suas personagens. Na pele de Jane, ela é independente, madura, solitária, embora viva com seus três filhos, e que não deixa de demonstrar uma pontinha de ciúmes quando vê seu ex-marido com a nova esposa. Além dela, destacam-se também Alec Baldwin (“Os Infiltrados”), que faz o papel do ex-marido também de forma convincente, e Steve Martin (“Doze é Demais”) em um lado mais sério do que o convencional.
É interessante observar como são levantados temas que, mesmo com o passar do tempo, continuam atuais. A espera de Jane por seu “caso” mostra um nostálgico jogo de insegurança e sobretudo esperança que dessa vez um novo romance desse certo, embora ela já tivesse a certeza do contrário. Outro tema bastante referido é a velhice. Esta é motivo de preocupação de Jane que se vê concorrente de uma jovem e bela mulher. E dessa forma, repleto de temas que jamais envelhecem, a obra mostra a sua cara e encanta com sua verdade.
O humor forçado é algo que não poderia aparecer aqui. Enquanto o namorado da filha mais velha de Jane vê o romance proibido da mesma, ele começa a ter atitudes com o intuito ser cômico, mas que de tão caricatas acabam por tirar um pouco do brilho do longa. Basta notar como é mais verdadeiro uma boa conversa entre amigas que trocam confidências e divertem-se com isso. Em uma dessas conversas, Jane diz que é o que elas mais odeiam: “a outra”.
A trilha sonora não é maravilhosa, mas cumpre o seu papel, enquanto a edição é contida até demais, uma vez que ela poderia ter trabalhado mais para acelerar a trama em alguns momentos e não deixá-la cansativa. De qualquer forma, este é o típico filme que encanta pela simplicidade e, ao mesmo tempo, pela grandeza de sua história. Uma comédia romântica que não é perfeita, mas é ousada, divertida e inteligente. Simplesmente eficiente
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