quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

LOST - Em temporada "confusa", Ben é "o mais constante"


Uma viagem para o Havaí é ótima, mas, a trabalho, tem seus percalços. Um deles é ter de entrevistar 15 pessoas em três dias. Não há pausa para muita coisa -tanto para os jornalistas quanto para os atores, que emendam filmagens com trabalho com a imprensa.


Daí o susto ao encontrar o ator Michael Emerson vestido exatamente como seu personagem Ben ao abrir a porta para uma escapada rápida. A figura do mal está a caminho.


Nada disso. Na conversa, ele é o oposto. Cordial, faz piada e se mostra divertido. Emerson fala de Ben medindo bem as palavras. Afinal, não pode entregar nenhum segredo e, às vezes, a dica sai sem perceber.


"O seriado está bem zoroástrico, dividido em dois polos opostos, bem e mal, branco e preto. Essa tensão estará mais explícita."O ator havia sido escalado para uma participação especial.


Nos testes, os produtores viram que ele seria um bom investimento. "Se eu não tivesse funcionado, tenho certeza de que poderiam se livrar de mim e pôr outra pessoa no papel", explica.Emerson vê Ben não como um vilão puro e simples, embora tenha maldade como todo mundo.


"Mas com uma ambiguidade interessante. Acho que ele é um quebra-cabeça moral inteligente", diz."Também não acho que ele seja mais monstro agora do que há cinco anos.


Ele é uma constante, não muda. Seus objetivos são um mistério, mas ele continua atrás deles. Mesmo maquiavélico, acredito que ele deva ter uma missão honrosa."Nem por isso concorda com as atitudes de Ben. "Metade das coisas que eu faço são chocantes para mim.


Eu faço porque não sou o chefe. Meu trabalho é fazê-las bem, embora quase sempre me surpreenda", diz.Com certeza, a sexta temporada vai ser definitiva para seu personagem, mas ele não tem explicação para nada, mesmo já tendo chegado à gravação do décimo episódio. "Achei que ia ver o caminho quando começássemos a filmar. Que iam emergir da neblina os mistérios do fim. Mas pelo jeito não. Está muito confuso ainda.


"A atriz Emilie de Ravin faz coro: "Acho que já sei tudo sobre Claire. Mas qualquer coisa pode acontecer. Há inúmeras possibilidades do que os roteiristas podem inventar. Afinal, estamos numa ilha mágica".

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