Eu não sou um fã de séries policiais. Não acho o gênero ruim, ele apenas não consegue me prender como outros. Mesmo assim, eu estava ansioso por Hawaii Five-0 por motivos que eu mesmo não sabia explicar quando me perguntavam. Coisa de seriador. Pois bem, não me arrependo um minuto sequer de ter esperado tanto essa estreia. O piloto é um dos mais legais que vi esse ano e se a série conseguir manter o nível nos próximos episódios, finalmente vou ter achado uma série genuinamente policial pra chamar de minha.
Exibida pelo canal CBS , produzida por Roberto Orci e Alex Kurtzman (produtores também de Fringe e Lost) e com Peter Lenkov (CSI NY) na direção, a série é um remake da clássica e homônima versão de 1968. No elenco, nomes como Alex O’Loughlin (Three Rivers, Moonlight), Daniel Dae Kim (Lost), Grace Parker (Battlestar Galactica) e Scott Caan. Nenhum deles deixou a desejar durante o primeiro episódio e o elenco secundário também não. A série se desenvolveu de forma rápida, mas sem em nenhum momento parecer corrida. Conseguiu nos apresentar de uma ótima maneira a sujeira e o mundo do crime escondido por trás das belíssimas praias do Havaí.
O’Loughlin interpreta Steve McGarret, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo assim que perde o pai nas mãos de um terrorista. Ainda transtornado, recebe uma proposta do governo: Chefiar a nova unidade de elite da polícia do local, a ilha de Honolulu. Steve, a princípio, rejeita a oferta. Mas quando encontra pistas que podem levá-lo a encontrar o assassino de seu pai, volta atrás e aceita. Seu primeiro contato é com Danny Williams (Scott Caan), investigador local. A eles, se juntam logo depois Chin Ho (Daniel Dae Kim) e Kona Kalakua (Grace Parker). Os quatro formam a equipe de investigação que promete ser a responsável pela ação dos próximos episódios.
Uma das coisas mais bacanas do episódio piloto foi a química entre Steve e Danny e o timing cômico do personagem de Scott. A relação entre os dois foi bem trabalhada, desde a hostilidade inicial até a aparente confiança do final. Tô sentindo que vamos ter cenas pra lá de engraçadas protagonizadas pela dupla. Chin e Kona também apresentaram uma relação de cumplicidade bem interessante e acho que vai ser muito legal ver os 4 juntos, debatendo sobre os casos e resolvendo os crimes locais. Senti também um possível clima de romance entre Danny e Kona. Nada muito grande, só mesmo uma troca de olhares e um aperto de mão mais demorado. Também acho que, mesmo com o caso desse episódio aparentemente concluído, a morte do pai do Steve pode ser um assunto recorrente na série e talvez até mesmo envolta de algum mistério. Não sei direito, mas vamos esperar e ver.
A produção da série não deixou mesmo a desejar e eu achei as cenas de ação bem legais até. O ritmo do episódio não foi corrido e conseguiram fazer um ótimo balanço entre resolver o caso, nos apresentar os personagens e fazer com que a gente conseguisse se importar com eles, o que eu considero essencial em qualquer série. Além do entrosamento do elenco que eu citei acima, os personagens também são super carismáticos e já podemos conhecer um pouco mais da vida pessoal de quase todos. Seja Steve com a morte de seu pai (que, como eu disse, ainda acredito que pode ser retomada), Danny sendo todo paizão coruja e tendo uma conturbada relação com a mãe de sua filha ou Chin e seus problemas do passado.
O piloto foi completo. Chegou e fez o que devia fazer, do primeiro ao último minuto. Toda e qualquer expectativa que eu tinha foi preenchida. Vou seguir acompanhando a série e torcendo para que o padrão se mantenha. Se você é fã do gênero policial, certamente não pode deixar de conferir essa estreia. Se você não é fã, também não custa nada dar uma olhada. Vai que você também é fisgado?
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