“The Killing”
desvenda mistério em season finale
Se tinha algo que nos movia a querer acompanhar The Killing
até o final era, claro, para conhecer o seu desfecho. Aquela pergunta
feita na primeira temporada: “quem matou Rosie Larsen?”. Contudo, até
chegar na resolução do crime, a série desenvolvida por Veena Sud,
baseada em um outro programa, soube preparar o terreno e a ansiedade dos
seus telespectadores.
Pra começar, The Killing tinha
uma protagonista extremamente frágil que já havia mergulhado
profundamente em um caso parecido como este há tempos atrás. Linden era
uma mulher com problemas para conseguir criar o seu filho e se dedicar
ao seu trabalho. Enquanto isso, o seu parceiro Holder, também não é
muito diferente. Viciado em álcool, ele tentava dar equilíbrio a Linden
enquanto procurava o dele próprio.
Entre os dois está o caso de assassinato
de Rosie Larsen que mexeu com a cidade de Seattle, vivendo a
efervescência das eleições para prefeito. De um lado, Richmond e sua
equipe faziam o possível para mudar o cenário da cidade, enquanto que o
outro candidato tentava se reeleger. Na política, aquele velho jogo sujo
era usado para conquistar voto – por mais que a oposição tentasse ser
“limpa”.
Na investigação, alguns nomes surgiram
como suspeitos. Aquela frase de “nada realmente é o que aparece” se
aplica aqui, uma vez que as pistas indicavam um caminho que, mais tarde,
saberíamos que não era o certo. Mas toda a história estava ligada a um
cassino localizado em terras indígenas, onde a prefeitura de Seattle não
tinha jurisdição.
A determinação de vitória de Richmond
nunca foi tão maior quanto Jamie, o seu conselheiro de campanha. Ele
tentou fazer de tudo para transformar o vereador em prefeito. Ainda que
tenha conseguido isso, ninguém contava que ele fosse o assassino de
Rosie Larsen. Porém, apesar de não ter nenhum jeito frio ou calculista
de um serial killer, ele tinha a determinação de fazer o que fosse preciso para alcançar o objetivo.
É claro que, enquanto os detetives desvendavam o mistério (em um jogo parecido com aquele Scotland Yard),
a trajetória da família Larsen para superar a sua perda também vinha à
tona de uma maneira tocante e emocionante. Brent Sexton (Stan Larsen) se
destacou em sua interpretação em todos esses momentos familiares,
lidando com a morte da filha que, mesmo não sendo sua, foi amada como se
fosse.
Mas, talvez o momento mais incrível da season finale de The Killing
tenha sido ao desvendar também a participação de Terry, tia de Rosie
Larsen, no assassinato. Sem saber, ela praticamente deu a sentença
final, empurrando o veículo que a garota estava no lago. E foi
impressionante como ela conseguiu esconder durante todo esse tempo dos
seus parentes a sua participação no crime.
A cena ao final do episódio, em que
mostra Terry completamente desolada ao saber que os detetives
descobriram o que ela temia e, principalmente, o que ela não tinha
coragem de contar, é emocionante, verdadeira e que vale por toda a season finale. Não sei se The Killing irá conseguir emplacar uma terceira temporada, mas a série já se tornou inesquecível pelas duas temporadas que teve.
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