sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Homem do Futuro


O diretor Cláudio Torres e o ator Wagner Moura falam sobre as filmagens da comédia em Paulínia





Em meio às filmagens da comédia “O Homem do Futuro”, iniciadas na semana passada no Polo Cinematográfico de Paulínia (SP), o diretor Cláudio Torres e o ator Wagner Moura falaram sobre sua primeira parceria nas telas. No novo longa de Torres (“Redentor”, “A Mulher Invisível”), o ator interpreta Zero, um cientista brilhante, mas que sofre por ter sofrido uma humilhação pública na época da faculdade e ter perdido seu grande amor, Helena (Alinne Moraes), há 20 anos. Prestes a ser demitido, Zero aciona, antes de estar concluído, o acelerador de partículas mais barato do mundo, o que o manda acidentalmente de volta ao passado e ele se vê diante da chance de alterá-lo. Com uma bilheteria de mais de 2,3 milhões de espectadores com “A Mulher Invisível”, no ano passado, o diretor volta a investir na comédia, gênero que acredita ser subestimado no Brasil.





A comédia não é visto como um gênero nobre, como o drama geralmente é tratado. As pessoas acham que é fácil fazer comédia, o que não é verdade”, observa Torres. Wagner Moura assina embaixo: “A comédia é baseado num registro humano, senão fica muito caricatural. É muito difícil fazer comédia, porque é preciso encontrar o tom, para fazer com que as pessoas se identifiquem, e o timing, para que as piadas aconteçam na hora certa. Cláudio Torres frisa que a indústria do entretenimento deve boa parte de seus lucros às comédias: “A base da bilheteria no mundo é a comédia. O ser humano tem a necessidade de rir de si mesmo”. Para o diretor, a mensagem principal do longa, cujo roteiro é de sua autoria, é que precisamos estar em paz com o nosso passado: “Quem não está preso ao passado tem um futuro tranquilo. Quem fica pensando no que fez de errado ou no que deixou de fazer não consegue se libertar, vai ter uma vida neurótica.



Torres conta que escreveu o roteiro depois de pensar o que ele, aos 47 anos, diria para si mesmo aos 20, se pudesse voltar no tempo. O diretor garante que, para representar este personagem no longa, nunca pensou em outro ator que não Wagner Moura: “O filme foi escrito para ele. E o Wagner acrescentou muito quando chegou ao projeto. O ideia original ficou muito melhor com ele”.



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