Filme mais aguardado do ano estreia nacionalmente em 661 salas
Chegam ao fim hoje os mistérios que cercaram a produção e a longa espera para a estreia de “Tropa de Elite 2”. Os fãs do agora Coronel Nascimento podem comemorar: o segundo filme de ficção de José Padilha será exibido em 661 salas em todo o Brasil, no maior lançamento do cinema nacional desde a retomada. Apesar de tanta oferta é preciso correr para garantir um ingresso, pois a venda em algumas redes de cinema começou há cerca de um mês.
A pré-estreia do longa aconteceu na última terça-feira em Paulínia em um superevento que reuniu toda a equipe do filme, jornalistas de diversos estados brasileiros e convidados. Depois da exibição, elenco, familiares e equipe comemoraram com uma festa embalada por músicas cantadas por Seu Jorge, que interpreta o bandido Beirada.
Na manhã de quarta-feira, dia 7/10/2010, todos se reuniram para uma coletiva de imprensa, onde os atores, que viram o filme pela primeira vez junto com o público, comentaram o resultado do trabalho: “Confesso que fiquei muito impactado com o filme, estou bastante emocionado com o que vi”, diz Irandhir Santos, que interpreta o ativista de direitos humanos Fraga.
Já Wagner Moura afirma estar muito satisfeito por estar em um longa que une entretenimento com reflexão: “Fiquei muito interessado em participar da discussão desse filme, mesmo quando chamaram a gente de fascista”.
As eleições deste ano, a segurança pública e efeitos especiais foram algumas questões abordadas pelos jornalistas. O diretor falou ainda sobre o fato de não ter podido filmar no Congresso Nacional, a implantação das UPPs nas favelas do Rio de Janeiro e avisa que qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência: “Alguns políticos começaram a reagir ao filme antes mesmo de ser lançado. Quero deixar claro que ‘Tropa 2’ é feito de acontecimentos reais, como a rebelião em Bangu I, a tentativa da implementação de uma CPI para investigar as milícias, uma jornalista foi torturada por milicianos, o roubo de armas de uma delegacia por policiais, a prisão de várias pessoas depois da CPI, entre outros.
Embora alguns políticos insistam em se reconhecer no filme, não é nenhum deles”, frisa o diretor.Padilha explicou ainda o esquema de segurança que montou ao lado do ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel para evitar a pirataria: “Na sala onde estava o filme em formato digital, havia câmeras monitorando 24 horas e cada pessoa que tinha acesso aos computadores, tinha uma senha.
Além disso, o filme foi finalizado apenas para película, então para piratear, o cara teria que roubar sete rolos de negativo. Outra medida adotada foi numerar as cópias, então se piratearem, vou saber em que cinema isso aconteceu”.Inicialmente, o diretor não tinha pensando em fazer uma continuação de “Tropa de Elite”. Com proposta de transformar o longa em minissérie, Padilha começou a pensar em como encaixar a história num produto para TV.
Foi aí que percebeu que tinha muito material para fazer um novo longa e começou a investir no novo projeto: “Não quis mais fazer a série porque ia ter que entregar o controle do conteúdo para a emissora. Tenho muito amor por esse filme e gosto mais do 2 porque ele mexe em um vespeiro maior, incomoda um pouco mais”.
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