quarta-feira, 18 de agosto de 2010

PAUL DI'ANNO - BRAZIL TOUR 2010













O vocalista inglês Paul Di'Anno, que vem realizando uma turnê de celebração dos trinta anos de lançamento do primeiro álbum do
Iron Maiden, passará esta semana pelas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), Teresina (PI) e Belém (PA).




Acompanhado pela banda Scelerata, os músicos executam um repertório com faixas dos álbuns “Iron Maiden” e “Killers” do Iron Maiden, além de músicas como “Marshall Lockjaw”, “The Beast Arises”, “Faith Healer” e “A Song For You” (Killers), “Children Of Madness” (Battlezone) e “Mad Man in the Attic” (Di’Anno).





Paul Di’Anno, ex-vocalista do Iron Maiden, afirma torcer para o Corinthians.



São Paulo, SP, 31 - Várias celebridades tem amor declarado a clubes brasileiros, mas que tal um cantor inglês, de fama internacional e que é
torcedor fanático de um clube paulista? Trata-se de Paul Di'Anno, ex-vocalista da banda de metal inglesa Iron Maiden, aclamada pelos fãs no Brasil e no mundo.



Em entrevista ao site Whiplash, dedicado ao rock e heavy metal, Di'Anno declarou seu amor pelo Corinthians, afirmando que é torcedor do clube há quinze anos."Sou corinthiano há quinze anos e estou muito contente. Gosto do time porque a torcida lembra minhas origens. Existe um clube semelhante na região em que eu cresci, no lado oeste da Inglaterra. O Corinthians tem muito a ver com o lugar", declarou.Ainda atuando no mundo do rock em carreira solo, Paul Di'Anno tem inclusive a carteirinha de Fiel Torcedor, da maior torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vida Fodona #222: Psicodelia remixada


E aí, pronta pra outra?


Tame Impala – “Half Full Glass Of Wine (Canyons Remix)”



Weird Tapes – “Party Trash”



Paul McCartney – “Check My Machine”



Mayer Hawthorne – “Maybe So Maybe No (Reggae Remix)”



Sublime – “Santeria (JPod Mix)”



King Charles – “Love Lust”



Ra Ra Riot – “Boy”



Florence + the Machine – “Kiss with a Fist”



Two Door Cinema Club – “What You Know (LightsoverLA Remix)”



Beatles – “And I Love Her (Allure Remix)”



Peaches – “Downtown (Simian Mobile Disco Remix)”



Midnight Juggernauts – “Lifeblood (Turkish Remix)”



Black Keys – “Tighten Up”



Sharam – “She Came Along”




Vida Fodona #222 [58:09m]: Hide Player Play in Popup Download

Vida Fodona #221: Mais uma viagem?


Vida Fodona em pleno sábado?

Fuck yeah!


Jimi Hendrix Experience – “Manic Depression”


John Lennon – “(Just Like) Starting Over”


Arnaldo Baptista – “Vou Me Afundar na Lingerie”


Apples in Stereo – “Told You Once”


Little Boots – “Meddle”


Of Montreal – “Jimmy”


Paralamas do Sucesso – “Ska”


Ultraje a Rigor – “Mim Quer Tocar”


Police – “Every Little Thing She Does is Magic”


Tears for Fears – “Head Over Heels”


Phoenix – “Lisztomania”


Arty Fufkin – “Crazy Logic”


RJD2 – “Ghostwriter”


Stereolab – “Spark Plug”


Novos Baianos – “Tinindo Trincando”


Caetano Veloso & Banda Black Rio – “Qualquer Coisa”


Steely Dan – “Show Biz Kids”


Rosebud – “Money”



Vida Fodona #221 [67:18m]: Hide Player Play in Popup Download

RapaduraCast 195 – Biografia: Christopher Nolan


Christopher Nolan é um dos maiores exemplos recentes do cineasta independente que conseguiu mesclar seus trabalhos autorais com filmes blockbusters.
Como ele conseguiu chegar ao estrelato e ser considerado um dos melhores diretores dessa geração? Nessa edição da série Biografia os rapaduras desvendaram os segredos enigmáticos de seus filmes.

Jurandir Filho (Juras), Maurício Saldanha (Mau) e Thiago Siqueira (Siqueira) fizeram um raio-x na carreira curta e meteórica do Chris Nolan.
Ele é um bom diretor ou roteirista? Por que os seus filmes sempre desconstroem a cabeça de seus personagens e de quem está assistindo? Com quais outros diretores é possível comparar o Nolan? Jonathan Nolan (irmão) tem papel importante em sua carreira?

Os rapaduras conversaram aqui nessa edição todos os filmes do diretor/roteirista. Em alguns momentos, foram revelados spoilers, principalmente de A Origem. Portanto, se você não assistiu, escute por conta e risco.

PODCASTS RELACIONADOS

COMENTADO NO PROGRAMA

FILMES COMENTADOS NO PROGRAMA
- Following (1998)
- Amnésia (2000)
- Insônia (2002)
- Batman Begins (2005)
- O Grande Truque (2006)
- Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)
- A Origem (2010)

Duração: 120 min

ENDEREÇO DIRETO DO PODCASTAcesse aqui: http://www.rapaduracast.com.br/

[ALTA QUALIDADE]: Hide Player Play in Popup Download
[ARQUIVO ZIPADO]: Download

Miniepisódio de "Lost" vaza e retoma mistérios esquecidos


Material está nos extras da série a ser lançados no dia 24/08/2010 em DVD

GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO

Está com saudades de "Lost"?


Caiu na internet um miniepisódio inédito, de cerca de 12 minutos, que mostra como está a vida de Hurley e Ben nos dias de hoje.


Os 12 minutos fazem parte do material extra que será lançado em 24/8, quando chega às lojas dos EUA a caixa com a saga completa.

A versão blu-ray (cerca de US$ 200) terá um disco só de material inédito. São entrevistas, erros de gravação e cenas não utilizadas. Ou sequências como este epílogo, que movimenta os sites enquanto não chega o box.

No epílogo (não leia se não quiser saber detalhes) um humanizado ex-vilão Ben (Michael Emerson) visita um depósito da Dharma, organização que construiu laboratórios e abasteceu de comida a ilha. Vai fechar o lugar.

Para dois surpresos funcionários, exibe um dos famosos vídeos de orientação com um cientista explicando como funciona a ilha.

Mistérios, como o dos ursos polares em um lugar tropical ou o do problema que atinge as mulheres grávidas na ilha, são retomados.

Ben ainda vai ao hospital psiquiátrico onde Hurley (Jorge Garcia) ficou. Lá agora vive Walt (Malcolm David Kelley), o garoto especial que foi esquecido no final televisivo da trama. Ben quer levá-lo de volta à ilha.

A sequência inédita acaba com o emocionante reencontro de Walt com Hurley. Ben estava sob as suas ordens, já que Hurley é o homem no comando da ilha mágica.
Abaixo link do miniepisódio:

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

HUSTLE - BBC SERIE




This series saw the return of the notorious master con man Mickey Bricks (Adrian Lester), accompanied by his long-standing accomplices, veteran roper Albert Stroller (Robert Vaughn), and quick fix extraordinaire ‘Three Socks’ Morgan (Robert Glenister). Also returned were sister and brother duo, Sean and Emma Kennedy (Kelly Adams, Holby City and Matt Di Angelo, EastEnders). Who after being tutored in the art of the con, are now fully fledged members of this outstanding group of grifters. This series followed the Hustle teams efforts, to liberate more greedy fat cats from their ill gotten gains. While Sean and Emma continue to learn about the substantial risks and rewards, the life of a grifter provides.






Characters & Actors



Danny Blue (Marc Warren) The Inside Man




Danny used to be a short-con artist who excelled at card tricks and pick-pocketing. He always dreamt of leading his own crew, calling the shots, making the decisions. Often impulsive, occasionally over-eager, Danny had to learn to be patient before he could become skilled in the ways of the long con. A natural charmer, with the gift of the gab, he can talk himself out of most situations and likes to think he's a ladies man! His method of grifting isn't always the most prepared - and he's yet to master the art of the Plan B - but his imagination and willpower often bring flashes of genius that save the day.





Billy Bond (Ashley Walters)






The Rookie


The latest arrival to the group, Billy introduces himself as "a work of art, a force of nature" who can "separate a mark from his money quicker than any man alive"'. A criminal delinquent in his youth, Billy spent most of his formative years in and out of foster homes. He feels a sense of injustice about the world and it's time for him to fight back. Billy's a big fan of Danny Blue and seeks him out to learn the tricks of the trade. He can see the beauty that exists in a perfectly executed con and has studied the art of the great con-men. He's got the spirit and energy to be a great grifter - now he wants the wisdom that comes with experience.







Stacie Monroe (Jaime Murray)







The Lure Stacie has a cool head on her shoulders and is rarely flustered. Sexy, smart and glamorous, she often uses her feminine charms to ensnare unsuspecting marks: playing the 'lure' while another gang member targets the male victim. Stacie also has the role of the group's 'banker', and is great at playing the inside when she needs to. Like all great con-artists, she's intuitive, versatile and can think on her feet. She has a real soft spot for Albert. Danny seems to make a habit of winding her up - and is often on the receiving end of a cutting put-down - but underneath, she loves all the team like family.



Albert Stroller (Robert Vaughn)







The Roper Albert's the kind of gambler who's changed the course of his life on the toss of a coin. Before becoming a grifter, Albert used to be a shoe salesman in the American Mid-West. Legend has it, when his store was closed down and the staff lost their jobs, he conned the company out of sixty thousand dollars and shared it amongst his co-workers. For years he then worked the con in Las Vegas before fleeing to England in the 1970s. A veteran of the long con, and a respected grifter of the old-school generation, Albert's job in the team is to pick the right targets ("rope the mark") for his con colleagues.




Ash Morgan (Robert Glenister)









The Fixer Know as "Three socks Morgan" (from his first visit to the shower blocks during a spell in prison), whatever's needed, Ash will find it. Often enigmatic, he's the technical and practical brains of the operation. By nature, he's a problem solver. Ash does the initial groundwork for the scam and prepares of all props needed for the "big store." His classic con used to be The Flop: where he'd defraud insurance companies by stepping in front of cars, then getting a pre-existing fracture x-rayed: a fracture he actually got during a bar room brawl many years before!





Mickey Stone (Adrian Lester)






"He's in a class all his own. He's had every fraud office in the country jumping through hoops for twenty years but never been convicted."



Mickey's the former leader of the team, and master of the
long con.



Very ambitious, he's gone off to Australia to help pull off a major con, leaving his protégé Danny to stake his claim to lead the gang.



Held in high esteem. Described by the police as 'in a class of his own'. He's a prize catch for every fraud squad in the country!



Fiercely intelligent and a perfectionist.



But don't think he's not tough. Two years in prison for GBH on his wife's new boyfriend is unfortunately etched on his CV.



He has everything he could possibly want - apart from the woman he loves.
The rumour is that he and
Stacie were once involved.



He only targets the greedy, morally corrupt and those who thoroughly deserve it.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Primeiras impressões: Rubicon


Com esse simples slogan acompanhado de um bom promo, Rubicon provou que não é necessário investir rios de dinheiro em marketing para criar expectativa. Logo de cara a série consegue ser muita atrativa pelo seu óbvio tema central e por ser a terceira produção original do canal AMC (Mad Men e Breaking Bad). Seria mais um home run para o pequeno e prestigiado canal a cabo americano?


Eu assisti ao episódio piloto com expectativas moderadas. Esperava por algo mais devagar no estilo de The Sopranos e ao mesmo tempo com um roteiro inteligente e intrigante, afinal estamos falando de um thriller de conspiração. Os dois primeiros quesitos eu acertei. Rubicon é devagar e inteligente, mas intrigante… Não sei se essa seria uma boa palavra para definir a primeira hora da série.

Will Travers (James Badge Dale, The Pacific) é um brilhante e solitário analista de uma agência de inteligência americana com base em Nova York chamada, American Policy Institute (API). O API é uma agência especializada em quebrar códigos e encontrar padrões. Certo dia, Will encontra um padrão nas palavras cruzadas de alguns jornais que remetem à teoria do trevo de quatro folhas. Três das folhas significam os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O significado da quarta folha seria parte do mistério que a série vai desenvolver.

Spoilers Abaixo:

Quando mencionei que o piloto não foi intrigante, vale ressaltar que isso foi a minha opinião. Eu particularmente senti falta de um clímax ou de mais tensão em cenas que supostamente eram tensas, como a cena da estação de trem, onde Will está sozinho com um estranho, ambos escondidos pelas sobras e no final ele encontra o carro do seu falecido chefe sobre o número 13. Senti falta de uma trilha sonora mais condizente, ou talvez uma direção que usasse ângulos mais fechados e me fizesse ficar preocupado por não saber o que havia ao redor de Will. Só sei que não fiquei nem um pouco preocupado com o protagonista nessa hora.

Aliás, foi uma pena David Hadas ter morrido no acidente de trem logo no piloto. O chefe supersticioso, que rouba o trabalho do seu funcionário, foi o personagem que eu mais gostei. O legal é que a morte de David comprova (ou não) um pouco a sua superstição – a vassoura e o carro na vaga 13.

Outra coisa que me incomodou um pouco foi o exagero de clima retrô que Rubicon quis transmitir. A série se passa nos dias de hoje, mas o escritório da API é todo cheio de arquivos de papeis, quadros com mapas, anotações em bloquinhos… Pode uma agência governamental americana não ser lotada de computadores de última geração, ipads e telas touchscreen? Sei que as produções de conspirações governamentais mais famosas ficaram nos anos 70, mas essa falta de realismo nos detalhes acaba sendo um pouco chata.

Pretendo assistir mais episódios de Rubicon. Ainda tenho esperança que a série pode rumar para algo brilhante e que surpreenda. Logo mais vai surgir pistas sobre o suicídio do homem que aparece no começo, que aparentemente era membro de uma espécie de sociedade secreta – seria essa sociedade secreta a quarta folha do trevo? Espero mesmo que mais para frente as coisas engrenem, pois essa temática me interessa muito e é algo raro de se ver explorado na televisão.

Rubicon estréia dia 1 de Agosto nos EUA, mas o episódio piloto foi liberado na internet.


O Bem Amado


Versão cinematográfica de novela dos anos setenta perde em crítica e ganha em humor nas mãos de Guel Arraes.

A década é outra. A realidade passou por grandes mudanças. O Brasil cresceu em diversos âmbitos. Mas impressiona como a alegoria utilizada na novela setentista da Rede Globo ainda é bastante atual. Sabido dessa condição, Guel Arraes decidiu fazer sua versão cinematográfica da obra, apropriando-se da genialidade do texto original de Dias Gomes para criticar e tirar sarro do universo político brasileiro. Nasceu, então, “O Bem Amado”. Os personagens continuam os mesmos, assim como a história protagonizada pelo inesquecível Odorico Paraguaçu. O que mudaram foram os tons. Arraes retira um pouco da sátira e acrescenta mais humor a sua trama, perdendo em importância fílmica, mas ganhando em entretenimento.

Estamos na pequena Sucupira, cidade interiorana da Bahia. O reivindicado prefeito acaba de ser assassinado em seu próprio gabinete pelas mãos do desconhecido matador Zeca Diabo (José Wilker). Eleições se seguem até que o político da situação Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) assume o cargo. Dono de vocabulário particular e morais questionáveis, o atual prefeito logo dá início a sua principal promessa de campanha: “o construimento do cemitério municipal”, como ele mesmo diz.

A obra fica pronta, mas um pequeno “fenômeno” na localidade impede que ela seja inaugurada. O problema é que ninguém, durante meses, morre na cidade. A situação irrita Odorico, assim como a oposição, representada pelo comunista Vladimir (Tonico Pereira), que exala, nas páginas do jornal A Trombeta, críticas ao seu governo. Tendo de lidar com a falta de colaboração do destino, o prefeito procurará diversas artimanhas para abrir as portas do cemitério e justificar os altos gastos efetuados.

Responsável por longas-metragens como “O Auto da Compadecida” e “Lisbela e o Prisioneiro”, o diretor Guel Arraes transforma “O Bem Amado” em uma obra tipicamente sua. Estão lá a comicidade eficiente, os personagens caricaturais, a trilha sonora cantada e a história absurda que caracterizam seu cinema. O texto original, porém, traz em suas principais pretensões a crítica social, e desde o início do filme, Arraes esclarece que não a deixará de lado.

O problema é que o roteiro do próprio Arraes, em colaboração com Cláudio Paiva, peca pelo excesso de didática. Desde a abertura até o desfecho, alusões a situação política corrente do país são feitas, sempre comparando-a ao momento de turbulência vivido pela fictícia Sucupira. Deixar a trama falar por si mesma seria mais apropriado e inteligente, além de ser absolutamente desnecessário datá-la, já que estamos diante de algo atemporal. Cortar núcleos e sequências que pouco se relacionam com a proposta satírica também seria adequado, com destaque para o envolvimento amoroso entre os personagens de Caio Blat e Maria Flor.

Como peça cômica, no entanto, a película é extremamente bem sucedida. Tanto que não seria exagerado dizer que estamos diante do filme mais engraçado do cineasta. São cerca de 110 minutos de intensas risadas que exploram principalmente o dom da retórica e do “invencionismo vocabular” de seu protagonista. Odorico Paraguaçu é um político dos mais corruptos, que admite desviar verbas, mas justifica da forma mais absurda suas atitudes. Odiado por seu povo, entretanto, ele é o principal atrativo para o espectador do longa.

Entre atos pouco dignos, o prefeito tem de enfrentar a fúria da oposição, encabeçada por Vladimir, tratado pelo roteiro como alguém de visão democrática, mas que perde a ética facilmente ao tentar fazer suas reivindicações reverberarem. Um acerto que prepara a história para um fim emblemático, cheio de contradições, sem medo de escolher o politicamente incorreto, e se encaixando perfeitamente neste Brasil em que vivemos, onde o poder parece contaminar.

Em termos narrativos, o filme é afetado por um problema típico de uma adaptação de uma novela para o cinema. São tantos fatos em tão pequena duração que alguns são atropelados, não deixando explicação para a audiência. Além disso, Guel Arraes deixa para os personagens identificarem a passagem de tempo, o que acaba por prejudicar o desenvolvimento da história. Em “O Bem Amado” é normal uma cena ser seguida de outra, mas estarem afastadas por meses de distância. Arraes parece respeitar demais o texto de Dias Gomes e termina comprometendo a sua versão. Condensá-lo seria o ideal.

Em um longa da Globo Filmes, voltamos a ver os atores da emissora desfilarem no cinema. E talvez justamente pela linguagem novelesca que a direção de Guel Arraes traz, o elenco está um espetáculo. Marco Nanini é um show a parte, com trejeitos exagerados e verborragia inspirada. Pode até nem ser tão genial quanto Paulo Gracindo (que interpretou o personagem na novela), mas faz um trabalho digno dos mais altos elogios. E se Tonico Pereira está em atuação acima do tom, José Wilker faz de seu Zeca Diabo um homem assustador e engraçado, sem desempenhar o menos esforço. Deve-se destacar ainda as interpretações de Zezé Polessa, Drica Moraes e Andréa Beltrão como as espevitadas irmãs Cajazeiras.

A trilha sonora composta por canções de Caetano Veloso e Zé Ramalho complementa o universo mais cômico do que satírico de “O Bem Amado”. Diante de falhas evidentes, o filme consegue deixar suas mensagens graças ao bom trabalho de Arraes e, principalmente, ao material original. Aos que desconhecem a trama por completo, vale a pena ir ao cinema e curtir as falcatruas realizadas por esse protagonista tão icônico. É divertimento na certa.


NOTA: 7,0

Darlano Didimo

cinemacomrapadura.com.br