segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Vida Fodona #304:

Que tal uma festa Vida Fodona?

October 29th, 2011

E já que eu vou tocar com a Bia e a Julie, botei elas como Garotas Vida Fodona da vez.
Aumenta o som!

Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Peter Bjorn & John – “Second Chance”
Rapture – “In the Grace of Your Love”
Holy Ghost – “Wait & See”
VHS or Beta – “I Found a Reason”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Architecture in Helsinski – “Escapee”
Paul McCartney – “Temporary Secretary”
Tennishero – “Midnight Love”
Washed Out – “Eyes Be Closed”
Justice – “Audio Video Disco”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Moves Like Jagger”

Vida Fodona #303:

Pra se espreguiçar

October 16th, 2011

Afinal, frio e chuva é bom pra isso.

Washed Out – “Soft”
Twin Sister – “Bad Street”
Pipo Pegoraro – “Radinho de Pilha”
Neon Indian – “Deadbeat Summer”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Lana Del Rey – “Kill Kill”
Justice – “Helix”
Mallu Magalhães – “Cena”
Wilco – “Whole Love”
Girls – “Magic”
Tennishero – “Midnight Love”
Karina Buhr – “Pra Ser Romântica”
Cícero – “Pelo Interfone”
Flight Facilities + Gisele – “Crave (GoSpaceship Remix)”
Metronomy – “The Bay”
Carte Blanche + Alexis Taylor – “With You”

Vida Fodona #302: 

Deu pra sentir a falta que eu faço?

October 9th, 2011
Demorei, mas voltei.

Portishead – “Cowboys”
Karina Buhr – “Cara Palavra”
Quincy Jones – “Money Runner”
Mayer Hawthorne – “The News”
Martha & the Vandellas – “Heatwave (EMNYD Remix)”
Toro y Moi – “Saturday Love”
Neon Indian – “Future Sick”
Kassin – “Lin Quer”
Girls – “Love Like a River”
Rapture – “It Takes Time to a Man”
Cansei de Ser Sexy – “Ruby Eyes”
Mallu Magalhães – “Highly Sensitive”
Olivia Tremor Control – “Jumping Fences”
Warpaint – “Undertow”
Rafael Castro – “Mulher de Quarenta”
Feist – “How Come You Never Go There”
Letuce – “Insoniazinha”
Neutral Milk Hotel – “Holland 1945″
Arnaldo Baptista – “Cê Tá Pensando Que Eu Sou Lóki?”

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Não Tenha Medo do Escuro:

o suspense em uma história de ninar

Guillermo Del Toro produz e adapta trama fraca, mas que ainda rende momentos de tensão.
Avaliação: 6


O cinema de suspense e terror não é mais o mesmo. Os sustos e a apreensão são jogados na tela sem muitos critérios, alterados pelo som exagerado. Não que isso seja ruim, quando a proposta é bem desenvolvida. O trash nunca foi tão atual. Mas de vez em quando (ou quase sempre), dá saudade de um terror mais clássico, baseado no psicológico e não somente no susto. O medo sempre se instala com mais facilidade naquilo que não podemos ver ou mesmo vemos com precaução. A nova produção de Guillermo Del Toro (“Mutação” e “O Labirinto do Fauno”) chega com essa proposta: resgatar um pouco da psicologia do medo por meio de uma história simples. Simples até demais.

Baseado em uma série de TV datada de 1973, o roteiro de Del Toro em parceria com Matthew Robbins mostra logo no prólogo o mistério que cerca a casa que, anos depois, será habitada por Alex (Guy Pearce) e Kim (Katie Holmes). A velha trama da casa mal assombrada é onde moram criaturas diabólicas fanáticas por crianças, que começam a se manifestar quando a filha de Alex, a pequena Sally (Bailee Madison), vai morar com ele. A casa, até então pacífica, começa a ser alvo de movimentações estranhas, sussurros e ameaças após a descoberta de um porão, onde mora o perigo que cercará os personagens.

O longa trabalha muito bem a proposta de seu título, sendo coerente em arrancar frio na barriga do público ao usar a iluminação, mais precisamente a falta dela. O diretor Troy Nixey transforma a mansão em um ambiente assustador e usa as sombras e os ruídos para criar tensão, além de realizar sequências interessantes.  Em uma determinada cena envolvendo uma colcha de cama, por mais que o espectador saiba o que vai acontecer, é quase impossível não ficar apreensivo com a agilidade do plano. O problema principal do longa não é o razoável desempenho de Nixey, que chega a homenagear seu mentor Del Toro em diversos momentos da película, mas sim a ausência do próprio Del Toro na direção que certamente recriaria um mundo bem mais interessante de se ver.

Del Toro como roteirista opta por estratégias perigosas, das quais a maior dela é mostrar suas criaturas (uma espécie de diabretes evoluídos vistos escritos por J.K. Rowling em “Harry Potter”) com muita antecedência, estragando a surpresa e cortando o suspense a partir do segundo ato. Os monstros não são assustadores ao ponto de manter em suspensão sua ameaça. Outro erro é não explicar com lógica a origem das criaturas, muito menos da mansão em que os personagens vivem. Os roteiristas optam pela velha estratégia do “procure na biblioteca” para tentar dar credibilidade aos eventos do longa, querendo apenas fazer o público acreditar que “as coisas são assim porque têm que ser”.

Com tantos conflitos mal desenvolvidos em cena, resta se encantar com o desempenho do elenco, principalmente da pequena Bailee Madison, que promete ser uma das grandes promessas de Hollywood. Tendo passado por besteiróis como “Esposa de Mentirinha” e dramas como “Entre Irmãos”, a atriz mirim incorpora com maturidade a pequena Sally, dividida entre o mistério da casa com supostas “fadas” que na realidade querem se desfazer dela. Madison convence em todos os momentos e não interpreta apenas a garota que grita com medo do fantasma. Ela transmite uma densidade psicológica marcante e sustenta a maior parte do filme sozinha.

Guy Pearce interpreta no piloto automático o pai descrente que duvida dos eventos que a filha passa,  mas sua química com Katie Holmes o fortalece. Aliás, Holmes cresce no decorrer da película, tendo um desfecho bastante curioso. O texto não ajuda os coadjuvantes, dispensando sem nenhum critério os empregados da mansão, que poderiam ser usados como escape para uma linha dramática paralela que simplesmente inexiste e faz falta.

Se perdendo meio a uma proposta inicialmente interessante, Del Toro oferece apenas um filme comum que resgata com eficiência um suspense mais tradicional, mas que se sabota por não ter material suficiente que possa ser classificado como inteligente. O visual macabro da película aumenta a tensão junto à trilha sonora constante, o que causa apreensão no espectador. Mas ao fim da sessão o que fica é a sensação de que nada demais foi visto no filme e que Del Toro já assinou produções melhores.
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Diego Benevides
é editor chefe, crítico e colunista do CCR. Jornalista graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), atualmente é pós-graduando em Assessoria de Comunicação, pesquisador em Audiovisual e professor universitário na linha de Artes Visuais e Cinema. Desde 2006 integra a equipe do portal, onde aprendeu a gostar de tudo um pouco. A desgostar também.


Entre Segredos e Mentiras:

filme busca fazer justiça para misterioso crime

Ryan Gosling, Frank Langella e Kirsten Dunst estrelam thriller que decide preencher lacunas de caso não resolvido pela justiça americana. 


Avaliação: nota 7
 
 


A cada ano o dizer “baseado em fatos reais” passa menos credibilidade em produções hollywoodianas. Os acontecimentos verdadeiros, dificilmente, são respeitados, servindo, na maioria das vezes, apenas como plot para incrementadas tramas que vão da comédia ao drama intenso. “Entre Segredos e Mentiras”, porém, vai além ao decidir exibir a sua versão para um misterioso caso criminal que envolve uma importante e poderosa família nova-iorquina, e o resultado é um filme intenso, de direção cheia de ritmo e dono de ótimas atuações de seus protagonistas.

O principal deles é David Marks (Ryan Gosling), um jovem rapaz de sobrenome de referência, mas que se nega a seguir os passos do pai Sanford (Frank Langella) como empresário. Atuando, eventualmente, como encanador, ele conhece a doce Katie (Kirsten Dunst), com quem acaba se casando meses depois. A insistência do pai, no entanto, retira-os do sossego de uma casa interiorana para a turbulenta Nova York. A mudança acaba abalando o relacionamento do casal ao revelar um David cheio de traumas, agressivo, capaz de qualquer ato para manter-se distante de encarar sua triste realidade emocional.

Mas quem é esse homem que não aceita a ideia de pensar em ter filhos? Que vai de um pacato rapaz a um ambicioso empresário? Que vai de um romântico marido a um companheiro desprezível? O roteiro de Marcus Hinchey e Marc Smeling prefere não adentrar em sua mente por inteiro. Neste quesito, por sinal, o texto da dupla não é nada intrusivo. Permanece distante desta bem desenvolvida mudança de personalidade por parte de David. Passando de um drama de um herdeiro renegado e mal tratado pelo pai a um thriller que o coloca como principal suspeito de um crime, o filme revela-se uma envolvente história cercada de acusações, mas que ainda possui diversos segredos.

Segredos esses que podem ser encarados como erros do roteiro em uma total contradição com sua proposta justiceira. Jamais sabemos quais são os negócios da família Marks, como o envolvimento de uma promotora nas investigações chegou ao fim ou por que David viu-se na obrigação de deixar sua felicidade de lado e aceitar assumir a herança e as obrigações a que estava destinado.  Quando os fatos reais não são a maior das inspirações de uma obra cinematográfica, um pouco mais de imaginação valorizaria a produção por completo.

Mas ainda há muito a ser destacado em “Entre Segredos e Mentiras”. Trata-se de um longa de intensidade invejável, daqueles que prendem a atenção do início ao fim. Com uma montagem que entrelaça o depoimento do personagem principal em um inicialmente desconhecido julgamento e a longa história (de quase vinte anos) de como ele foi parar ali, o filme intriga por não jogar fáceis pistas para o público precipitadamente e por apresentar o nascimento gradual de um vilão sem caricatura, que chega a viver um bonito conto amoroso que o diretor Andrew Jarecki idealiza devidamente, abrindo espaço até para uma afeição dos espectadores com David.

Ryan Gosling também contribui para tal sensação. Trata-se de um dos melhores atores de sua geração em mais uma ótima interpretação que vai da inocência à agressividade e ao cinismo em questão de segundos. Ele forma um complexo casal com a cada vez mais seletiva Kirsten Dunst, que surge graciosa e cheia de minúcias, em mais um bom trabalho da atriz nos últimos meses. Complementa o elenco o sempre competente Frank Langella, que retorna aos desprezíveis e malvados personagens que são tônica em sua carreira. Ele é o patriarca de uma família que, na vida real, não deve ter ficado tão feliz com o lançamento deste longa, mas que deve admitir que, de fato, trata-se de um grande entretenimento, mesmo que falte um pouco de ética para os seus realizadores.
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Darlano Dídimo é crítico do CCR desde 2009. Graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC), é adorador da arte cinematográfica desde a infância, mas só mais tarde veio a entender a grandiosidade que é o cinema.

Gigantes de Aço:

 

longa é pouco inteligente, mas compensa na diversão

 

Produzido por Steven Spielberg e dirigido por Shawn Levy, o filme é quase um daqueles longas esportivos oitentistas. Mas com robôs.

Avaliação: nota 6


Um fator usado a favor deste “Gigantes de Aço” é que se trata de filme fora de seu tempo. Se fosse produzido nos anos 1980, seria apenas mais uma fita de superação esportiva e de relacionamento entre pai e filho. Lançado hoje em dia, ele ganha um valor de nostalgia. O que não o impede de ser imbecil. Apesar de bastante divertido, é um apanhado de clichês oitentistas embalado em uma caixa de brinquedo de robôs lutadores, algo do que os realizadores parecem ter plena consciência.

Dirigido por Shawn Levy, o longa nos apresenta a Charlie (Hugh Jackman), um ex-boxeador em um mundo onde ninguém mais liga para lutas entre humanos. Sua carreira controlando robôs lutadores, o esporte favorito do país, está indo de mal a pior. Após a morte de sua ex-namorada, ele se vê obrigado a passar alguns meses com seu filho, Max (Dakota Goyo). Acidentalmente, os dois descobrem em uma sucata um robô velho, Atom. O desacreditado maquinário pode ser a chave de Charlie para o topo e, de quebra, ajudá-lo a se conectar com o garoto.

Inicialmente, o roteiro de John Gatins estabelece bem o mundo de 2020, onde se passa a história, algo fortalecido pela direção de arte. Pequenos detalhes tecnológicos, todos baseados na nossa tecnologia atual, e discussões sobre os bastidores do esporte (seja no meio underground ou no campeonato principal) ajudam a dar alguma credibilidade ao que vemos na tela.

A questão está justamente na trama principal. Para ser justo, o filme tinha de dar créditos a Sylvester Stallone, tendo em vista quão grande a influência da série “Rocky” se apresenta durante a projeção. As mais aparentes são a sequência de treinamento, o modo como as lutas (especialmente a final) se desenrolam e, claro, os vilões. Ah, esses merecem ser comentados em especial.

Os antagonistas são o casal Tak Mashido e Farra Lemkova, vividos respectivamente por Karl Yune e Olga Fonda. Parece-me que Gatins simplesmente pegou o roteiro de “Rocky IV” e copiou e colou as falas de Ivan Drago e sua esposa. A unidimensionalidade dos personagens torna impossível não reparar nessas semelhanças, algo que ressalta a antipatia que sentimos por eles, em um bizarro caso de transferência. Até mesmo o robô controlado por Mashido, Zeus, tem um visual que remete diretamente ao Megratron do desenho original de “Transformers”, completando o clima “vinte e poucos anos” que toma conta da projeção.

Vejamos o visual de Atom. Simples e esguio, seu design é bastante funcional. No entanto, o que acaba chamando mais atenção é um “sorriso” no rosto do robô. Esse é um dos sinais de um dos plots mais despropositados que já vi, no qual tenta-se vender a ideia de que Atom tem consciência. Tal ideia surge do nada e é desenvolvida de uma maneira sutil como uma marreta, por meio de uma cena onde Atom fica em frente a um espelho, e não leva a absolutamente lugar nenhum.

No entanto, os problemas do roteiro são compensados pelo fator diversão. Hugh Jackman acerta o tom na caracterização de Charlie, fazendo com que a evolução do personagem de idiota completo a um cara meramente incompreendido não soe (excessivamente) artificial. Sua química com Dakota Goyo funciona, com o pequeno Max se apresentando de modo esperto e determinado, mas sem esquecer de ser criança, vide a cena na qual ele descreve com empolgação infantil uma luta de Zeus.

Se por meio de Max nos interessamos pelo universo das lutas de robôs, é pela namorada de Charlie, Bailey, que nos é mostrado um pouco do passado do protagonista. No entanto, isso é feito de maneira bastante expositiva, com sua função depois disso se resumindo a ser uma versão futurista de Adrien. Uma pena para Evangeline Lilly, que é melhor atriz do que isso.

Por falar em egressos de “Lost”, Kevin Durand surge estereotipado como nunca no papel de um ex-lutador sulista inimigo de Charlie, que some durante boa parte da trama e reaparece exatamente no momento mais inconveniente possível, com o longa tentando dar uma resolução a esta figura de uma maneira bastante forçada. O bom Anthony Mackie também participa da trama, de modo bastante discreto.

Danny Elfman faz um trabalho genérico na trilha sonora, nem de longe lembrando seus desafios habituais. Shawn Levy, que já demonstrou saber lidar com efeitos especiais na franquia “Uma Noite no Museu”, também se sai bem nesse quesito aqui. As lutas entre os robôs são bem coreografadas e empolgam o público, sendo filmadas de modo bastante energético, embora longe de original. O mesmo pode ser dito do filme. Tem seus defeitos, pode não ser lá muito inteligente, original ou inovador, mas ao menos não ofende o público e diverte na medida certa.

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Thiago Siqueira
 é crítico de cinema do CCR e participante fixo do RapaduraCast. Advogado por profissão e cinéfilo por natureza, é membro do CCR desde 2007. Formou-se em cursos de Crítica Cinematográfica e História e Estética do Cinema.



Atividade Paranormal 3: 

um filme com apenas dez minutos de terror

Muitas pegadinhas, falsos sustos e até algum horror dão o tom na terceira parte da história, que continua tão monótona quanto as anteriores. 

Avaliação: nota 6
 


O terceiro filme da franquia revive a infância das irmãs que protagonizaram os dois primeiros longas. Como o trailer sugere, a regressão procura explicar a origem dos acontecimentos que, futuramente, marcariam suas vidas. E as apostas foram muitas em um filme cujos protagonistas eram crianças pálidas e de longos cabelos negros caídos sobre o rosto. O horror é sempre mais inquietante quando envolve os pequenos, e quando esses pequenos exibem feições fantasmagóricas – ao melhor estilo do horror oriental – as esperanças por um por resultado satisfatório aumentam.

No novo “Atividade Paranormal”, o que poderia ter sido bem trabalhado acabou se convertendo naquela que talvez seja a mais monótona e menos assustadora trama desde o primeiro capítulo da série.

A primeira metade do filme acompanha a saudável rotina daquela que poderia ser a família perfeita: uma ampla casa, filhas saudáveis, mãe dedicada e um padrasto apaixonado por tudo aquilo convivem do modo mais tradicional que se possa imaginar. 

Muito criticado pela monotonia dos primeiros longas e pelos momentos esporádicos – quase raros – de horror explícito, é fácil perceber que estúdio e distribuidora planejaram um trailer que sugere um filme mais denso, ágil e cheio de momentos de tensão.

E aquela prévia de um minuto e meio aliada ao sucesso do primeiro longa realmente deve ter feito a diferença na hora de escolher qual filme ver na noite de sexta-feira.

Então, quando já em sua primeira metade “Atividade Paranormal 3” dá claras mostras de que o terror não seria tão bem trabalhado, é difícil não se decepcionar.

O roteiro de Christopher B. Landon e Oren Peli brinca com os espectadores o tempo inteiro, até chegar ao nível do irritante. Em seus primeiros 30 ou 40 minutos de projeção, além de não conseguir criar um clima de tensão que se sustente até a sequência seguinte, quase todos os sustos são explicados no segundo posterior por algo que de paranormal não tem nada: aquele grito não passou de uma tentativa de uma pegadinha da esposa e aquele barulho repentino é apenas a filha batendo a porta do quarto. A reação posterior ao susto é de riso. E raiva.

A partir da metade final, algumas situações começam a colocar o terror em pauta, embora de modo completamente irrisório e em um contexto tão falso que é difícil sentir medo. Então, percebemos que a grande falha de “Atividade Paranormal 3” é não conseguir alimentar um clima de tensão que perdure por toda a narrativa. Além dos sustos esporádicos, não há nada que transmita ao leitor a sensação permanente de grudar na poltrona e esperar aflito pelo perigo iminente.

E mesmo que a situação ganhe algum incremento de horror em sua segunda metade, a reação que os personagens dão aos fatos sobrenaturais é suficiente para comprometer qualquer boa intenção. Em uma casa totalmente monitorada por câmeras de vídeo, ninguém pensa em verificar as fitas quando a filha mais velha acorda toda a família se queixando de ter sido erguida pelos cabelos e arremessada para longe por um fantasma. Poucas horas depois, a mãe está serelepe tomando conta dos afazeres domésticos. E que se dane a filha atormentada.

Finalmente, em seus últimos 15 minutos, “Atividade Paranormal 3” consegue construir o clima que tanto fez falta durante toda a projeção. Depois de abandonar a antiga residência, a família segue para um novo lar, e é naquele lugar que a explicação para todos os fatos dos filmes anteriores ganha espaço.

Em uma longa sequência noturna, sem interrupções, o diretor Henry Joost trabalha de modo satisfatório com aqueles fatores máximos que sempre funcionam: a solidão extrema do personagem, câmera na mão, imagem tremida, jogo de luz e sombras, símbolos inexplicáveis e aparições repentinas. Quando, finalmente, conhecemos a origem de tudo aquilo, a trama volta a esfriar, e mais nada pode ser dito.

De qualquer modo, o que salva o longa do completo fracasso enquanto filme de horror são os seus minutos finais. Caso uma nova sequência esteja sendo pensada, e caso ela tenha seu foco nos eventos anteriores ao anterior, seria bom levar em conta o bom trabalho realizado nesses últimos minutos de “Atividade Paranormal 3”.

E aquele trailer tão divertido parece, sinceramente, saído de outro filme.
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Jáder Santana é crítico do CCR desde 2009 e estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Experimentou duas outras graduações antes da atual até perceber que 2 + 2 pode ser igual a 5. Agora, prefere perder seu tempo com teorias inúteis sobre a chatice do cinema 3D.

 


Os Três Mosqueteiros: 

releitura se preocupa apenas com o entretenimento

Paul W.S. Anderson atualiza a história dos mosqueteiros e traz diversão aos cinemas, ainda que seja questionável seu compromisso com a aventura de Alexandre Dumas.

Avaliação: nota  7
 
 


A tecnologia tem possibilitado experiências visuais e estéticas cada vez mais apuradas no cinema. Talvez por isso os realizadores estejam obcecados pela ideia de que releituras de clássicos produzidos no cinema podem chamar atenção mais uma vez do público. Nem todos conseguem fazer jus ao material original, reverenciar a película outrora lançada ou trazer algo novo para o cinema. Ainda que a questão da fidelidade à obra adaptada seja sempre levada em conta, um filme deve ser analisado per si e precisa se sustentar em sua proposta.

O cineasta Paul W.S. Anderson sabia que podia contar com a tecnologia atual a seu favor, mas entrou em uma armadilha ao aceitar o comando a nova versão de “Os Três Mosqueteiros”. O clássico de Alexandre Dumas, o Pai, data de 1844, e já teve alguns experimentos no cinema (em 1993, lançado pela Disney, além das ótimas versões de 1948 – com Gene Kelly – e 1973 – com Cristopher Lee) e na TV (como a série animada da HBO produzida por Hanna-Barbera em 1968). O trunfo de Anderson não foi apenas usar o 3D, mas um orçamento gigantesco para suas acrobacias tecnológicas. O resultado foi um filme divertido, ainda que incomode os fãs mais tradicionais que talvez não compreendam que universo o cineasta quis construir nessa releitura livre de Dumas.

Na trama, D’Artagnan (Logan Lerman) conhece os lendários mosqueteiros Athos (Matthew Macfadyen), Aramis (Luke Evans) e Porthos (Ray Stevenson) após vários desentendimentos. Eles acabam caindo em uma nova aventura que pode ameaçar uma nova guerra entre França e Inglaterra e precisam unir forças para evitá-la. Entre os empecilhos estão a espiã Milady de Winter (Milla Jovovich), Duque de Buckingham (Orlando Bloom), o corrompido Cadeal Richelieu (Christopher Waltz) e seu agente Rochefort (Mads Mikkelsen). Em uma mistura de pitadas de humor, lutas de espadas e batalhas aéreas, os personagens precisam provar que a bravura está acima de qualquer dificuldade.

O roteiro de Alex Litvak (“Predadores”) e Andrew Davies (dos dois “Bridget Jones”) toma total liberdade para recontar a história de Dumas. Para isso, eles se atualizam em um prólogo interessante envolvendo as desenhos de Leonardo para uma espécie de navio voador, que pode servir de estratégia de guerra para as nações. Enquanto traições são arquitetadas, os mosqueteiros precisam, acima de tudo, encontrar um novo motivo para viver uma aventura e, estimulados pelo jovem D’Artagnan, aceitam resgatar uma joia que pode comprometer as relações entre França e Inglaterra.

O argumento, na realidade, é tratado quase como uma desculpa para que espadas sejam cruzadas. Isso quer dizer que não há muita profundidade naquilo tudo que nos é apresentado, com a única intenção de dar espaço para a ação. O roteiro acerta principalmente no alívio cômico, definindo seus personagens. As batalhas quase épicas, principalmente no ato final, retomam constantemente o fôlego do espectador, que se vê imerso em diversão pura. Afinal, “Os Três Mosqueteiros” sempre foi, acima de qualquer bravura que quisesse expor, uma diversão.

Para que a diversão seja bem desenvolvida, Anderson contou principalmente com efeitos visuais grandiosos. Ainda que seja possível perceber a presença exagerada do kroma key, as sequências são auxiliadas por uma direção de arte impecável assinada pelo supervisor Nigel Churcher, que conta em sua bagagem com “Amélia” e “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, além de já ter trabalhado com Anderson em “Resident Evil 2” e “Corrida Mortal”

O figurino de Pierre-Yves Gayraud, o mesmo de “Perfume – A História de um Assassino”, é cheio de glamour. Não se pode dizer o mesmo da trilha sonora, sempre exagerada e que não consegue discernir entre som direto, edição de som e trilha instrumental.

Sobre o elenco, questionável desde o anúncio da refilmagem, o quarteto principal encarna com vigor os seus personagem, destoando de uma Milla Jovovich caricata e um Orlando Bloom canastrão. Não ver Christopher Waltz brilhar incomoda, mas como uma sequência é praticamente certa (visto o gancho ao final do filme), talvez seu Cardeal consiga crescer mais nas próximas aventuras.

O uso do 3D não impressiona, se resumindo praticamente a enfiar espadas no rosto do público. Ainda que muito seja observado do Anderson que dirigiu “Resident Evil” e inspirações inevitáveis em “Piratas do Caribe”, este novo “Os Três Mosqueteiros” pelo menos traz o que faltou em alguns blockbusters deste ano: entretenimento, mesmo que passageiro.
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Diego Benevides é editor chefe, crítico e colunista do CCR. Jornalista graduado pela Universidade de Fortaleza (Unifor), atualmente é pós-graduando em Assessoria de Comunicação, pesquisador em Audiovisual e professor universitário na linha de Artes Visuais e Cinema. Desde 2006 integra a equipe do portal, onde aprendeu a gostar de tudo um pouco. A desgostar também.
 Jesse Pinkman/Aaron Paul


Escrito por em 23 de fevereiro de 2011 |
Categorias deste post: Breaking BadFeatured ArticlesPersonagem/Ator

 
Aaron Paul Sturtevant nasceu em 27 de Agosto de 1979 na cidade de Emmett, no estado norte americano de Idaho. Seu pai era um ministro batista aposentado que o criou em um ambiente religioso e de muito amor com a ajuda da esposa, mãe de Paul, uma mulher que o ajudava de todas as maneiras possíveis.


“Essa profissão é com uma montanha russa de rejeições e loucas emoções, mas eu sabia disso quando a escolhi, então você definitivamente precisa ser uma pessoa forte para tentar e sobreviver a isso.”
Muitos dizem que é devido a sua criação e educação que, hoje, Aaron Michael Paul, mais conhecido simplesmente por Aaron Paul, é um dos atores mais carismáticos, educados e corajosos da indústria televisiva. Isso é dito por todos os críticos que conhecem Paul, que atingiu notoriedade como ator em 2008. 

Desde pequeno, o garoto participava de todos os programas da igreja de sua cidade e adorava estar nas pequenas peças de teatro que o grupo fazia. Porém, foi na oitava série, enquanto estudava na Centennial High School e entrou para o departamento de teatro da escola, que Paul decidiu realmente o que queria fazer da vida: ser ator.

Depois de se formar, Paul mudou-se para Los Angeles para seguir seu sonho. Os primeiros passos o levaram a trabalhar como um funcionário no Universal Studios Movie Theatre, onde ele levava os convidados aos seus respectivos lugares. Paul aceitava qualquer pequeno papel que lhe caía em mãos sem pensar duas vezes. 

Foi assim que ele conseguiu seu primeiro papel na TV, em um episódio de Beverly Hills, 90210 em 1999. Assim, de pequenas participações, o ator também fez E.R., Criminal Minds, CSI, Melrose Place, Bones, Veronica Mars, The X-Files, entre outros. No cinema, seu primeiro personagem a ter um destaque maior foi no filme K-Pax, onde fez o filho de Jeff Bridges, mas uma versão mais jovem do personagem.

O ator também fez o cunhado de Tom Cruise em Missão Impossível III, além de outros personagens de destaques nos filmes Correndo Atrás, A Última Casa a Esquerda, Say Goodnight e no filme independente Choking Man.

Mas foi em 2007 que Aaron Paul ficou um pouco mais conhecido do público quando foi escalado para interpretar o namorado de Amanda Seyfried na série Big Love. Apesar de um personagem recorrente, Paul impressionou a crítica com a naturalidade que deu ao personagem Scott. 

Na série, ele é um homem de 28 anos que conhece Sarah, personagem de Seyfried, em um grupo de apoio para ex-mórmons fundamentalistas, que não querem seguir a vida de um casamento pluralista. 

Na 4ª temporada de Big Love, Scott e Sarah se casam e saem da série, mas spoilers já anunciaram que, tanto ele, como Amanda Seyfried retornarão para a series finale.
(sobre o trabalho em Big Love): “É legal porque eu nunca interpretei o garoto certinho. Sempre fiz personagens excêntricos, vilões ou comédias pastelão. Mas Scott é um cara correto…um homem bom.”


Após o pequeno sucesso em Big Love, Paul foi escalado como um dos personagens principais da série Breaking Bad, do canal AMC, na qual interpreta o personagem Jesse Pinkman. 

O ator conta que sua mãe ficou incrivelmente feliz quando soube da notícia, ainda mais que seu filho iria contracenar com Bryan Cranston, um dos atores preferidos dela pela série Malcolm in the Middle.  

Após diversos comerciais de TV, clipes musicais e papéis menores, Aaron Paul encontrou e encantou o grande público como Jesse. Antes de comentar sobre o personagens, existem algumas curiosidades sobre Paul que valem ser mencionadas. 

Ele é um fã extremo de Lost e Dexter, e disse que se aproximou de Damon Lindelof (co-criador de Lost) um dia para dizer o quanto adorava sua série; e que se pudesse escolher fazer alguma participação em séries, teria sido em Lost, mesmo que fosse apenas como um sobrevivente figurante

Sua participação preferida foi em um episódio da série de curta duração Threat Matrix, no qual interpretou um garoto que morre de ebola. Paul também foi participante do programa de entretenimento The Price Is Right, chegando a final do programa, mas errando o preço e perdendo.

Para compor Jesse Pinkman, Paul estudou muito sobre uso de drogas, principalmente heroína. Assistiu diversos documentários enquanto pesquisava sobre química e métodos de fabricação das drogas. O fato é que Paul fez bem sua tarefa de casa. 

Jesse é um dos personagens mais simpáticos das séries de TV, mesmo que seja uma má influência pelo uso de drogas, linguajar e comportamento. Assim como Cranston e a série em si, a interpretação do ator vem melhorando a cada temporada, chegando ao ponto culminante na season finale da 3ª temporada da série. 

Em 2010, pelo segundo ano consecutivo, Aaron Paul foi indicado a categoria de melhor ator coadjuvante por drama no Emmy, e levou pela primeira vez. Seu trabalho em Breaking Bad é sensacional. Até me faltam palavras para expressar o quão brilhante é a atuação do jovem ator, que conquistou público e crítica.

Na série, Jesse é um garoto usuário de drogas que leva sua vida traficando, fugindo da polícia e aproveitando o dinheiro com mais drogas, sexo e bebidas. Ao ser pressionado pelo seu ex-professor de química Walter White, o garoto aceita fazer uma parceria, enquanto White fabrica, Jesse vende. Essa é a premissa básica da vida do personagem, que entra em uma verdadeira montanha russa quando se junta com White. Os dois não são apenas parceiros, mas se transformam em pai e filho, o que é visível até fora das cenas, com a grande amizade dos atores. 

Apesar de suas vidas serem constantemente ameaçadas, os dois não conseguem ficar longes um do outro, mesmo que as vezes seja por dinheiro e necessidades. Na primeira temporada vamos acompanhando o começo do relacionamento dos dois para fabricar e vender. 

Depois, na segunda, Jesse embarca em um relacionamento que é o pontapé inicial para a season finale. Já na terceira, após sua vida ser salva por Walter, Jesse é quem precisa ajudar o parceiro em uma das melhores cenas da série.
“Interpretar Jesse é divertido, mas muitas vezes triste e complicado, principalmente depois das pesquisas que fiz, lendo histórias sobre famílias que foram destruídas por essa terrível droga. Em minha vida conheci pessoas, das quais fui bem próximo, e as vi se perderem nas drogas que literalmente comeram suas almas vivas. Transformaram-se de lindas criaturas para pessoas completamente diferentes, o que é realmente triste.”

sábado, 15 de outubro de 2011

Free Agents 

Cancelamento é confirmado pela NBC


O segundo cancelamento da fall season 2011 veio novamente pelas mãos do canal NBC, que depois de The Playboy Club, acaba de cancelar a nova comédia estrelada por Hank Azaria e Kathryn Hahn, Free Agents. Além das péssimas críticas, a série estava sofrendo com a baixa audiência em um horário muito competitivo na grade americana (Free Agents batia de frente com The X-Factor e Survivor). Foram apenas 4 episódios sendo que o último marcou 3.3 milhões e 1.0 na demo.

Boardwalk Empire 

HBO confirma 3ª temporada


Com apenas três episódios exibidos na 2ª temporada de Boardwalk Empire, a HBO já garantiu um novo ano para Nucky Thompson e suas tramóias. A aclamada série de época produzida por Martin Scorsese retorna em 2012 para sua 3ª temporada.

“Depois da triunfante primeira temporada, eu estava ansioso para ver o que Terry Winter, Martin Scorsese e o restante da fantástica equipe tinham preparado, e eles continuam superando nossas mais altas expectativas,” disse o presidente da HBO Michael Lombardo. “O retorno da imprensa e da nossa audiência tem sido extremamente gratificante.”

Hart of Dixie, The Secret Circle e Ringer 

CW garante temporadas completas


Com uma grade de programação bem enxuta, já era de se esperar que a CW encomendasse novos episódios de todas suas três novas séries. Hoje o canal confirmou que Hart of Dixie, The Secret Circle e Ringer terão pelo menos a 1ª temporada completa com 22 episódios cada.

“Acreditamos na força criativa dessas séries, e garantindo a 1ª temporada completa podemos dar a nossa audiência a chance de aproveitar essas três séries,” disse Mark Pedowitz presidente da CW. “Com histórias interessantes, personagens engajados e o tremendo buzz, nós firmemente acreditamos que Hart of Dixie, The Secret Circle e Ringer podem ser séries com a cara da CW, o tipo de ótimas séries que são sinônimo com a nossa marca.”

Suburgatory e Revenge

ABC garante temporadas completas


Duas séries novatas da ABC que estão com sólidos números na audiência americana acabam de ganhar ordem de temporada completa. Ambas Suburgatory e Revenge terão a 1ª temporada completa com 22 episódios cada. Isso não significa que as séries estão com a renovação garantida, mas as chances de as duas séries voltarem para a 2ª temporada são muito boas.

Outra comédia do canal que recebeu encomenda de novos episódios foi Happy Endings, porém a comédia ainda não tem 22 episódios garantidos para a temporada atual e sim 19 episódios. Na temporada passada Happy Endings não estava com bons números na audiência, mas nessa 2ª ano a série cresceu e parece que vai dar a volta por cima.

Charlie’s Angels

Série é oficialmente cancelada pela ABC


O remake de Charlie’s Angels produzido para o canal ABC acaba de ser cancelado. A série que foi fracasso de audiência desde o primeiro episódio e desde então recebeu duras críticas da imprensa especializada sobreviveu por apenas quatro episódios. Ao que parece a ABC pretende transmitir os outro quatro episódios que já foram filmados, mas a produção foi encerrada imediatamente.

Outra série que acaba de ser cancelada depois de duas temporadas foi Memphis Beat, estrelada por Jason Lee.

“A TNT decidiu não renovar Memphis Beat para a terceira temporada,” disse um representante do canal TNT. “O canal agradece a todos envolvidos na produção de Memphis Beat pelo seu trabalho na série, incluindo o ótimo elenco e equipe. A TNT deseja o melhor para todos.”

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Séries/TV: Review das estreias 

do fall season americano – Parte 1

Saiba o que achamos de Up All Night, Free Agents, The Playboy Club, New Girl, Prime Suspect, Terra Nova, Suburgatory, Pan Am e Homeland.

Todos os anos uma das épocas mais esperadas pelos fãs de séries de TV é o fall season americano. Esse período que compreende os meses de setembro e outubro traz os retornos das séries regulares dos canais abertos e principalmente suas novidades. Foram muitas estreias e resolvemos compilar comentários sobre todos os pilotos que assistimos, divididos em partes. Muitos decepcionaram, inclusive apelidando esse período de “fail” season, mas também temos coisas boas. Vamos lá!




Up All Night: Pelos nomes envolvidos na produção, eu tinha esperanças de que fossemos ter uma boa comédia. Infelizmente Will Arnett, Cristina Applegate e Lorne Michaels decepcionaram neste piloto. Achei os personagens muito forçados e sem graça. O roteiro foi incapaz de estabelecer qualquer empatia ou situação engraçada ao longo de todo episódio. O casal principal também não está bem ancorado por coadjuvantes interessantes. A não ser que melhore muito a partir dos próximos episódios, não vejo futuro.

Free Agents: Outra decepção. Mais um piloto que não consegui dar uma risada qualquer. Mas essa é garantia de não ter futuro, já que a série acaba de ter seu cancelamento anunciado pela NBC.  Até acho Hank Azaria engraçado, mas a falta de química com Kathryn Hahn era visível e o roteiro fraquíssimo.

The Playboy Club: O que dizer da primeira série cancelada desse fall season? “The Playboy Club” poderia ser interessante na teoria, se explorasse mais a história do clube das coelhinhas e a trama de assassinato num nível mais realista, mas na TV aberta dificilmente teria sucesso. Uma pena.

New Girl: Tenho uma relação conflituosa com essa série, pois consigo apontar seus inúmeros defeitos, seja personagens clichês, overacting ou piadas óbvias. Mas conseguiu me cativar. Acho que é o carisma de Zooey Deschanel como uma nerd estranha, mas de bom coração. Acho interessante o roteiro explorar a relação dela com seus roommates. Vou seguir acompanhando. “New Girl” foi a primeira série a ganhar temporada completa.

Prime Suspect: Tinha boas expectativas em relação a essa série, já que é uma refilmagem de uma ótima série policial britânica. Infelizmente a produção americana se revelou um procedural comum, cheia de clichês e apenas mais um entre tantos “C.S.Is”, “NCIS”, “Mentalists” e por aí vai. Sem contar que os casos da semana não são interessantes e a personagem principal não tem carisma. Uma decepção.

Terra Nova:  Falando em decepção, alguém me explique o que aconteceu com Steven Spielberg pra produzir uma bomba dessas. Para um piloto que custou US$ 20 milhões, como os efeitos especiais são dignos do aerolito do Chapolim? O diretor fez “Parque dos Dinossauros” em 1993 (!) e conseguiu entregar dinossauros mais reais do que nesta produção televisiva. O roteiro também é péssimo e cheio de absurdos, não do ponto de vista de uma ficção científica, mas do ponto de vista lógico. Um exemplo é o personagem principal conseguir fugir de uma prisão de segurança máxima com um raio laser (aliás, a fuga não é mostrada!). O roteiro também não conseguiu construir um arco dramático minimamente interessante, mesmo tendo um universo todo a ser explorado. Não sei se passa da primeira temporada.
http://www.youtube.com/watch?v=WYSyxgdiRLo

Pan Am: Essa foi uma das boas surpresas entre os pilotos (com o perdão do trocadilho!). A série sobre a clássica companhia aérea conseguiu entregar personagens e tramas interessantes, uma produção competente e bons cliffhangers para o decorrer da temporada. Particularmente estou curioso pra ver como vai ser essa história de espionagem. Espero que mantenha o nível!

Suburgatory: Muitas pessoas gostaram desse piloto, mas confesso que não consegui ver graça. Simplesmente não comprei a história de um pai resolver se mudar para o subúrbio simplesmente porque achou um preservativo na gaveta da filha adolescente. E sobre o cotidiano no subúrbio, dá a impressão de ser uma série que nós já vimos, com as donas de casa dando em cima do personagem principal, a vida perfeita servindo de cortina para pessoas com problemas de caráter, e por aí vai. Vamos ver se melhora.

Homeland: Talvez esse tenha sido o melhor de todos os pilotos. Do mesmo canal de séries consagradas como “Dexter” e “The Big C”, a produção chega para abordar o terrorismo sob um ponto de vista diferente. A série conta a história de um oficial americano (Nicholas Brody, interpretado por Damian Lewis) resgatado depois de dado como morto por oito anos. O problema é que a agente da CIA Carrie Mathison (Claire Danes) desconfia que Brody possa ter se convertido e seja um potencial terrorista. O clima de suspense e incerteza domina todo o piloto, devido principalmente a interpretação de Lewis, já que não conseguimos desvendar as verdadeiras intenções de seu personagem. Não deixem de ver!

Nerdcast 280 – Steve Jobs

Stay hungry, stay foolish


sexta-feira, 7 de outubro de 2011


Lambda lambda lambda! Hoje Alottoni, Jonny Ken, Nick Ellis e Azaghal falam sobre as mais importantes mensagens deixadas pela vida de STEVE JOBS!

Neste podcast: Entenda porque o impacto de Steve Jobs na vida de cada um de nós não se limita só à tecnologia, mas vai além da morte, ao plano das ideias… e da perseverança.

Agradecimentos especiais a Guilherme Briggs e Sr.K.
Tempo de duração: 73 min

PARA LER


Vida Fodona #301:

Mais um programa antes de uma viagem


Já serve de aviso que fico fora a partir da próxima quarta atééééé a quarta da outra semana.
Não precisa ficar com saudades…

Neon Indian – “Polish Girl”
Toro y Moi – “I Can’t Get Love”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Kassin – “Quando Você Está Sambando”
Anelis Assumpção + Rodrigo Brandão + Lurdez da Luz – “O Importante é o Que Interessa (Vinil & Digital)”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Is Tropical – “Lies”
Dirtyphonics – “Tarantino”
Justice – “Helix”
Lana Del Rey – “Video Games (Club Clique Remix)”
Foster the People – “Broken Jaw”
Rapture – “Come Back to Me”
Girls – “Alex”
Céu – “É Preciso Dar Um Tempo Meu Amigo”

Vida Fodona #300

Mais uma etapa

September 21st, 2011

E assim começo mais um álbum, o Volume IV.

Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Das Racist – “People Are Strange”
Pickwick – “Blackout”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Mallu Magalhães – “Shine Yellow (Deeplick Remix)”
Talking Heads – “Once in a Lifetime”
Foster the People – “Call It What You Want”
Weeknd + Kenton Dunson – “The Morning (Chi Duly Remix)”
Rapture – “How Deep is Your Love? (A-Trak Remix)”
Sandália de Prata – “Check My Machine”
Bexiga 70 – “Dub de Malaika (Victor Rice Afro Dub)”
Cícero – “Tempo de Pipa”
Fabio Góes – “Amor na Lanterna”
Girls – “Alex”
Neon Indian – “Arcade Blues”
Wilco – “Speak Into the Rose”

Vida Fodona #299: 

Encerrando mais um ciclo

September 9th, 2011

É o final do Volume III.

Dire Straits + Sting – “Money for Nothing”
Foster the People – “Pumped Up Kicks (Skeet Skeet Show Edit)”
Flight Facilities – “Crave You (GoSpaceship Remix)”
Pony Pony Run Run – “Hey You”
Gang do Eletro – “Velocidade do Eletro”
Dikó – “Amor Sem Fim”
Cults + Superhuman Happiness – “Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê”
Mallu Magalhães – “Shine Yellow (Deeplick Remix)”
Kassin – “Quando Você Está Sambando”
Holy Ghost – “Wait and See”
Rapture – “Can You Find a Way?”
Justice – “Audio, Video, Disco”
LeeDM101 – “History of a Lonely Heart”
Twin Sister – “Bad Street”
Glitch Mob – “Fortune Days”
Wilco – “Black Moon”
Girls – “Myma”
Colaê.

Vida Fodona #298:

Demorei, né?

September 6th, 2011

Semaninha puxada, essa passada. Mas taí o Vida Fodona:

Flight Facilities + Giselle – “Crave You”
Rapture – “Never Die Again”
Funkadelic – “Who Says a Funk Band Can’t Play Rock”
M83 – “Steve McQueen”
Olivia Tremor Control – “The Game You Play Is In Your Head, Parts 1, 2, & 3″
Fabio Goes – “Amor na Lanterna”
Dirty Beaches – “True Blue”
Pazes – “Limbo”
John Carpenter – “Escape from New York’s Main Title”
Talking Heads – “Psycho Killer”
Blue Mode – “Haute Blood”
Sina – “One I Love”
Devo – “Beautiful World”
Frankie Valli – “Who Loves You (Pilooski Edit)”
Wilco – “Art of Almost”

Vida Fodona #297: 

Frio bom pra ir pra praia

August 26th, 2011
Derretendo neurônios pra manter-se aquecido.

Rapture – “Miss You”
Metronomy – “The Bay”
Kassin – “Potássio”
Washed Out – “Far Away”
Momo – “Tenho Que Seguir”
Pazes – “Sétimo Andar”
Dirty Beaches – “Lord Knows Best”
Lana Del Rey – “Video Games”
Criolo – “Freguês da Meia-Noite”
Mayer Hawthorne – “Don’t Turn The Lights On”
Weeknd – “Life of the Party”
Fool’s Gold – “Street Clothes”
Work Drugs – “Rolling in the Deep”
Wander Wildner – “A Palo Seco”
Thurston Moore – “Space”

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Click here to find out more!Strike Back

Strike Back Review:

5 Things to Watch For in the Premiere


strike back












HBO/Cinemax has paired up with the UK broadcaster Sky to produce its first original Cinemax series: Strike Back.  The show, which premieres tonight on Cinemax and HBO Canada at 10:00 p.m., is a fast, furious and enjoyable new series that blends politics and action, with a bit of "buddy comedy" thrown in for good measure.

Season 1 of Strike Back will have 10 episodes in total and will air on Friday nights.  Thanks to HBO, I've seen the first two episodes of the series and I can't wait to watch the rest of the season.  This show is full of great actors and an intriguing story arc, and it's not too shabby with the fight scenes.  Here are five things to watch for - and enjoy - in this new show.

(Update: Strike Back actually aired its first season in the UK, but has paired with Cinemax for season 2 and the show is essentially being promoted as if it is a new series for North American audiences. While the premise remains the same, the focus has shifted somewhat in its second season.  For example, John Porter was the lead in season one, but with his character's departure, new characters are stepping to the forefront or being introduced).

(1) Political Intrigue: The set-up of the show isn't breaking the mold, but that doesn't mean it's not interesting. Essentially, a Pakistani terrorist by the name of Latif manages to capture and kill a man named John Porter, who also happens to be an operative for a secret British military division called Section 20.  After Porter's death, his superior (Col. Eleanor Grant) and his colleagues (Sgt. Michael Stonebridge and Capt. Kate Marshall) recruit an ex-Delta Force soldier named Damian Scott, who, along with Porter, is the only person who can recognize and identify Latif.  After uncovering a potential plot by Latif's organization, the group heads to India to thwart a potential attack.  The plot of first two episodes involve the Indian military, the Pakistani ISI, the issue of WMDs in Iraq, and potential military and government cover-ups.  There's a few twists and red herrings thrown in for good measure and by the end of the second episode the political storyline that's sure to dominate the rest of the season is introduced.

(2) Amazing Action: This show is chalk-full of action, from hand-to-hand combat to flying bullets.  All of it adds up to a fast-paced and brutal show that is thrilling.  There's also an action sequence towards the end of the second episode that had the members of our little screening group applauding for how cool and tense it was.  If you need your post-24 fix every week, then Strike Back is the show you should be watching.

strike back 
(3) Lead Actors: The cast is full of attractive and solid actors and actresses, but I think it's worth pointing out that its two leading men - Sullivan Stapleton as the American Damian Scott and Philip Winchester as the British Michael Stonebridge - are great in their roles. Not only are they easy on the eyes (you'll like that fact, ladies), but they're rugged manly-men whose characters have great rapport with one another.  They play the comedy aspect (ie. two vastly different men whose personalities don't really mesh) well, but their budding friendship, which develops throughout the first two episodes, plays as realistic and creates a solid basis for the show.

(4) Adult Situations: This show doesn't pull any punches.  It's gritty.  People die.  Sometimes those people aren't adults.  Sure, some of them get saved, but there are a lot of casualties.  People also have sex (lots of it).  The violence isn't gory by any means, but focusing the story on international terrorism requires that they show the brutal and adult world that can exist in this sphere.  And you have to respect the show for not sugar-coating it.  Strike Back is a cable show on a cable channel and - like True Blood or The Sopranos - it doesn't pretend to be anything else but made for adults.  You might also respect a scene where one of the lead actors manages to take down someone while he's naked.  Which is...impressive.  Seriously.

(5) Production Value & Locations: In a show focused on a counter-terrorism/military group, you would think that the characters are spending a lot of time inside a boring (albeit decked-out) government office.  Fortunately, the world of Strike Back goes far beyond that. Sure, there's a few scenes in HQ or the mobile command area, but most of the action takes place in exotic locales.  And nothing about the show looks cheap.  There's obviously a solid budget backing this show, and if there isn't then someone out there is doing a terrific job making it look like there is.  The production value of the show is terrific and adds to the appeal as Section 20 travels from Kuala Lampur to Pakistan to India in order to try and apprehend Latif.

It would be easy to dismiss Strike Back as a silly summer show airing on a Friday night, but no one should do so.  It's a fun and ferocious series that blends humor, action, bromance and story and is interesting enough, in my humble opinion, to turn a skeptic into an interested and dedicated viewer.  The show isn't just a way to pass the time, it's enjoyable for its own sake and you should tune in.