quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


[top 5: os filmes mais superestimados de 2011]

Darren Aronofsky
5 Cisne Negro
Black Swan, Darren Aronofsky
Darren Aronofsky tem fãs e detratores, todos devidamente exaltados, mas com O Lutador tinha atingido uma rara unanimidade. Muita gente enxergou em Cisne Negro uma história parecida, mas o filme, apesar de algumas boas ideias, também tem seu lado frágil, sobretudo na composição de Natalie Portman, que não raramente comete seus excessos.


Ricardo Darin, Ignacio Huan
4 Um Conto Chinês
Un Conto Chino, Sebastián Borensztein
Impressionante como o Brasil continua a louvar os filmes argentinos, mesmo que o auge criativo do cinema deles já tenha passado. Qualquer comediazinha dramática com Ricardo Darín fazendo um personagem caricato e abusando do lúdico vira uma "pequena pérola". Esse Um Conto Chinês é pra ser fofinho e encantador, mas pra mim não passa de um exercício simpático de manipulação dos espectadores.


Colin Firth
3 O Discurso do Rei
The King's Speech, Tom Hooper
O Oscar adora eleger novos clássicos. Dessa forma, filmes somente bons ou medianos (quando não ruins) ganham status de grandes obras. O Discurso do Rei tem aquela fórmula de filme de superação. Tom Stoppard explora ao máximo essa escalada na vida do rei gago de Colin Firth. Faz isso com alguma sensibilidade, embora pese a mão nas cores do drama mais de uma vez.


James Franco
3 127 Horas
127 Hours, Danny Boyle
O único mérito real em 127 Horas é a bela interpretação de James Franco, que segura o filme literalmente sozinho. Um filme que nunca parece acreditar na força de sua história real, recorrendo a todos os subterfúgios possíveis para "ilustrá-la". A montagem, televisiva, videoclíptica, é um horror.


Eduardo Coutinho
1 As Canções
As Canções, Eduardo Coutinho
Basta a assinatura de Eduardo Coutinho pra começar a babação. O documentarista mais famoso do país tem uma carreira cheia de marcos, com Jogo de Cena como seu ápice, mas vez por outra recorre a mecanismos piegas e fórmulas batidas para conquistar a plateia. As Canções é assim: uma sucessão de entrevistas em que as pessoas são personagens, mesmo que o filme seja vendido como "sem pesquisa". E o formato cômodo, de historinha, vai contra a maré da busca pela inovação de linguagem que Coutinho vinha buscando. E as historinhas nem são tão interessantes assim.

posted by Chico Fireman 


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