Se a transgressão da juventude começou com jaquetas de couro, topetes, carros, motocicletas e boas doses de rebeldia, para desespero de uma sociedade que passava a conhecer o "diabo" em forma de música, para uma geração isso significava o nascimento não só de um estilo musical, mas de um estilo de vida.
Isso aconteceu há pelo menos 50 anos, quando o rebolado de Elvis era profano e tantas outras coisas eram consideradas subversivas, principalmente tudo que tinha rock como sobrenome.
É nesta época de transgressão que encontramos os elementos de um dos gêneros mais instigantes e que até hoje conquistam o público por onde passam, o nome desse filho do blues e do country, chama-se rockabilly.E para retratar esse estilo, nada mais justo do que apresentarmos uma das bandas brasileiras mais importantes do gênero, o Crazy Legs.
Entre carros antigos, pin ups maravilhosas, esses rapazes do Crazy Legs conseguem o feito de em pleno 2004 soarem como típicos músicos de rock americano dos anos 50, seria mais ou menos como se tivéssemos congelado o DNA de alguma banda para descongelarmos nos dias de hoje, ou melhor, seria como se todos nós tivéssemos um dia de Marty McFly em "De volta para o futuro", e pudéssemos viajar no tempo para assistirmos o bom e velho rock n' roll.
Com quatro álbuns, várias participações em coletâneas, inclusive fora do país, o Crazy Legs segue sua trajetória musical como referência internacional quando o assunto é rockabilly. Formada no meio dos anos 90 em São Paulo, hoje a banda é composta por Joe Marshall (voz e guitarra), Sonny Rocker (baixo) e McCoy (bateria), com quase uma década de carreira, a banda segue com honestidade e atitude, onde principalmente em cima do palco a coisa pega fogo, em tempos de loops eletrônicos e artistas virtuais, nada como o velho Sr. Rock n'roll para injetar adrenalina nas veias, pegar a estrada e aumentar o volume.
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