Título Original : Ghost in the Shell
Gênero: Animação
País/Ano: JPN / 1995
Duração: 82 Minutos
SINOPSE
Major Motoko é uma agente cibernética e líder da unidade do serviço secreto Esquadrão Shell. Formado pelo governo para combater a onda de crimes, o Esquadrão é informado de que um famoso criminoso, espera em computadores, está no Japão. O suspeito é conhecido apenas pelo codinome Mestre Marionete. Durante a investigação, o Esquadrão descobre que o super hacker surgiu como um vírus de computador fabricado pelo próprio Ministério, como parte de uma operação internacional fraudulenta, antes de se alastrar e ficar fora de controle. Sabendo que esta informação pode ser o seu fim, o Ministério das Relações Exteriores ataca o Esquadrão Shell na esperança de resgatar o Mestre Marionete.
Considerada uma das maiores animações japonesas da história, ela pelo menos tem os elementos necessários para isso. Enquanto muitos animês se concentram em movimentos rápidos e ação constante, O Fantasma do Futuro se concentra em seu excelente roteiro.
Um visual incrível e você terá um animê que muitos consideram o berço da idéia do filme Matrix. Inclusive os irmãos Wachowskis chamaram o diretor para participar do projeto Animatrix.
O filme levanta a bola de como definir o que é um ser humano. Em um futuro não determinado, o ser humano é vítima de “upgrades” para melhorar sua visão, aumentar sua força e se conectar com a Internet de maneira “telepática” (ou para os geeks, através de WiFi).
Sendo o corpo cada vez mais mecanizado ao nível de que apenas partes do cérebro são tecidos orgânicos, o que define um ser humano? Para este filme é a alma (ou Ghost que faz parte do título em inglês).
Agora vem a outra parte da moeda; e um programa de computador? Pode desenvolver uma alma?Com isso em mente, prepare-se para um filme onde os diálogos são mais fortes que a ação. Isso não quer dizer que ela não exista no filme, pelo contrário. Existem cenas cheias de sangue, inclusive.
O visual do filme, diga-se de passagem é excepcional, ainda mais levando-se em conta que foi feito em 1995. A nossa protagonista, Major Motoko Kusanagi faz parte de uma unidade especial da polícia responsável por crimes cibernéticos. Quando começam a procurar um hacker renomado, tudo começa a mudar para Motoko, que é uma ciborgue.
O filme é excelente. Utilizando CGI sem extrapolar o limite de alguns efeitos de profundidade e textura, ajudando a contar esta história muito criativa. Juntando a isso uma trilha sonora ótima, com corais cantando japonês arcaico, por alguns instantes você chega até a alienar-se e esquecer que é um animê.
O DVD assim como Akira teve, este DVD merecia uma coleção de luxo. Aqui no Brasil foi lançada sem muito alarde em um formato área livre. Mesmo assim, tem som faixa de som em japonês e inglês, sendo que a faixa em inglês é Dolby Digital 5.1, realçando bem a trilha sonora espetacular do filme.
Além disso, você é “engolido” pelos efeitos sonoros. Deixo apenas uma crítica às legendas em inglês. Elas não tem absolutamente nada a ver com o que é falado. A tradução deve ter sido baseada em um texto e não nas falas em inglês.A imagem é outro brinde aos olhos.
Qualidade perfeita. Misturando efeitos computadorizados com técnicas de animação tradicionais. Só não dou nota máxima pois infelizmente é em tela cheia e não widescreen.Extras:A maioria dos extras deste DVD são textos biográficos ou descrevendo em poucas linhas (poucas mesmo) os personagens e o cenário de um futuro em 2029.
O único extra que vale ser comentado é o Making Of produzido no Japão que mostra todo o processo criativo do filme, entrevistando todos envolvidos no projeto, até mesmo com o criador do mangá que deu origem ao filme.
Além disso mostra como funciona (lembre-se, esse filme é de 1995) a mistura de animação tradicional com animação computadorizada. Dura 25 minutos.ConclusãoNão deixe de assistir este filme, mesmo que não seja fã de animês.
Com este filme e Akira, fiquei bem interessado no gênero, adquirindo outros filmes. A filosofia high-tech deste filme é um deleite para os fãs de Philip K. Dick e William Gibson. Imperdível.
por Erick Pessôa , 05/01/2004
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