A recente condenação dos quatro jovens responsáveis pelo The Pirate Bay - um site sueco de troca de arquivos na internet razoavelmente desconhecido aqui no Brasil, mas bastante famoso no exterior. Um tribunal de Estocolmo determinou que os caras sejam condenados a um ano de prisão e que também sejam obrigados a pagar US$ 3,56 milhões às gravadoras envolvidas no processo. É claro que os quatro vão recorrer da decisão e levar o caso até a Suprema Corte da Suécia, mas a questão que quero levantar aqui é outra...
Alguém aí lembra da condenação do Napster e do fechamento do Audiogalaxy, só pra citar dois exemplos famosos? Vocês sabem o que isso gerou, não? O resultado daquelas ações provocaram aquilo que nem mesmo o mais pessimista executivo de gravadora poderia esperar: o surgimento de centenas de programas de compartilhamento musical similares aos dois "condenados", que por sua vez originaram o surgimento de milhares de outros mecanismos de troca de arquivos, que extrapolaram até mesmo o âmbito musical, invadindo a seara de filmes, DVDs e o que mais você pensar em termos de entretenimento. Lembra do também extinto Kazaa? Pois é, os caboclos que bolaram o programa foram igualmente processados e obrigados a fechar o serviço, mas resolveram usar o genial protocolo de transmissão de dados que tinham inventado para transmitir pacotes de voz, em vez de arquivos de áudio. Daí surgiu o Skype, hoje uma das empresas de web mais sólidas do mundo, que apresenta lucros estratosféricos e já saiu na frente em rumo a um futuro com banda larga mais acessível para celulares.
O que quero dizer é que em todo essa confusão, uma coisa é certa: as gravadoras continuam a não saber o que fazer com a nova realidade. E nem mesmo a maioria dos músicos, que ainda não entendeu que a grana de suas respectivas carreiras agora está vindo dos shows. Antigamente, um artista fazia uma turnê para promover um novo disco; hoje, o cara lança um CD para promover uma nova turnê. Simples assim...
Está na cara que ninguém - e volto a repetir: NINGUÉM - vai deter o download. Isso é um fato consumado. Ponto. Ao escrever o título deste artigo, tenho em mente que a condenação do Pirate Bay não apenas mantém as gravadoras em rota de colisão suicida contra a troca de músicas gratuita pela internet, mas também vai estimular ainda mais uma molecada espertíssima - e pode apostar que são milhões de jovens ao redor do planeta - a continuar pirateando e, por conseguinte, sabotando o "sistema". O mais incrível é que essas mesmas gravadoras simplesmente não conseguem elaborar uma maneira mais inteligente e diplomática de se relacionar com seus consumidores. Vitórias isoladas como essa contra o Pirate Bay aumentam ainda mais a popularidade negativa dos burocratas das multinacionais do disco, que por sua vez demonstram, mais uma vez, que não têm a mínima noção de como a internet funciona. Não é à toa que eles estão debatendo sobre isso há quase uma década e ainda não se cansaram de tomar decisões desastrosas para a indústria que representam.
Proporcionalemente, a internet hoje é um campo dominado por adolescentes. O que as gravadoras insistem em não reconhecer é um questão simples: se a imensa maioria que faz downloads nunca pagou por isso, por que iria pagar agora? E toda a batalha das gravadoras pode ser resumida nisso: ganhar mais, mais, mais... Para isso, as multinacionais da música não se furtam em mandar para o ralo as questões de direito civil, fazendo papel de "polícia" e ameaçando de prisão seus hipotéticos "clientes", agindo como "cobradores da Máfia" - sabe aquele papo "Ah, é assim? Não vai pagar mais? Então vou fazer você amanhecer com a boca cheia de formiga"...? Pois é...
No Brasil, a chamada "classe C" já tem o computador como item básico, não sem antes instalar uma banda larga bem barata - afinal de contas, isso sai mais em conta do que pagar os hoje paleozóicos pulsos telefônicos e conexões discadas. Pode apostar que esse é mais um sinal de que não se pode deter a roda da história. Todo mundo já sacou isso. Menos as gravadoras...
Alguém aí lembra da condenação do Napster e do fechamento do Audiogalaxy, só pra citar dois exemplos famosos? Vocês sabem o que isso gerou, não? O resultado daquelas ações provocaram aquilo que nem mesmo o mais pessimista executivo de gravadora poderia esperar: o surgimento de centenas de programas de compartilhamento musical similares aos dois "condenados", que por sua vez originaram o surgimento de milhares de outros mecanismos de troca de arquivos, que extrapolaram até mesmo o âmbito musical, invadindo a seara de filmes, DVDs e o que mais você pensar em termos de entretenimento. Lembra do também extinto Kazaa? Pois é, os caboclos que bolaram o programa foram igualmente processados e obrigados a fechar o serviço, mas resolveram usar o genial protocolo de transmissão de dados que tinham inventado para transmitir pacotes de voz, em vez de arquivos de áudio. Daí surgiu o Skype, hoje uma das empresas de web mais sólidas do mundo, que apresenta lucros estratosféricos e já saiu na frente em rumo a um futuro com banda larga mais acessível para celulares.
O que quero dizer é que em todo essa confusão, uma coisa é certa: as gravadoras continuam a não saber o que fazer com a nova realidade. E nem mesmo a maioria dos músicos, que ainda não entendeu que a grana de suas respectivas carreiras agora está vindo dos shows. Antigamente, um artista fazia uma turnê para promover um novo disco; hoje, o cara lança um CD para promover uma nova turnê. Simples assim...
Está na cara que ninguém - e volto a repetir: NINGUÉM - vai deter o download. Isso é um fato consumado. Ponto. Ao escrever o título deste artigo, tenho em mente que a condenação do Pirate Bay não apenas mantém as gravadoras em rota de colisão suicida contra a troca de músicas gratuita pela internet, mas também vai estimular ainda mais uma molecada espertíssima - e pode apostar que são milhões de jovens ao redor do planeta - a continuar pirateando e, por conseguinte, sabotando o "sistema". O mais incrível é que essas mesmas gravadoras simplesmente não conseguem elaborar uma maneira mais inteligente e diplomática de se relacionar com seus consumidores. Vitórias isoladas como essa contra o Pirate Bay aumentam ainda mais a popularidade negativa dos burocratas das multinacionais do disco, que por sua vez demonstram, mais uma vez, que não têm a mínima noção de como a internet funciona. Não é à toa que eles estão debatendo sobre isso há quase uma década e ainda não se cansaram de tomar decisões desastrosas para a indústria que representam.
Proporcionalemente, a internet hoje é um campo dominado por adolescentes. O que as gravadoras insistem em não reconhecer é um questão simples: se a imensa maioria que faz downloads nunca pagou por isso, por que iria pagar agora? E toda a batalha das gravadoras pode ser resumida nisso: ganhar mais, mais, mais... Para isso, as multinacionais da música não se furtam em mandar para o ralo as questões de direito civil, fazendo papel de "polícia" e ameaçando de prisão seus hipotéticos "clientes", agindo como "cobradores da Máfia" - sabe aquele papo "Ah, é assim? Não vai pagar mais? Então vou fazer você amanhecer com a boca cheia de formiga"...? Pois é...
No Brasil, a chamada "classe C" já tem o computador como item básico, não sem antes instalar uma banda larga bem barata - afinal de contas, isso sai mais em conta do que pagar os hoje paleozóicos pulsos telefônicos e conexões discadas. Pode apostar que esse é mais um sinal de que não se pode deter a roda da história. Todo mundo já sacou isso. Menos as gravadoras...
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