LOST - SEASON 5 FINALE
- Eita coisa maluca que foi o season finale de Lost! Como sempre, os danadinhos explicaram várias coisas mas deixaram muitas outras em aberto. Ainda estou recuperando o fôlego depois dos catastróficos minutos finais, mas vamos lá! A partir daqui, tem spoiler!
- Bom, pra começar, não foi surpresa nenhuma que o season finale foi matador. Relembrando os finais de temporada, tivemos: o sequestro de Walt na primeira, a captura de Jack, Kate e Sawyer na segunda, o melhor final de todos, com o Jack barburu no futuro da terceira, e a ilha desaparecendo na quarta. Todos foram muito chocantes e traumáticos, mas quais realmente foram significativos depois de 5 temporadas?
- O sequestro de Waaaalt até hoje está inexplicado. Tudo bem que ele desencadeou vários eventos, mas acho que nunca saberemos o que os The Others queriam com o moleque. Já o final da segunda temporada, que levou à polêmica terceira também já não parece tão importante a essa altura do campeonato. Já a terceira e quarta temporada funcionaram meio como uma história só, onde a quarta foi um grande flashback que levava ao final da terceira. Nossa, que confusão!
- Então, a ilha sumiu no final da quarta temporada. Um final que explodiu a cabeça de todo mundo. O que seria dos Oceanic 6? E o que teria acontecido aos sobreviventes?
- Bom, na verdade, os Oceanic 6 não eram bem 6. Eram 5, já que o Aaron ficou de fora e não voltou pra ilha. Já os sobreviventes se tornaram viajantes do tempo, revisitaram vários momentos da ilha e descobriram muitos furos no roteiro. Por exemplo, ao chegar na Dharmaville, vimos o nascimento de Ethan, o primeiro Other que aparece na série. Mas peraí, se Ethan nasceu na Dharmaville, como e por que ele teria escapado do expurgo promovido por Ben? Porque eles eram miguxos? Eles nunca pareceram tão próximos assim…
Outro furo bem feio foi a história da Charlotte. Quando ela aparece na série, no começo da quarta temporada, Ben diz que ela nasceu em 1979 em Essex, na Inglaterra.
- Mas na quinta temporada, ela aparece como uma criança em 1977 na Dharmaville, um pouco mais jovem que o Benjamin “Harry Potter” Linus, o que faria dela alguém com quase a mesma idade de Ben! Isso sem falar nos convenientes “esquecimentos” da ilha: Ben esqueceu que foi baleado por Sayid na infância, Rousseau que havia encontrado com Jin…
- Enfim, a gente dá um desconto. Os 17 episódios correram rápido, muita coisa aconteceu mas muita coisa ficou de fora. Desmond mal deu as caras, ainda que Elouise tenha dito que ele voltaria para a ilha. Sun passou a temporada inteira orbitando Locke e Ben, numa participação tão importante que lembrou o nosso Rodrigo Santoro, na terceira temporada. Enquanto isso, a coisa seguiu frenética em Dharmaville, com informações detalhadas sobre o passado da Dharma Initiative e a mitologia da ilha.
- Foi lá que tudo aconteceu. Sem muita explicação, Jack voltou no tempo transformado, mas ainda obcecado em consertar as coisas. Agora ele é o primeiro a seguir o assobio do destino como um cãozinho comportado. Ah, se o Catavento fizesse isso!
- Seguindo as instruções de Faraday, que morreu de maneira chocante (eu não esperava que ele fosse morrer tão cedo), Jack quer jogar a bomba H dentro do que viria a ser a Estação Cisne, para impedir a queda do voo 815 na ilha. Fica no ar a dúvida: será que Jack vai salvar o futuro ou vai ser o responsável por toda a tragédia?
- E o Jacob? O misterioso personagem que parece ser o mastermind da ilha, responsável até mesmo pela aparente imortalidade de Richard, nunca havia dado as caras. Agora, ele parece intimamente ligado à vida de todos os personagens (com exceção de Juliet, cujo flashback não o mostrou). Jacob também parece não envelhecer, e está na ilha há muito, muito tempo. Ele é um homem jovem que nada tem a ver com a sombra que pediu a ajuda de Locke na cabana. Algo que também ficou sem explicação, já que o personagem foi visto forte e saudável dando uns rolês fora da ilha. E pra piorar tudo, o misterioso mastermind tem também um arqui-inimigo, que além de ter assumido a forma do finado Locke, que estava mesmo morto desde o final da quarta temporada, ainda quer matá-lo?! What?!
- Os minutos finais do episódio foram bombásticos, com o perdão do trocadilho. Confesso que fiquei surpreso ao ver que Juliet não havia morrido na queda (quais eram as chances, afinal?). Aí tudo terminou de repente, com o desespero da personagem tentando detonar uma bomba atômica. Será que ela conseguiu? Ou todo o sacrifício foi em vão? Bom, eu acho que a bomba explodiu, sim. O motivo é simples: o final do episódio tem o som de uma explosão. Seria uma sacanagem digna de Pegadinha do Mallandro se o barulho tivesse sido colocado apenas para confundir os telespectadores - como se precisasse. Agora fica a pergunta: o futuro foi mudado ou apenas construído?
- Eu não arrisco mais fazer palpites. Com tantas perguntas sem respostas, já deu pra perceber que os produtores não sabem tão bem assim o que estão fazendo, e estão quase tão perdidos quanto nós. Não se engane, eu continuo sendo um believer: Lost continua sendo uma série viciante, mas duvido que ao final da próxima e derradeira temporada nós tenhamos todas as respostas que merecemos.
- Bom, e apesar da explosão de cabeças final, o momento que mais gostei no episódio foi a aparição surpresa de Rose e Bernard. Toda a cena com o casal foi escrita magistralmente. Foi muito engraçado ver a Kate se aprontando pra guerra, dizendo “O Jack tem uma bomba!” e a Rose simplesmente vira e fala: “E daí que o Jack tem uma bomba? Vocês vão tentar impedí-lo, certo? Nós voltamos 30 anos no tempo e vocês ainda estão tentando atirar um no outro?“. Apesar do casal ter sido praticamente irrelevante na trama, todos os seus momentos foram memoráveis, e parece que o último realmente será inesquecível. “Então nós morreremos. Tudo o que queremos é ficar juntos“.
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