A estreia dupla da 6ª temporada de LOST: episódios LA X partes 1 e 2
Difícil resumir todas as ideias que passam pela cabeça enquanto se assiste a um episódio duplo como este que abre a sexta temporada de LOST. Vagamos entre lembranças, criamos novas teorias a cada minuto, recordamos histórias e acalmamos a ansiedade com uma hora e meia de cenas inéditas. Embalados por um recap perfeito, no qual vários links passam a fazer mais sentido, os episódios iniciais desta última temporada têm um gosto diferente. É despedida, sim, mas não deixa de ser uma jornada divertida e uma curiosidade incrível de descobrir o que prepararam para a festinha. Mantendo em mente as declarações de que “nem tudo será respondido”, assistir à estreia de Lost fugindo de spoilers e já pensando que no dia 23 de maio a tortura/o prazer termina é um turbilhão coletivo de emoções.
Enrolações à parte, vamos ao que interessa: LA X 1 e 2 propriamente ditos. E daqui pra frente contém spoilers.
grande pergunta deixada no final da quinta temporada era se a bomba de hidrogênio realmente explodiu, levando Juliet e o resto da turma pelos ares e com a desejada consequência de resetar os atos & fatos ocorridos até então desde a queda do avião. Sem querer colocar a carroça na frente dos bois, preciso compartilhar as duas opiniões distintas que tive sobre o assunto. Vendo somente o primeiro episódio, achei fantástica toda a narrativa dentro do avião, quando da Austrália para os Estados Unidos pouco de extraordinário ocorreu - afinal o avião não caiu - e todos desembarcaram com os mesmos dramas da hora do embarque. Achei mais que fantástico, admito. Achei bonito, quase uma homenagem dos produtores aos personagens, já que eu pensava que se tratava apenas um universo irreal, uma espécie de realidade alternativa, um grande “E SE…” que pairava na imaginação de todos. A estátua afundada confirma isso logo nos minutos iniciais. E com a cena de Locke carregado na cadeira de rodas e Jack lançando um olhar de piedade e compreensão no corredor do avião, mais para o final do episódio, poderia inclusive servir de desfecho à série caso outros big planos não estivessem sendo preparados.
Porém o episódio dois colocou essa teoria abaixo. Nada de sonho, nada de possibilidade, nada de irreal. Realidade pura, ainda que paralela. Desde que o corpo de Christian sumiu é que essa luz apita na cabeça. Com a confirmação de Juliet do mundo dos mortos de que “Funcionou”, tudo começa a se encaixar. Sim, a bomba explodiu e os losties jamais caíram na ilha… em uma outra realidade. Aquela realidade da ilha continua existindo. Em outra dimensão? Não bastassem flashbacks, flashforwards e viagens no tempo, agora há uma outra realidade para se preocupar.
PAUSA PARA CONEXÃO EXTERIOR:
Como bem explicou o personagem de Dominic Monaghan em FlashForward (com a história do passarinho que está ao mesmo tempo vivo & morto na mão antes que seja aberta) e também Lloyd Simcoe na série, há sim diversos “segundos mundos”, inúmeras realidades, nas quais as pessoas vivem as alternativas de um caminho não seguido. Cada decisão que a gente toma nos leva a um destino, mas e todas aquelas outras decisões não tomadas? Essas muitas possibilidades coexistem em realidades paralelas, segundo os cientistas da série também criada por JJ Abrams. Como não ver uma conexão entre os fatos? Faz sentido, ainda que seja complexo linkar tantas informações em apenas dois episódios de Lost. Simcoe fala isso para Olivia quando ela diz que eles foram vizinhos na época da faculdade e que eles poderiam ter se conhecido no passado. Ele responde que se conheceram sim, em outra realidade. Incrível. Adoro pensar nessa teoria do Gato Schrodinger.
DE VOLTA À ILHA
Enquanto os losties vivem suas vidinhas ordinárias na dimensão em que o avião não caiu, os verdadeiramente perdidos na ilha tentam compreender o que aconteceu, culpam-se uns aos outros e descobrem que há mais no mato do que apenas Outros. Há outros Outros! Quem são aquelas pessoas do templo? Por que Jacob apareceu só para Hurley e não para seus devotos seguidores ou para o conselheiro Richard? Jacob reencarnou em Sayid ou é o torturador que ressuscitou mesmo? Locke-que-não-é-Locke (ou Flocke, o “False Locke”) ficará a temporada inteira encarnado naquele corpinho? Quando o homem de preto revelará sua identidade real - além de ser “o monstro da fumaça”? Essa, na real, foi a grande revelação do episódio para mim. Que sistema de segurança da ilha o quê. É apenas a forma “não bonita” do rival de Jacob.
A propósito: no recap deram muito destaque à personagem de Ilana - e nesta season premiére também. Será que a patota dela será responsável por acabar com o anti-Jacob? E mais: estou a cada minuto mais admirada com o paralelo entre Jacob e Deus, especialmente após rever o conflito de Ben confrontando a entidade. Foi quase um “Ó, Pai, por que me abandonaste?”, já que Ben confiava cegamente - somente com sua fé - nas ordens de Jacob mesmo sem nunca ter tido retorno, mesmo após ter deixado sua filha morrer em nome de uma devoção inexplicável na ilha. Com Ben Linus matando seu Deus, é de esperar o caos na Terra/Ilha. Viajei? Bom, Lost é mesmo uma viagem.
Abaixo, um reencontro: Richard reconheceu o homem que está ocupando o corpo de Locke. Diálogo enigmático. E quem será capaz de deter o homem de preto agora?
MOMENTOS MIMIMI
E de nada adianta tanto mistério sem a parte humana da série. Vamos falar de sentimentos. Quem duvidou da fúria de Sawyer culpando Jack pela morte de Juliet? Totalmente arrasado, o bonitão enterrou a companheira cheio de tristeza disfarçada de raiva. E parece que os casais se encaminham para um desfecho, já que entre Sawyer e Jack jogados na areia, Kate escolheu ir checar primeiro o estadinho de Jack. Isso é o coração, não é a razão.
Eu teria muito mais palpites a despejar, mas estou ansiosa para ouvir outras opiniões, ler os comentários de vocês e destrinchar algumas reviews estrangeiras sobre a estreia. Então vou apertar Publicar e vamos seguir falando muito de Lost por aqui - pelo menos até maio, com certeza. Namastê!
Postado por Camila Saccomori
Difícil resumir todas as ideias que passam pela cabeça enquanto se assiste a um episódio duplo como este que abre a sexta temporada de LOST. Vagamos entre lembranças, criamos novas teorias a cada minuto, recordamos histórias e acalmamos a ansiedade com uma hora e meia de cenas inéditas. Embalados por um recap perfeito, no qual vários links passam a fazer mais sentido, os episódios iniciais desta última temporada têm um gosto diferente. É despedida, sim, mas não deixa de ser uma jornada divertida e uma curiosidade incrível de descobrir o que prepararam para a festinha. Mantendo em mente as declarações de que “nem tudo será respondido”, assistir à estreia de Lost fugindo de spoilers e já pensando que no dia 23 de maio a tortura/o prazer termina é um turbilhão coletivo de emoções.
Enrolações à parte, vamos ao que interessa: LA X 1 e 2 propriamente ditos. E daqui pra frente contém spoilers.
grande pergunta deixada no final da quinta temporada era se a bomba de hidrogênio realmente explodiu, levando Juliet e o resto da turma pelos ares e com a desejada consequência de resetar os atos & fatos ocorridos até então desde a queda do avião. Sem querer colocar a carroça na frente dos bois, preciso compartilhar as duas opiniões distintas que tive sobre o assunto. Vendo somente o primeiro episódio, achei fantástica toda a narrativa dentro do avião, quando da Austrália para os Estados Unidos pouco de extraordinário ocorreu - afinal o avião não caiu - e todos desembarcaram com os mesmos dramas da hora do embarque. Achei mais que fantástico, admito. Achei bonito, quase uma homenagem dos produtores aos personagens, já que eu pensava que se tratava apenas um universo irreal, uma espécie de realidade alternativa, um grande “E SE…” que pairava na imaginação de todos. A estátua afundada confirma isso logo nos minutos iniciais. E com a cena de Locke carregado na cadeira de rodas e Jack lançando um olhar de piedade e compreensão no corredor do avião, mais para o final do episódio, poderia inclusive servir de desfecho à série caso outros big planos não estivessem sendo preparados.
Porém o episódio dois colocou essa teoria abaixo. Nada de sonho, nada de possibilidade, nada de irreal. Realidade pura, ainda que paralela. Desde que o corpo de Christian sumiu é que essa luz apita na cabeça. Com a confirmação de Juliet do mundo dos mortos de que “Funcionou”, tudo começa a se encaixar. Sim, a bomba explodiu e os losties jamais caíram na ilha… em uma outra realidade. Aquela realidade da ilha continua existindo. Em outra dimensão? Não bastassem flashbacks, flashforwards e viagens no tempo, agora há uma outra realidade para se preocupar.
PAUSA PARA CONEXÃO EXTERIOR:
Como bem explicou o personagem de Dominic Monaghan em FlashForward (com a história do passarinho que está ao mesmo tempo vivo & morto na mão antes que seja aberta) e também Lloyd Simcoe na série, há sim diversos “segundos mundos”, inúmeras realidades, nas quais as pessoas vivem as alternativas de um caminho não seguido. Cada decisão que a gente toma nos leva a um destino, mas e todas aquelas outras decisões não tomadas? Essas muitas possibilidades coexistem em realidades paralelas, segundo os cientistas da série também criada por JJ Abrams. Como não ver uma conexão entre os fatos? Faz sentido, ainda que seja complexo linkar tantas informações em apenas dois episódios de Lost. Simcoe fala isso para Olivia quando ela diz que eles foram vizinhos na época da faculdade e que eles poderiam ter se conhecido no passado. Ele responde que se conheceram sim, em outra realidade. Incrível. Adoro pensar nessa teoria do Gato Schrodinger.
DE VOLTA À ILHA
Enquanto os losties vivem suas vidinhas ordinárias na dimensão em que o avião não caiu, os verdadeiramente perdidos na ilha tentam compreender o que aconteceu, culpam-se uns aos outros e descobrem que há mais no mato do que apenas Outros. Há outros Outros! Quem são aquelas pessoas do templo? Por que Jacob apareceu só para Hurley e não para seus devotos seguidores ou para o conselheiro Richard? Jacob reencarnou em Sayid ou é o torturador que ressuscitou mesmo? Locke-que-não-é-Locke (ou Flocke, o “False Locke”) ficará a temporada inteira encarnado naquele corpinho? Quando o homem de preto revelará sua identidade real - além de ser “o monstro da fumaça”? Essa, na real, foi a grande revelação do episódio para mim. Que sistema de segurança da ilha o quê. É apenas a forma “não bonita” do rival de Jacob.
A propósito: no recap deram muito destaque à personagem de Ilana - e nesta season premiére também. Será que a patota dela será responsável por acabar com o anti-Jacob? E mais: estou a cada minuto mais admirada com o paralelo entre Jacob e Deus, especialmente após rever o conflito de Ben confrontando a entidade. Foi quase um “Ó, Pai, por que me abandonaste?”, já que Ben confiava cegamente - somente com sua fé - nas ordens de Jacob mesmo sem nunca ter tido retorno, mesmo após ter deixado sua filha morrer em nome de uma devoção inexplicável na ilha. Com Ben Linus matando seu Deus, é de esperar o caos na Terra/Ilha. Viajei? Bom, Lost é mesmo uma viagem.
Abaixo, um reencontro: Richard reconheceu o homem que está ocupando o corpo de Locke. Diálogo enigmático. E quem será capaz de deter o homem de preto agora?
MOMENTOS MIMIMI
E de nada adianta tanto mistério sem a parte humana da série. Vamos falar de sentimentos. Quem duvidou da fúria de Sawyer culpando Jack pela morte de Juliet? Totalmente arrasado, o bonitão enterrou a companheira cheio de tristeza disfarçada de raiva. E parece que os casais se encaminham para um desfecho, já que entre Sawyer e Jack jogados na areia, Kate escolheu ir checar primeiro o estadinho de Jack. Isso é o coração, não é a razão.
Eu teria muito mais palpites a despejar, mas estou ansiosa para ouvir outras opiniões, ler os comentários de vocês e destrinchar algumas reviews estrangeiras sobre a estreia. Então vou apertar Publicar e vamos seguir falando muito de Lost por aqui - pelo menos até maio, com certeza. Namastê!
Postado por Camila Saccomori
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