Os 3
Por Cecilia Barroso
(Os 3, BRA, 2011)Drama
Direção: Nando Olival
Elenco: Gabriel Godoy, Victor Mendes, Juliana Schalch, Sophia Reis, Guilherme Godoy, Cecília Homem de Mello, Rafael Maia, Alceu Nunes, Henrique Taubaté
Roteiro: Nando Olival, Thiago Dottori
Duração: 80 min.
Nota: 7
Elenco: Gabriel Godoy, Victor Mendes, Juliana Schalch, Sophia Reis, Guilherme Godoy, Cecília Homem de Mello, Rafael Maia, Alceu Nunes, Henrique Taubaté
Roteiro: Nando Olival, Thiago Dottori
Duração: 80 min.
Nota: 7
Logos no começo de Os 3 percebemos que o filme lembra, de alguma forma, o clássico Jules e Jim. Além do tema, triângulo amoroso, uma sequência específica, a da corrida no terraço nos remete a essa boa lembrança do filme francês e acaba funcionando como se algum amigo estivesse junto conosco para nos acompanhar durante essa história de juventude e descobertas.
Cazé, Rafael e Camila se conhecem em uma festa logo depois de chegarem à cidade onde morarão para estudar. Desde então se tornam amigos inseparáveis que começam a vida juntos e tentam definir seus futuros. O fantasma da separação os acompanha durante toda a faculdade, mas a ideia de um trabalho de fim de curso, que combina compras online com reality show, os dá mais um tempo para ficarem juntos.
O que era para ser mais um filme batido sobre triângulos amorosos e jovens amadurecendo ganha um novo fôlego e assume um rumo diferente do esperado ao trazer à tona questões como a privacidade, sem falar no curioso jogo entre realidade e ficção.
Sem ser perfeita, a história juvenil sabe se valer de seu charme e curiosidade para alcançar o público de outras faixas etárias, mas não sem deixar perceber que algumas passagens são longas demais e há um quê de outra técnica audiovisual diversa do cinema.
Muito, talvez, pela ainda pouca prática cinematográfica de Nando Olival, codiretor de Domésticas com Fernando Meirelles, e estreando aqui com seu primeiro filme solo, mas ainda com alguns resquícios da excelente carreira de publicitário. A impressão de estar diante de uma tentativa de liberação meio travada também pode incomodar, assim como a falta de um apuro maior na hora de escolher o elenco irregular de coadjuvantes ou nas irregularidades do roteiro, que ora convence, ora não.
Mas é um filme consegue sempre se recuperar e mantém o equilíbrio. Ao mesmo tempo que sabe como se aproveitar da curiosidade causada em quem o assiste, seja por seu ritmo interessante ou pelas boas atuações pouco viciadas do trio central.
A bela fotografia de Ricardo Della Rosa e a montagem precisa de Daniel Rezende também ajudam.
Sem dúvida, um bom divertimento. Daqueles que, em sua simplicidade, ainda estão em falta no cinema nacional, mas começam a aparecer aqui e ali.
Um Grande Momento
No terraço depois da passagem da proprietária.
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