As 10 Melhores Séries de 2011
Tira o pé do chão e vem comigo.
Spoilers abaixo!
E as dez melhores séries exibidas no ano de 2011 são…
Vídeo por Di Wey (@di_br). Confira outros trabalhos fantásticos sobre séries e filmes no seu canal do YouTube. Agradecimentos especiais ao @Cesar_Filho (criador do dancandosemcesar.com.br/) pelo seu remake do nosso logo e ao @ZuiL (zuil.com.br/) pela imagem na chamada.
10º – Archer (FX)
Archer pode parecer uma comédia diferente pelo seu ritmo, pelo seu mundo onde tecnologia de ponta e quartos que parecem retirados diretamente de um episódio de Mad Men se encontram, pela maneira como cria personagens absurdos, queimando quase todas as chances de simpatia ou empatia, tudo isso de uma maneira que funciona maravilhosamente bem. Só que por trás de tudo isso, Archer é a mais comum das comédias, cheia de pessoas que não se gostam sendo obrigadas a trabalhar juntas… Assim, ela sempre tira as grandes piadas não das explosões, mas da teimosia e dos relacionamentos que as impulsionam: sim, sim, quase todo episódio tem pelo menos uma boa sequência de ação. E sim, essas sequências envolvem carros de Fórmula 1 batendo em helicópteros e duelos com tubarões. Mas o humor vem do relacionamento de Archer e sua mãe, do suposto vício de Cyril, da falta de dignidade de Pam, das piadas recorrentes que lembram momentos estranhamente carinhosos como a quase morte de uma prostituta e a tatuagem nas costas de um bebê. É a comédia sobre espiões com tudo que tem direito. Também é o cotidiano do trabalho em uma empresa como The Office, uma família disfuncional como a de Arrested Development, e mais um grupo formado por pessoas que vão enlouquecendo umas as outras dia após dia, como praticamente toda comédia que se preze.
Enfim. Com o melhor elenco em uma animação desde The Simpsons, ela é constantemente engraçada. Absurdamente engraçada.
Às vezes, isso dispensa explicações.
Melhores momentos no ano: Archer reinando como pirata, Gillette alugando um menino escravo e Woodhouse rodeado de escalpos.
9º – Treme (HBO)
Na sua segunda temporada, Treme fez o que todas as boas séries fazem nas suas segundas temporadas: ela ficou maior, melhor e tomou mais riscos. Vimos a integração de Sonny na fechada comunidade local de pescadores, passamos uma porção considerável de vários episódios entrando e saindo de restaurante para restaurante e de estúdio para estúdio, com dois personagens principais privados de New Orleans, “presos” em uma solidão super-povoada, super-alheia provocada por New York. Mergulhamos no entendimento do processo criativo com Davis e Antoine criando bandas, crianças aprendendo notas em meio aos enfeites de Mardi Gras, Annie compondo a sua primeira música, Delmond se reunindo com o pai ao tentar quebrar a muralha que sempre os separou… De si mesmos para a música e vice-versa, tudo no melhor estilo David Simon – onde você só nota a sequência de eventos que levou à tragédia ou redenção quando a temporada chega ao seu episódio final. Talvez a vida da New Orleans retratada aqui não ofereça isso aos seus habitantes, mas apesar de mostrar tão brutalmente a realidade dos crimes, da corrupção e de como pessoas chutaram os joelhos de uma cidade quase caída, o maior trunfo da série acaba sendo nunca negar esperança depois disso. Nunca. Ela apenas agarra o trombone, faz dança, toca a sua música e vai, como sempre fez, seguindo em frente.
Melhores momentos no ano: os personagens festejando Mardi Gras, Toni conversando sobre a morte da temporada passada com a sua filha e aquela última cena, com a montagem no estilo The Wire.
8º – Justified (FX)
O engraçado é que essa temporada de Justified teve um péssimo começo. Algumas boas ideias aqui e ali, mas em geral, tudo parecia muito vago, e os casos da semana, sempre apresentados em uma estrutura torta para esconder suas imperfeições, também não empolgavam e até flertavam com a burrice em certos momentos.
Então algo ainda mais engraçado aconteceu. A temporada ficou boa. Não, não só boa: ela ficou incrível. Lá pelo sexto ou sétimo episódio as ideias se juntaram, Raylan virou um personagem ativo nas histórias ao invés de um simples investigador e os vários interesses nas interações dos Bennetts com os outros personagens se tornaram a plataforma de impulso ideal para que cada cena fluísse com beleza ao entrar na outra – tudo centrado no conflito pelo comando de Harlan, que ganhava vida e perigo na presença de Boyd Crowder. Essa segunda metade também mostrou, é claro, a ascensão e queda brutal de Mags Bennett, interpretada com perfeição por Margo Martindale, o meio-termo entre ameaçadora e acolhedora que de meio-termo não tinha nada. Talvez seja assim que a série funcione, com a sua parte boa só chegando da metade até o final. Mas é uma pena, pois se a qualidade desses últimos sete (que rivalizam coisas como a terceira temporada de Breaking Bad ou a quinta de The Sopranos) se estendesse por treze episódios inteiros, ela certamente seria a primeira nessa lista.
Melhores momentos no ano: o luto de Mags e Raylan.
7º – Community (NBC)
O que nós vemos em Community? Nesse grupo de estudos muitas vezes egocêntrico, nervoso, que ameaça se separar com a mesma frequência que o sol sobe? Nessa estranha e ao mesmo tempo simpática Greendale, onde todos são aceitos?
Bem. Nós vemos algumas das ideias mais empolgadas e empolgantes em exibição. Um homem, Dan Harmon (criador e showrunner), tão apaixonado por estar fazendo televisão que mal consegue conter os seus dedos no teclado. Um impulso inventivo que nunca se contenta com o que fez ou depende do que ainda vai fazer. Uma série que sempre se desafia e que fez uma sequência para o seu amado episódio de paintball quando muitos acharam impossível ter sucesso nisso (eu incluso), sequência essa que foi excelente do começo ao fim, carregada de referências a cultura pop que exemplificam desenvolvimentos centrais dos personagens, piadas que se entrecruzam tanto que você nem percebe quando é o fim, pegando carona já em outra risada. Cheia de conclusões arquitetadas durante meses que chegam com um surpreendente impacto emocional para algo do gênero… Algo que vai além da tela, assim como todos os outros episódios dessa série sempre, sempre ansiosa para agradar. E justamente por viver em constante medo de cancelamento, Community quase sempre executa isso com qualidade – para a alegria sem fim não só dos seus fãs, mas de todos que amam boa televisão.
Melhores momentos no ano: o final do jogo de paintball, as montagens no falso clip show, Jeff atacando a mesa durante o seu breve período de insanidade e Roxaaaaaaaa-NO!
6º – Game of Thrones (HBO)
O que faz Game of Thrones funcionar tão bem é a sua empolgação quase infantil com todas as coisas que faz e os instintos aos quais acaba cedendo por causa disso. Enquanto algumas séries parecem indecisas quanto ao que fazer durante as suas primeiras temporadas, dando dois passinhos para trás e um pra frente, sentindo a água antes de entrar, GoT já começou com todos os seus truques em exibição, alternando entre eles no meio de cabeças cortadas, um estilo narrativo típico de The Wire em cenários fantásticos, e completo descaso por regras. É um tipo peculiar de história visceral, contada através de uma visão capaz de trazer arrepios ao mais comedido dos maníacos por televisão. Se na pele de um The Sopranos diluído Boardwalk Empire representou uma reintrodução da HBO ao mundo dos dramas de qualidade após dois anos, Game of Thrones pega emprestado certos elementos, mas por ser original em essência, tão diferente de qualquer outra série já feita, serve como uma declaração estrondosa, um chute no peito que diz: FX, AMC, Showtime… Nós estamos de volta. E sim. Isso é televisão, motherfucker.
Melhores momentos no ano: o renascimento de Daenerys e o confronto entre Ned Stark e Cersei.
5º – Men of a Certain Age (TNT)
De um ponto de vista comercial, Men of a Certain Age nunca devia ter existido. Foi uma série sobre três amigos na casa dos quarenta, lidando com problemas que não envolviam armas, bisturis ou grandes discursos, em um estilo que muitas vezes parecia relaxado. O fato de ela ter ido ao ar foi um milagre, sua renovação para uma segunda temporada quase sonho de tão irreal: em um canal conhecido pelo seu estilo comercial de ação, quase ninguém assistiu a série. Mas a grande maioria das pessoas nesse “quase” amou Men of a Certain Age, e com motivo. Essa foi uma série que tratou com uma sinceridade ímpar cada um de seus personagens, que não teve medo de negar a eles várias pequenas felicidades e que com essa segunda temporada, mesmo entre fracassos e sonhos quebrados, deu sequência para as histórias de Joe, Owen e Terry com carinho. Não havia maldade na influência que Owen sofria do pai, no vício de Joe em apostas ou na carreira estagnada de Terry. Havia realidade, e como na realidade, Ray Romano e Mike Royce acharam os momentos hilários e de quebrar o coração nessas e nas nossas pequenas rotinas.
Em julho, Men of a Certain Age enfrentou a mortalidade que os seus personagens de meia idade tanto contemplaram. E até outra série como ela aparecer (ou seja: nunca), a sua falta será sentida.
Melhores momentos no ano: o ataque de pânico que Owen tem no escritório, Terry preso com Erin no trânsito, Joe ajudando Manfro com seu câncer e as diversas conversas do trio entre caminhadas e cafés.
4º – Parks and Recreation (NBC)
Com as outras comédias nessa lista, você nunca sabe muito bem o que esperar. Archer e Community mudam com frequência de estilo e a única ordem é tentar fazer cada minuto ser mais louco que o anterior. E Louie fez um episódio sobre suicídio, um sobre um patinho no Afeganistão e usou peidos para encerrar outros dois. Já em cada um dos seus 26 episódios exibidos durante 2011, Parks and Recreation passou uma sensação de segurança completamente desprovida de cinismo. Se Archer comenta nas suas paródias através do tédio dos personagens, se Abed explica a ideia de cultura pop em questão, se Louis C.K. sempre acha a tristeza na situação mais surreal… Leslie Knope e todo o seu departamento são diretos. Não há uma gota de ironia no seu humor maravilhosamente doce, e isso permite que os personagens respirem com tranqüilidade e que você possa acreditar em Ron Swanson sendo incrível a todo segundo. E que o casamento de Andy e April é a coisa mais fofa do mundo ao invés de um desastre irresponsável prestes a acontecer. E que em todas as áreas do governo, existe uma Leslie Knope para se importar, um Tom para elevar o estilo e um Jerry pra levar a culpa.
Pawnee é um lugar louco, sim, mas também é um lugar em que todos nós adoraríamos viver.
Melhores momentos no ano: a morte de Li’l Sebastian, a viagem para Eagleton e o julgamento de Leslie.
3º – Breaking Bad (AMC)
Era um desafio enorme dar sequência a uma das melhores temporadas na história da televisão. E Vince Gilligan e cia não só conseguiram isso, como entregaram um arco que em nenhum momento deixou a bola do anterior cair. O quarto ano de Breaking Bad falhou em atingir o nível de perfeição do terceiro, mas se recusou em dispersar o seu perigo ou diminuir as consequências dele, se movendo a todo momento na direção de situações que colocaram os personagens no mais terrível dos infernos – resultando numa sequência de treze episódios onde nenhum nó se desatou.
Assim, com tantas pessoas presas em certezas antigas, atormentadas por momentos nos quais as únicas saídas pareciam resultar na destruição de mentiras adoradas, a única solução era dar um mergulho definitivo na sua premissa. Matar Walter White, colocar Heisenberg no lugar e jogá-lo contra o mais memorável dos vilões, Gustavo “The Chicken Man” Fring. Até agora, Walter tinha permanecido um ser humano detestável, mas ainda capaz de se redimir. Alguém que poderia ser salvo, alguém pelo qual nós ainda poderíamos torcer, mesmo que só um pouquinho. E nesse momento, ela subiu para o nível dos Grandes Dramas. Ela subiu para peitar The Wire, The Sopranos e algumas outras poucas séries pelo pódio. Pois a trama pediu algo impossível da série. Pediu que apagasse essa chama de bondade por completo e corrompesse Walter White além da salvação, dezesseis episódios e quase dois anos antes do seu series finale.
Breaking Bad não hesitou.
Melhores momentos no ano: o uso do estilete, o flashback de Gus, a cena final de “Crawl Space” e o xeque-mate no season finale.
2º – Louie (FX)
Dirigida, editada e roteirizada por apenas uma pessoa, Louie é a mente do seu criador em cores. Nada nela parece ser falso, diminuído ou até mesmo filtrado de uma maneira na qual o personagem título acabe encarando com simpatia as situações absurdas que o envolvem… É a visão que Louis C.K. tem do mundo, despejada na tela com perfeita capacidade de expressão, e a ajuda de um tino único para quebrar fórmulas: esse é um homem com muitas coisas boas a serem ditas e ele vai arrumar jeitos novos de dizê-las, nem que seja necessário levar um patinho até o Afeganistão para isso.
Quebrando a linha entre comédia e drama, continuidade e antologia, essa máxima funciona e é o grande atrativo da série. Louie se livra das expectativas de viver de episódio para episódio, de precisar fazer você rir aqui ou ali, ou sempre chorar durantes os minutos finais… De refletir sobre a vida com Joan Rivers e Chris Rock, de construir por 21 minutos uma piada de peido que é (e sim, eu sei que soa insano) uma metáfora perfeita para a vida do personagem principal, de mostrar como é ser um pai divorciado, de falar sobre conflitos entre gerações, de solidão, de depressão, de ter que começar ou encerrar cada meia hora com uma porção de stand-up. Tão talentoso quanto é e tão no controle do seu humor quanto em 2011, não tenho a mínima dúvida de que C.K. conseguiria tornar cada uma dessas coisas em séries hilárias. Mas com Louie ele resolveu fazer todas, e conseguiu.
Melhores momentos no ano: a declaração de amor para Pamela, o confronto com Dane Cook e a solução universal de paz.
1º – Friday Night Lights (DirecTV/NBC)
Durante os seus últimos episódios, o maior conflito que Friday Night Lights teve foi entre Tami e Eric, onde cada um tinha uma visão diferente sobre como e em qual cidade o futuro da família Taylor deveria ocorrer. Chegamos ao series finale com uma decisão tomada, isso pairando de maneira constrangedora pela casa, Tami ainda decepcionada. E então ele olha pra ela. Eric apenas olha para Tami e sabe exatamente o que precisa fazer, pois ele a ama, ele ama Gracie, e apesar de tudo, ele ama essa sua família mais do que aquela que construiu no campo. É um momento discreto, tão discreto que você ficaria espantado ao perceber que o arco dos dois protagonistas na temporada foi construído todo na direção disso, desse pequeno olhar. Mas é um momento clássico de FNL, uma daquelas cenas que define a série e exemplifica tudo que a torna especial. Ela pode não ser a mais coerente das séries, pode não ser cerebral o suficiente para se comparar aos brilhantes dramas de mitologias e easter eggs e detalhes que acabam sendo importantes no final, mas cada um de seus momentos emocionais ressoa com brutalidade, chegando a uma última temporada onde, para dor ou alegria e certamente para as nossas lágrimas, personagens tiveram de enfrentar a sinceridade do mundo em que vivem.
Por isso e também por muito mais, Dillon foi tão boa quanto qualquer drama ou qualquer outra cidade que já cruzou a televisão, e se despediu na melhor das formas. No final das contas, olhos limpos e corações plenos não perderam.
Melhores momentos no ano: a conversa que Vince tem com Eric sobre o seu pai, o encontro da família Taylor no series finale, Tim Riggins sendo babá do seu sobrinho e o último jogo da série.
Algumas menções honrosas sobre 2011:
Melhor série cancelada na primeira temporada: The Chicago Code.
Policiais heróicos sacrificam tudo para combater corrupção na cidade que amam. The Chicago Code é uma espécie de sonho, e o seu criador (Shawn Ryan de The Shield) sabe mais do que ninguém os podres dos sonhos: eles terminam e não são reais. Teresa e Jarek podem conseguir derrotar o big bad da temporada, mas como as últimas cenas do series finale mostram, a vida continua: novas ameaças vão aparecer, novas figuras como Gibbons. Tudo isso uma hora vai acabar, algo novo – bom ou ruim – vai entrar no seu lugar. E o que é ainda pior? Isso se refletiu na audiência da série com o seu inevitável cancelamento, naquela mesma velha história que todo fã de televisão conhece. RIP.
Policiais heróicos sacrificam tudo para combater corrupção na cidade que amam. The Chicago Code é uma espécie de sonho, e o seu criador (Shawn Ryan de The Shield) sabe mais do que ninguém os podres dos sonhos: eles terminam e não são reais. Teresa e Jarek podem conseguir derrotar o big bad da temporada, mas como as últimas cenas do series finale mostram, a vida continua: novas ameaças vão aparecer, novas figuras como Gibbons. Tudo isso uma hora vai acabar, algo novo – bom ou ruim – vai entrar no seu lugar. E o que é ainda pior? Isso se refletiu na audiência da série com o seu inevitável cancelamento, naquela mesma velha história que todo fã de televisão conhece. RIP.
Melhor recuperação de uma temporada ruim: Sons of Anarchy.
Apesar do season finale ruim que transformou em zero toda a tensão acumulada durante os treze episódios anteriores, Sons of Anarchy retornou ao nível da segunda temporada por seguir em frente com a decisão de jogar Clay Morrow na sua merecida posição de vilão – uma decisão que lançou ondas de perigo por Charming, fazendo com que as ações dos membros do clube se tornassem empolgantes questões de vida ou morte. O que mesmo sendo inconsequente (Clay, Tig, Gemma, Tara, Jax, Opie e Juice, todos os importantes sobreviveram apesar das mortes que a trama pedia), é bem melhor do que passar metade do ano tendo discussões na Irlanda.
Melhor chute na porta: empate entre Homeland e The Good Wife.
O grande problema de alguns dos novos dramas da TV aberta em 2011 foi que eles não sabiam muito bem o que fazer ou o que queriam ser, indo de cena para cena sem um objetivo, sem um bom motivo para contar as histórias que estavam contando. Já Homeland e The Good Wife são dois exemplos do oposto: quando elas querem fazer alguma coisa, elas vão lá e fazem. Simples assim. Personagens não vagam, cenas não são burocráticas, até os momentos calmos são intensos, pois as séries sabem exatamente o que querem fazer com eles. E mesmo vendo essa intenção lá, tentar descobri-la é metade da diversão.
Apesar do season finale ruim que transformou em zero toda a tensão acumulada durante os treze episódios anteriores, Sons of Anarchy retornou ao nível da segunda temporada por seguir em frente com a decisão de jogar Clay Morrow na sua merecida posição de vilão – uma decisão que lançou ondas de perigo por Charming, fazendo com que as ações dos membros do clube se tornassem empolgantes questões de vida ou morte. O que mesmo sendo inconsequente (Clay, Tig, Gemma, Tara, Jax, Opie e Juice, todos os importantes sobreviveram apesar das mortes que a trama pedia), é bem melhor do que passar metade do ano tendo discussões na Irlanda.
Melhor chute na porta: empate entre Homeland e The Good Wife.
O grande problema de alguns dos novos dramas da TV aberta em 2011 foi que eles não sabiam muito bem o que fazer ou o que queriam ser, indo de cena para cena sem um objetivo, sem um bom motivo para contar as histórias que estavam contando. Já Homeland e The Good Wife são dois exemplos do oposto: quando elas querem fazer alguma coisa, elas vão lá e fazem. Simples assim. Personagens não vagam, cenas não são burocráticas, até os momentos calmos são intensos, pois as séries sabem exatamente o que querem fazer com eles. E mesmo vendo essa intenção lá, tentar descobri-la é metade da diversão.
Melhor Connie Britton comendo um cérebro: American Horror Story.
Obrigado, Ryan Murphy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário