sábado, 2 de outubro de 2010

Primeiras Impressões: Pioneer One


Ela é a pioneira. Ela poderá fazer parte da história mundial do entretenimento.


Ela é Pioneer One, a primeira série feita para internet e patrocinada exclusivamente por internautas.


Seja bem-vindo ao (provável) futuro das séries!


Spoilers “Misteriosos” Abaixo:


O projeto que está sendo financiado em sua grande parte pelo site VODO (VOluntary DOnation), que é uma plataforma de distribuição de conteúdo online, é pequeno (o episódio piloto custou US$ 6.000,00), mas possui grandes ambições.


Além de ser a primeira série feita exclusivamente para internet, ela é distribuída totalmente de graça via download. Isso mesmo! Por meio de sua rede de torrent, a VODO pretende revolucionar o modo como a indústria cinematográfica produz e promove seus projetos. Destacando que grupos como Limewire e uTorrent, além de sites como EZTV e The Pirate Bay, também deram seu apoio total ao projeto.


Agora, sobre a série em si: ela esta sendo escrita e dirigida por Josh Bernhard e Bracey Smith, que já trabalharam juntos no filme The Lionshare, outra produção alternativa. Sendo planejada para possuir 4 temporadas, contando com 7 episódios cada, a história não poderia ser mais interessante também. A sinopse oficial descreve-a da seguinte forma:


“Numa contemporânea América do Norte, um objeto retorna à Terra. Uma agência governamental recupera o que parece ser uma capsula espacial da era soviética e que desapareceu décadas atrás. Dentro dela, eles encontram o impossível – algo que vai ter ramificações para todo o mundo”


Tive a oportunidade de assistir o piloto e vi ali muito potencial. A forma como ela é filmada não nega seu baixo custo, como várias tomadas em ambientes fechados e focos excessivos nos rostos dos atores. Falando no atores, as interpretações não chegaram a ser brilhantes ou a encher os olhos, mas souberam ser no mínimo convincentes, algo que atores nacionais têm demonstrando nem ao menos conseguir. Detalhe: o nome da série remota a 1ª nave espacial que foi lançada pela NASA em 1958, e que fracassou em sua missão de chegar a Lua.


A trama inicia-se com um monólogo do protagonista sobre como se deu os momentos marcantes e significativos da humanidade, incluindo já aí o evento que a série pretende nos revelar ao longo da história.


Numa central de observação espacial, um grupo de astrônomos identifica um objeto invadindo o espaço aéreo canadense, que acaba se chocando no estado de Montana nos EUA. A partir daí somos apresentados aos agentes da Segurança Nacional responsáveis por descobrir o que houve e se há alguma ameaça terrorista ligada ao evento, já que o objeto espalhou uma grande quantidade de material radioativo pelo estado. O agente encarregado pelas investigações chega à base americana, onde é informado que um suspeito esta sendo mantido. Também recebemos a confirmação de que o tal objeto era uma
Soyuz, um espaçonave soviética até hoje utilizada pela Rússia, e que havia, portanto, uma tripulação em seu interior.

Claro que uma nave soviética tripulada em pleno século XXI já é algo para lá de estranho, mas o mistério com o qual a série pretende prender nossa atenção é muito maior: segundo os registros em russo encontrados na nave, que foram devidamente traduzidos por uma das agentes (ela fala 47 línguas), o tripulante seria filho de um cosmonauta russo enviado para Marte em meados da década de 80. As perguntas sem respostas surgem naturalmente: Como foi possível um astronauta viver tanto tempo em Marte? Como ele teve um filho? Haverá mais pessoas habitando o “planeta vermelho”? Agora cabe ao agente (o qual não gravei o nome) descobrir, contando com ajuda de um especialista, se existe alguma verdade nessa história. E, consequentemente, se esta é a maior descoberta feita nos últimos anos da história da humanidade.


Uma trama intrigante e com muito potencial, mas que já ganha pontos por sua iniciativa inovadora. Uma série para se ficar de olho. Ou melhor, para clicar em “download”.


Um link para o download do piloto, legendado e em rmvb, é este
aqui.

P.S: Era evidente que não poderia deixar de comentar sobre uma série como essa, logo após
o texto crítico que fiz em que elogio os “legenders”.
Se esta se mostrará contudo, ser uma tendência para as grandes produtoras, só o tempo revelará.

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