sábado, 12 de março de 2011

FITAS K-7 PARTE 2

DE SÃO PAULO

Os preços praticados na venda de cassetes são, na média, baixos. Cerca de R$ 5 no Brasil e até menos por fitas novas na internet. Mas só isso não seria suficiente para criar um público fiel.

Para o colecionador Ezio Fernandes de Avilla, muitas fitas têm atrativos exclusivos, principalmente as importadas. "Algumas apresentam um encarte maravilhoso, às vezes mais completo do que o do CD. Também há muitas faixas exclusivas."

Em 2001, quando o cassete morria no mercado, a CBS americana relançou em fita os álbuns de Michael Jackson com bônus tracks. Podem não ter salvo o formato, mas hoje valem muito para os fãs.

Às vezes o diferencial não está no som. "No Code", disco que o Pearl Jam lançou em 1996, tinha mais de 60 imagens pequenas na capa, entre fotos e desenhos.

Para a versão em fita, a banda soltou 30 capinhas diferentes, reproduzindo individualmente uma das imagens da capa do LP. Hoje, uma dessas custa até R$ 150.

Uma fita que fez sucesso estrondoso no Brasil foi a da coletânea "Standing on a Beach", do grupo inglês The Cure. O LP trazia músicas da banda lançadas em singles.

Na fitinha, todas as músicas do vinil estavam no lado A. As músicas que foram lançadas como lado B dos compactos em vinil foram editadas no lado B do cassete. Dessa forma, comprar a fita no lugar do LP siginificava receber o dobro de faixas.

Todo colecionador tem de saber que fita estraga com má conservação. Não precisa chegar ao requinte do lojista Paulo Sokol, que até "conserta" cassetes, com ferramentas em miniatura que usa para abrir as caixinhas e rebobinar fitas desenroladas.

O importante é guardar as fitas longe do sol e também de computadores e bases de telefone sem fio, que podem "apagar" seu conteúdo.

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