Truth or happiness, never both.
Mentira. Nasceu a partir do momento que o ser humano começou a comunicar. É uma das principais diferenças entre o homem e os restantes animais. Com os sinais de fumo já era possível mentir. Ao expressarmo-nos por sinais, a mentira é muito melhor escondida do que quando a pronunciamos. E cada vez mais descoberta se torna, se tivermos em frente Cal Lightman. O detector de mentiras ambulante é um leitor de micro expressões humanas, um detector sintético da falsidade. O pior pesadelo para mentirosos.
Assim se resume muito superficialmente a premissa da série. Era mais um procedural, podia-se tornar em mais um enfadonho procedural policial. Mas não. Apesar de não ser uma daquelas séries que se diz “Como ainda não se tinha pensado nisso”, Lie to Me vem noutra onda de procedurals policiais, ao estilo de que está a acontecer com os procedurals mais juntos a medicina, que se está a apostar na zona das enfermeiras. Lie to Me dá outra perspectiva dos casos. Não ficamos dentro dos laboratórios, é muito mais realizado no terreno, a procura das mentiras, das verdades e dos meio-termos. Para isso, a série apoia-se em 4 personagens: o principal e a alma e cérebro da série, Cal Lightman, Ria Torres, a aprendiz, que ainda demorará a ultrapassar o mestre, Eli Loker, um dos seres humanos mais sinceros para as pessoas, excepto o seu chefe e Gillian Foster, a companheira perpétua de Cal Lightman e sua principal base.
Com um começo um pouco atribulado, a série sofreu o problema que todas as série possuem no inicio: construção de personagens e interligação entre elas. Para além disso, e devido a série aprofundar um novo mundo, as explicações foram-se sucedendo, quebrando um pouco o ritmo do episódio. Mas, após de entrar na série, as explicações foram postas de lado. Ganhamos, nós espectadores, uma nova função: descobrir a mentira. Passamos nós próprios, não por obrigação mas por diversão, a entrar no jogo do caça o mentiroso. E assim a série subiu de nível. Era interessante ver os pormenores dos actores convidados, apanhar os truques da mentira. Assim a série ganhou mais interesse.
Com esta transformação veio outra. Como no resto das séries, após uma estruturação base das personagens, faltava conhecer a sua vida pessoal mais a fundo. Fora Eli, que não foi tão focado, o resto das personagens tiveram direito a uns tempos de antena para “falarem” da sua vida privada. Ganhou-se empatia com as personagens e a série ganhou mais uns pontos na consideração.
Para além disso, e para uma série que vinha rotulada de procedural policial, Lie to Me conquistou outros terrenos que não podem ser muito explorados por a maior parte dos procedurals acima mencionados. O leque de casos eram grande, e não vivíamos homicídio atrás de homicídio. A série ia variando e de cada vez que começava o episódio, tanto podia sair um ataque terrorista ou um acidente. Outro ponto positivo para a série.
De resto, a série encontrou um actor para protagonista perfeito. A par de Hugh Laurie, que só vemos como House (e que também poderia fazer de Lightman…não era um papel que lhe ficasse mal), como Michael C. Hall como Dexter ou Simon Baker como Patrick Jane, Tim Roth é o actor perfeito para o papel. O britânico encaixa na perfeição em Lightman, nos seus tiques, na sua personalidade. Foi outro ponto que a série ganhou interesse. Ver um actor assim construir e interpretar uma personagem complexa como Lightman é outro dos motivos que a série se tem a orgulhar.
E depois desta primeira temporada, que esperar da segunda? As esperanças mantêm-se que Lie to Me mantenha o rumo, que as histórias continuem a ser refrescantes e novas, que Tim Roth continue a ser o Cal Lightman que conhecemos e que se continue a deixar parte do episódio a “investigação” do espectador. Quanto ao resto, e isto já são pedidos, pede-se que a série entre mais na vida pessoal das personagens e que as mentiras do passado sejam descobertas. Uma aventura dentro do passado de Cal era interessante, tal como um caso que tivesse a sua filha como suspeito. Mas o que saberemos é que Lightman continua a apanhar as mentiras. É sempre mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo, diz a língua portuguesa. Lightman vem comprovar.
NOTA: 9,0 ÓTIMO
FONTE: http://portal-series.com/
Mentira. Nasceu a partir do momento que o ser humano começou a comunicar. É uma das principais diferenças entre o homem e os restantes animais. Com os sinais de fumo já era possível mentir. Ao expressarmo-nos por sinais, a mentira é muito melhor escondida do que quando a pronunciamos. E cada vez mais descoberta se torna, se tivermos em frente Cal Lightman. O detector de mentiras ambulante é um leitor de micro expressões humanas, um detector sintético da falsidade. O pior pesadelo para mentirosos.
Assim se resume muito superficialmente a premissa da série. Era mais um procedural, podia-se tornar em mais um enfadonho procedural policial. Mas não. Apesar de não ser uma daquelas séries que se diz “Como ainda não se tinha pensado nisso”, Lie to Me vem noutra onda de procedurals policiais, ao estilo de que está a acontecer com os procedurals mais juntos a medicina, que se está a apostar na zona das enfermeiras. Lie to Me dá outra perspectiva dos casos. Não ficamos dentro dos laboratórios, é muito mais realizado no terreno, a procura das mentiras, das verdades e dos meio-termos. Para isso, a série apoia-se em 4 personagens: o principal e a alma e cérebro da série, Cal Lightman, Ria Torres, a aprendiz, que ainda demorará a ultrapassar o mestre, Eli Loker, um dos seres humanos mais sinceros para as pessoas, excepto o seu chefe e Gillian Foster, a companheira perpétua de Cal Lightman e sua principal base.
Com um começo um pouco atribulado, a série sofreu o problema que todas as série possuem no inicio: construção de personagens e interligação entre elas. Para além disso, e devido a série aprofundar um novo mundo, as explicações foram-se sucedendo, quebrando um pouco o ritmo do episódio. Mas, após de entrar na série, as explicações foram postas de lado. Ganhamos, nós espectadores, uma nova função: descobrir a mentira. Passamos nós próprios, não por obrigação mas por diversão, a entrar no jogo do caça o mentiroso. E assim a série subiu de nível. Era interessante ver os pormenores dos actores convidados, apanhar os truques da mentira. Assim a série ganhou mais interesse.
Com esta transformação veio outra. Como no resto das séries, após uma estruturação base das personagens, faltava conhecer a sua vida pessoal mais a fundo. Fora Eli, que não foi tão focado, o resto das personagens tiveram direito a uns tempos de antena para “falarem” da sua vida privada. Ganhou-se empatia com as personagens e a série ganhou mais uns pontos na consideração.
Para além disso, e para uma série que vinha rotulada de procedural policial, Lie to Me conquistou outros terrenos que não podem ser muito explorados por a maior parte dos procedurals acima mencionados. O leque de casos eram grande, e não vivíamos homicídio atrás de homicídio. A série ia variando e de cada vez que começava o episódio, tanto podia sair um ataque terrorista ou um acidente. Outro ponto positivo para a série.
De resto, a série encontrou um actor para protagonista perfeito. A par de Hugh Laurie, que só vemos como House (e que também poderia fazer de Lightman…não era um papel que lhe ficasse mal), como Michael C. Hall como Dexter ou Simon Baker como Patrick Jane, Tim Roth é o actor perfeito para o papel. O britânico encaixa na perfeição em Lightman, nos seus tiques, na sua personalidade. Foi outro ponto que a série ganhou interesse. Ver um actor assim construir e interpretar uma personagem complexa como Lightman é outro dos motivos que a série se tem a orgulhar.
E depois desta primeira temporada, que esperar da segunda? As esperanças mantêm-se que Lie to Me mantenha o rumo, que as histórias continuem a ser refrescantes e novas, que Tim Roth continue a ser o Cal Lightman que conhecemos e que se continue a deixar parte do episódio a “investigação” do espectador. Quanto ao resto, e isto já são pedidos, pede-se que a série entre mais na vida pessoal das personagens e que as mentiras do passado sejam descobertas. Uma aventura dentro do passado de Cal era interessante, tal como um caso que tivesse a sua filha como suspeito. Mas o que saberemos é que Lightman continua a apanhar as mentiras. É sempre mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo, diz a língua portuguesa. Lightman vem comprovar.
NOTA: 9,0 ÓTIMO
FONTE: http://portal-series.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário