quarta-feira, 11 de maio de 2011

O melhor chefe de todos os tempos em The Office e o mockumentary na TV

O formato dos "falsos" documentários estão se propagando na T

 
Steve Carrel se despede de “The Office” depois de sete temporadas.

A relação entre drama e comédia é curiosa. Quando uma produção dramática provoca risos em sua plateia sem intenção, é sinal que alguma coisa não está certa. Mas e quando uma comédia leva alguém às lágrimas? Foi exatamente desse jeito que eu me senti ao ver os últimos episódios de “The Office”, que marcaram a despedida de Steve Carrell, protagonista da série.

“The Office” narra o cotidiano de um escritório da Dunder Mifflin, empresa que vende papel. A trama  mostra o dia a dia de seus funcionários em diversas situações, incluindo brigas, pegadinhas e o chefe mais nonsense que existe, interpretado por Carrell.  O telespectador demora um pouco para se acostumar com o humor da série, mas uma vez que isso acontece não larga mais. O programa é derivado da série homônima britânica, criada por outro monstro da comédia mundial, Rick Gervais (produtor da versão americana e apresentador das duas últimas edições do Globo de Ouro).

A versão americana está na sétima temporada, que marca justamente a despedida de Carrell, se ausentando para dedicar mais tempo à família e à carreira cinematográfica. O ator Will Ferrell assume a série para um arco de quatro episódios até o finale dessa temporada, que terá participações  de Ricky Gervais, Will Arnett (“Arrested Development”), James Spader (“Boston Legal”), Ray Romano (“Everybody Loves Raymond”), Catherine Tate (“Doctor Who”) e ninguém menos que Jim Carrey (“Sim Senhor!”)!

Um dos grandes trunfos de “The Office” está justamente na forma como o roteiro consegue aliar o humor com passagens extremamente emocionantes, e isso se dá principalmente pela relação entre os personagens e a grande atuação de Steve Carrell (esse último episódio dele certamente resultará em uma indicação ao Emmy). Posso dizer com certeza que alguns dos melhores momentos da TV americana dos últimos anos estão em “The Office”. O outro grande trunfo da série é o seu formato, justamente o tal do mockumentary.
Baseado em fatos irreais?




 

O termo mockumentary surgiu da junção das palavras mock (zombar)  e documentary (documentário) e representa obras que apresentam conteúdo fictício na forma documental. Apesar de ter surgido em meados dos anos 50, o mockumentary se popularizou nos anos 80 com o clássico “This is Spinal Tap”, de Rob Reiner, que narra as desventuras da banda de rock  que dá nome ao longa. Outras produções cinematográficas famosas incluem o maravilhoso “Zelig”, de Woody Allen, e o recente “Borat”, de Sacha Baron Cohen. Dizem que o documentário “Exit Through the Gift Shop”, dirigido pelo artista e ativista Banksy, seria um mockumentary, mas aí é outra discussão. 

Mockumentary na TV
Nos últimos anos, esse estilo “falsomentário” tem aparecido em diversas produções televisivas. O ponto de partida para essa popularização foi dado em “The Office”, mas outras séries já seguiram essa tendência, mesmo em episódios esporádicos. Foi o caso de “The Simpsons”, “3rd Rock From the Sun”, “Entourage” e até “ER” (até “Grey’s Anatomy” também tem um episódio nesse formato).

Na onda de “The Office”, hoje em dia algumas séries também tem o formato de mockumentary

As principais são “Parks and Recreation”, “Curb Your Enthusiasm – Segura a Onda” e a aclamadíssima “Modern Family”. Não gosto muito da primeira (acho cópia de “The Office”, apesar de gostar de Amy Poehler), mas não deixem de assistir essas duas últimas. São muito boas, cada uma com suas particularidades (“Curb” é criada e estrelada por ninguém menos que Larry David, a mente por trás de “Seinfeld”). Porém, a minha preferida é “The Office”, e Steve Carrel vai deixar saudades. Qual o mockumentary preferido de vocês?

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