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HOMEM-ARANHA NOIR
Editora: Panini Comics
Autores: David Hine e Fabrice Sapolsky (texto) e Carmine Di Giandomenico (arte) - Originalmente em Spider-Man Noir # 1 a # 4.
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Maio de 2011
Sinopse
Nova York, 1933. Quatro anos após a quebra da Bolsa de Valores, os cidadãos vivem a Grande Depressão. O Duende é o chefe de uma quadrilha de criminosos que domina a cidade pela corrupção e violência.
Peter Parker vive sua adolescência com os tios Ben e May, um casal de socialistas fervorosos que luta para melhorar a sociedade e impedir a exploração dos mais humildes.
Peter Parker vive sua adolescência com os tios Ben e May, um casal de socialistas fervorosos que luta para melhorar a sociedade e impedir a exploração dos mais humildes.
Positivo/Negativo
O primeiro contato que o público brasileiro teve com o universo Noir do Homem-Aranha curiosamente não aconteceu pelas páginas dos quadrinhos, mas sim no game Spider-Man Shattered Dimensions, título multiplataforma lançado em 2010.
Nele, o Cabeça de Teia entra em confronto com Mystério e um artefato conhecido como a Tábua do Ordem e Caos é quebrado, afetando quatro universos da Marvel: O Incrível Homem-Aranha, Homem-Aranha 2099, Ultimate e Noir - em que Peter Parker vive sob o domínio do mal nos Estados Unidos de 1933.
O lançamento do jogo impulsionou a Panini colocar nas bancas Marvel Especial # 18 - Marvel 2099, contando sobre a realidade futurista do herói, e agora este Homem-Aranha Noir, minissérie em quatro partes encadernada em capa dura e que chega às livrarias mais de um ano após a primeira.
Para o leitor mais cético, que tinha conhecimento de Shattered Dimensions, este quadrinho não passava de mais um caça-níqueis para lucrar sobre o personagem apresentado pelo game.
Mas, surpresa, o título se revela melhor do que o esperado.
O universo Noir coloca Peter Parker em um cenário totalmente subversivo, explorando seus personagens coadjuvantes e inimigos conhecidos pelo público há muitos anos de maneira diferenciada, com mais fraquezas do que virtudes, em um verdadeiro amálgama de referências do Aranha.
Aqui, Ben Urich é um jornalista que, após vários anos presenciando a podridão do mundo que o cerca, torna-se indiferente a tudo e acaba entorpecido com drogas pesadas. Tia May vira uma enérgica semeadora de ideais políticos socialistas e não tem medo de enfrentar a truculência dos capangas de Osborn.
O roteiro é cheio de reviravoltas interessantes, em parte pelos questionamentos e reivindicações que seus personagens fazem, em outra pela participação um tanto quanto distorcida que certos rostos conhecidos trazem.
Um dos pontos altos está na forma como os vilões são retratados quando aflora o seu verdadeiro lado freak, fazendo o leitor pensar se todos eles não foram tirados de um circo de horrores.
O roteirista David Hine, que escreveu histórias para a série O que aconteceria se...?, na qual exercitou bastante o criar e recriar de origens de heróis e vilões do Universo Marvel, cria uma grande história.
O ápice está no confronto de Parker e Osborn, quando este revela sua verdadeira face e apresenta uma pele de lagarto. Nesta realidade alternativa, ele recebeu o apelido de Duende quando sofria bullying das crianças do seu bairro por ter nascido assim, uma aberração.
A cena revela a verdadeira imagem do universo Noir. Nada nele é o que realmente parece ser e, enquanto todos sobrevivem a uma América pós-depressão econômica, extremos se mostram a cada instante nas pessoas, que são cada vez mais falhas e, por consequência, humanizadas.
Pena que a arte de Carmine Di Giandomenico (de Magneto - Testamento) não se destaca tanto e traz fisionomias duras, sem muita expressão. A colorização escura, no entanto, ajuda o leitor a mergulhar neste universo Noir, que apresenta uma das histórias mais sombrias e menos heroicas do Homem-Aranha.
A edição da Panini está caprichada, com extras como as maravilhosas capas variantes de Dennis Calero.
A carona que a editora pegou com o lançamento do jogo valeu a pena.
Nele, o Cabeça de Teia entra em confronto com Mystério e um artefato conhecido como a Tábua do Ordem e Caos é quebrado, afetando quatro universos da Marvel: O Incrível Homem-Aranha, Homem-Aranha 2099, Ultimate e Noir - em que Peter Parker vive sob o domínio do mal nos Estados Unidos de 1933.
O lançamento do jogo impulsionou a Panini colocar nas bancas Marvel Especial # 18 - Marvel 2099, contando sobre a realidade futurista do herói, e agora este Homem-Aranha Noir, minissérie em quatro partes encadernada em capa dura e que chega às livrarias mais de um ano após a primeira.
Para o leitor mais cético, que tinha conhecimento de Shattered Dimensions, este quadrinho não passava de mais um caça-níqueis para lucrar sobre o personagem apresentado pelo game.
Mas, surpresa, o título se revela melhor do que o esperado.
O universo Noir coloca Peter Parker em um cenário totalmente subversivo, explorando seus personagens coadjuvantes e inimigos conhecidos pelo público há muitos anos de maneira diferenciada, com mais fraquezas do que virtudes, em um verdadeiro amálgama de referências do Aranha.
Aqui, Ben Urich é um jornalista que, após vários anos presenciando a podridão do mundo que o cerca, torna-se indiferente a tudo e acaba entorpecido com drogas pesadas. Tia May vira uma enérgica semeadora de ideais políticos socialistas e não tem medo de enfrentar a truculência dos capangas de Osborn.
O roteiro é cheio de reviravoltas interessantes, em parte pelos questionamentos e reivindicações que seus personagens fazem, em outra pela participação um tanto quanto distorcida que certos rostos conhecidos trazem.
Um dos pontos altos está na forma como os vilões são retratados quando aflora o seu verdadeiro lado freak, fazendo o leitor pensar se todos eles não foram tirados de um circo de horrores.
O roteirista David Hine, que escreveu histórias para a série O que aconteceria se...?, na qual exercitou bastante o criar e recriar de origens de heróis e vilões do Universo Marvel, cria uma grande história.
O ápice está no confronto de Parker e Osborn, quando este revela sua verdadeira face e apresenta uma pele de lagarto. Nesta realidade alternativa, ele recebeu o apelido de Duende quando sofria bullying das crianças do seu bairro por ter nascido assim, uma aberração.
A cena revela a verdadeira imagem do universo Noir. Nada nele é o que realmente parece ser e, enquanto todos sobrevivem a uma América pós-depressão econômica, extremos se mostram a cada instante nas pessoas, que são cada vez mais falhas e, por consequência, humanizadas.
Pena que a arte de Carmine Di Giandomenico (de Magneto - Testamento) não se destaca tanto e traz fisionomias duras, sem muita expressão. A colorização escura, no entanto, ajuda o leitor a mergulhar neste universo Noir, que apresenta uma das histórias mais sombrias e menos heroicas do Homem-Aranha.
A edição da Panini está caprichada, com extras como as maravilhosas capas variantes de Dennis Calero.
A carona que a editora pegou com o lançamento do jogo valeu a pena.
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