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J. KENDALL - AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 77
Por Lielson Zeni
Editora: (Mythos) - Revista mensal
Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza (roteiro), Enio (arte) - Publicado originalmente em Julia # 77.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Abril de 2011
Sinopse
Ameaça em domicílio - um rapaz sequestra mãe e filho durante a fuga de um assalto e se esconde na casa deles. Caberá a Júlia Kendall ajudar a polícia a prender o criminoso.
Positivo/Negativo
O leitor que acompanha J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga todo mês não deixa de se surpreender: como é possível um roteiro dessa qualidade em uma revista mensal?
Há uma estrutura básica a cada edição: começa com ações de personagens de importância secundária, Júlia é apresentada reflexiva em seu cotidiano, um crime acontece, ela é chamado por Webb, discutem, investigam e solucionam o caso.
Porém, estrutura e personagens fixos não querem dizer mesmice. Entram aí os temas explorados por Giancarlo Berardi.
Nesta edição, diversos acontecimentos e falas circundam o universo das drogas e entorpecentes. Sem juízo de valor, mas ainda muito responsáveis com o tema, Berardi e Lorenzo Calza fazem dele o motivador de consequências diversas na história, desde uma aula de Júlia, a uma relação pai e filho.
Além do tema, há a qualidade da divisão de quadros e a construção de página. Não há nenhuma página inteira ou dupla, todas as grades da edição têm cinco ou seis quadros, sem variar tamanhos, formas ou requadros.
Não que transformar os quadros e mexer com a página visualmente seja desimportante, mas parece não caber na proposta realista de Berardi, Calza e Enio. Por outro lado, essa grade com quantidade de quadros fixa, assim como a estrutura narrativa de base, não torna a narrativa enfadonha. Que esta edição seja a prova disso.
Muita tensão e suspense bem conduzidos pela arte de Enio fazem o leitor não querer desgrudar da revista até ler o seu último quadrinho.
O roteiro amarradinho de Berardi e Calza e a arte limpa e bonita de Enio fazem daquele gibizinho em preto e branco uma pequena pérola da arte sequencial.
E é assim todo mês. Além da estrutura da trama, dos personagens e da paginação, há outro elemento constante em Júlia: a qualidade do material.
Há uma estrutura básica a cada edição: começa com ações de personagens de importância secundária, Júlia é apresentada reflexiva em seu cotidiano, um crime acontece, ela é chamado por Webb, discutem, investigam e solucionam o caso.
Porém, estrutura e personagens fixos não querem dizer mesmice. Entram aí os temas explorados por Giancarlo Berardi.
Nesta edição, diversos acontecimentos e falas circundam o universo das drogas e entorpecentes. Sem juízo de valor, mas ainda muito responsáveis com o tema, Berardi e Lorenzo Calza fazem dele o motivador de consequências diversas na história, desde uma aula de Júlia, a uma relação pai e filho.
Além do tema, há a qualidade da divisão de quadros e a construção de página. Não há nenhuma página inteira ou dupla, todas as grades da edição têm cinco ou seis quadros, sem variar tamanhos, formas ou requadros.
Não que transformar os quadros e mexer com a página visualmente seja desimportante, mas parece não caber na proposta realista de Berardi, Calza e Enio. Por outro lado, essa grade com quantidade de quadros fixa, assim como a estrutura narrativa de base, não torna a narrativa enfadonha. Que esta edição seja a prova disso.
Muita tensão e suspense bem conduzidos pela arte de Enio fazem o leitor não querer desgrudar da revista até ler o seu último quadrinho.
O roteiro amarradinho de Berardi e Calza e a arte limpa e bonita de Enio fazem daquele gibizinho em preto e branco uma pequena pérola da arte sequencial.
E é assim todo mês. Além da estrutura da trama, dos personagens e da paginação, há outro elemento constante em Júlia: a qualidade do material.
Classificação:
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