segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul McCartney empolga 60 mil felizardos em SP





 Ex-beatle tocou por quase três horas no estádio do Morumbi com repertório matador



Pode um senhor de 68 anos deixar mais de 60 mil pessoas, boa parte delas com idade para serem seus netinhos, com um sorriso de orelha a orelha e vibrando durante quase três horas?



Se esse cara por acaso se chamar James Paul McCartney, a resposta é um retumbante sim.



O show que o ex-beatle realizou na noite deste domingo (21) no estádio do Morumbi entrou imediatamente para a história como um daqueles momentos mágicos da música no Brasil em 2010.



O começo não poderia ter sido melhor. Pouco depois das 21h30, com um atraso mínimo, a lenda viva entrou em cena.


Ele vestia paletó azul claro, camisa branca, calça social, suspensórios e, detalhe marcante, uma bota preta de couro igual às dos velhos e bons anos 60, usadas por aquela certa banda de Liverpool.



De cara, ele disse que iria tentar falar um pouco de português, mas que falaria mais inglês. Simpático, soltou vários “e aí, galera?”, para delírio dos fãs.



O repertório da apresentação foi exatamente igual à apresentada em Porto Alegre, com direito ao início com a dobradinha Venus and Mars/ Rock Show, emendando com Jet.


Na sexta música, Highway, faixa de seu projeto alternativo Fireman, ele tirou o paletó.



Às 22h02, após meia hora de pauleira pura, o astro tira da manga a primeira balada, The Long and Winding Road, para delírio dos milhares de casais presentes.



O público reagiu bem a todas as músicas apresentadas, mesmo aquelas menos conhecidas, como a citada Highway, Dance Tonight (do álbum Memory Almost Full, de 2007) e a sacudida 1985, do clássico álbum Band on the Run.


Contribuiu e muito para a eficiência da performance de McCartney a sua excepcional banda de apoio, da qual se destaca o baterista Abraham Laboriel Jr.



Além de excelente músico de energia inesgotável, o simpático gordinho se mostrou uma figurinha daquelas carimbadas.


Durante a música Dance Tonight, na qual a bateria não entra, ele ficou fazendo danças à la Rodrigo Faro, com direito a passos da Macarena e do John Travolta de Os Embalos de Sábado à Noite.



Uma performance hilariante!



As homenagens foram cativantes, com direito a Foxy Lady, de Jimi Hendrix, encaixada no finalzinho de Let me Roll It, Here Today, escrita por McCartney em 1982 para John Lennon (de quem também foi tocada Give Peace a Chance) e Something, de George Harrison.



Em determinado momento do show, a plateia, que participou entusiasticamente de cada música, puxou um “she loves you, yeah, yeah yeah”, refrão da música She Loves You, que não constava da programação.



Macca não se fez de rogado, e emendou um “I Love You, Yeah, Yeah, Yeah” para os fãs. E volta e meia, a cada nova reação positiva e empolgada dos fãs, dizia “you’re something else” (vocês são incríveis, em tradução aproximada)



Ele também agradeceu aos “paulistas” presentes, se bem que, na real, tinha gente de todos os cantos do país no Morumbi, que exibiam bandeiras de clubes como o Ceará e o Fluminense, por exemplo.


A utilização da tecnologia foi impecável, com os dois imensos telões laterais mostrando imagens do palco, enquanto o situado no fundo do palco gerava cenas diversas ilustrando cada canção.



Na hora de Live and Let Die, de 1973, e tema de um dos filmes da saga James Bond, o habitual show pirotécnico arrancou urros de todos, especialmente dos mais jovens.



O primeiro final do show foi com aquele coral arrepiante de Hey Jude, às 23h37.



Quanto voltou ao palco, Paul trazia uma bandeira brasileira, enquanto um de seus músicos portava uma inglesa.



Após Lady Madonna, a banda mandou, com melodia baseada no clássico dos anos 50, Bo Diddley, um “Ô, São Paulo”, para botar mais lenha na fogueira.



Já havia passado da meia noite quando Paul McCartney voltou ao palco para cantar ao violão Yesterday, arrancando lágrimas de todos, até da global Denise Fraga, que estava no meio da plateia com os dois filhos.


Mesmo para músicos muito mais jovens, seria uma temeridade encerrar um show tão longo para os padrões atuais com músicas tão sacudidas como o hard rock Helter Skelter e o medley incendiário Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band/ The End, clássicos da fase final dos Beatles.



Mas aquele adolescente de 68 anos tirou de letra.



Avançávamos 20 minutos nessa segunda (22) quando McCartney e seu time saíram de campo. Eles voltam na noite desta mesma segunda-feira (22) para uma nova performance.



E muita gente presente no show deste domingo (21) irá voltar para ver tudo de novo. Alguns foram inclusive a Porto Alegre no último dia 7. Exagero? Não, mesmo!



 
Veja as músicas tocadas na primeira apresentação de Paul McCartney em SP:



- Venus and Mars/ Rock Show
- Jet
- All My Loving
- Letting Go
- Drive My Car
- Highway
- Let Me Roll it
- The Long and Winding Road
- 1985
- Let 'Em in
- My Love
- I´ve Just Seen a Face
- And I Love Her
- Blackbird
- Here Today
- Dance Tonight
- Mrs. Vanderbilt
- Eleanor Ribgy
- Something
- Sing the Changes
- Band on the Run
- Obla Di Obla Da
- Back in the U.S.S.R.
- I've Got a Feeling
- Paperback Writer
- A Day in the Life/ Give Peace a Chance
- Let it Be
- Live and Let Die
- Hey Jude

Bis 1
- Day Tripper
- Lady Madonna
- Get Back

Bis 2

- Yesterday
- Helter Skelter
- Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band/ The End


Fabian Chacur, do R7

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