terça-feira, 17 de novembro de 2009

Jackson aumenta violência em 'Olhar do Paraíso' ("The Lovely Bones") após pedidos


LOS ANGELES - Cineastas que procuram atender às exigências de classificações etárias de filmes nos EUA voltadas a um público formado principalmente por adolescentes costumam queixar-se de ser forçados a cortar cenas de violências, e esses cortes às vezes comprometem a visão do diretor.

Mas o diretor premiado com o Oscar Peter Jackson descobriu que tinha o problema contrário com seu ansiosamente aguardado novo trabalho, "Um Olhar do Paraíso" ("The Lovely Bones"), que chega aos cinemas dos EUA em 11 de dezembro.

Baseado em um best-seller de 2002 de Alice Sebold (no Brasil, "Uma Vida Interrompida"), o filme conta a história dolorosa e intensamente emotiva de uma menina de 14 anos estuprada e assassinada, Susie (representada por Saoirse Ronan), que, desde o paraíso, acompanha a vida de sua família na Terra, vendo-a chorar sua morte e tentar encontrar seu assassino.

Jackson disse à Reuters que ficou espantado ao constatar que, em sessões de pré-estreia do filme, o público "simplesmente não ficou satisfeito" com a cena da morte de um personagem.

"As pessoas queriam muito mais violência", disse ele. Então o diretor da trilogia "O Senhor dos Anéis" voltou à sala de edição, "basicamente para acrescentar mais violência e sofrimento."

"Olhar do Paraíso" é um dos filmes mais aguardados do ano, porque o livro foi um sucesso tão grande e porque Jackson criou a partir dos livros amados da trilogia "O Senhor dos Anéis," de Tolkien, filmes que foram ao mesmo tempo fiéis aos livros e divertidos para o público que os viu no cinema.

Em "Um Olhar do Paraíso", Stanley Tucci representa o homem que violenta e mata Susie. Não há mistério quanto a sua identidade, "mas quanto ao que vai acontecer com ele", disse Jackson.

O diretor disse que é importante que o filme receba nos EUA uma classificação PG13, indicativa de que é voltado a um público acima de 13 anos de idade.

Essa classificação é vista pelos estúdios de Hollywood como sendo a que atrai o maior público possível.

IAIN BLAIR - REUTERS

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