sábado, 21 de novembro de 2009

THE PRISONER


Desde o chamativo promo liberado na ComicCon deste ano, The Prisoner se tornou a mini-série mais aguardada do ano. Sua beleza estética é gritante e o elenco encabeçado pelos ótimos Ian Mckellen (O Senhor dos Anéis, X-Men) e Jim Caviezel (A Paixão de Cristo) são elementos que me atraíram logo de cara. Depois de assistir essas duas primeiras partes da mini-série posso resumir esse início em três palavras: confuso, longo e intrigante.


Spoilers Abaixo:


The Prisoner é uma adaptação da série britânica de mesmo nome produzida pelo canal americano AMC. Os fãs de Mad Men e Breaking Bad sabem exatamente o nível de qualidade que esse novo canal a cabo anda trazendo para o mercado. Por mais que eu mesmo não seja um grande fã de Mad Men e Breaking Bad, é inegável que essas duas séries possuem qualidades únicas, caso contrário, não estariam fazendo a limpa nos principais prêmios televisivos. E é exatamente isso que The Prisoner nos apresenta: qualidades únicas.

Os personagens possuem números como nomes, cada episódio duplo tem 90min (praticamente um filme por noite) e ao todo serão três episódios duplos em três noites consecutivas.

A confusão e frustração que as primeiras partes proporcionam são propositais. O roteiro quer nos fazer sentir aquilo que o 6 está sentindo desde os momentos iniciais quando ele acorda no meio do deserto e começa a tentar entender onde diabos está. Para aqueles que gostam de flashbacks e flashforwards em todas as cenas para poderem entender tudo mastigadinho, já vou avisando que grande parte do deleite de acompanhar The Prisoner é acompanhar também as descobertas de 6 e abraçar a confusão junto com ele. A primeira coisa que 6 descobre é A Vila.

A Vila não é uma vila qualquer, é A Vila. Sua arquitetura é dos anos 60, cercada por palmeiras, onde pessoas gentis que não sabem nada além da existência da Vila, transitam sob os dias ensolarados. 6 aparentemente é a única pessoa que tem visões de uma outra vida, uma vida em New York nos dias de hoje. Nessas visões ele trabalhava para uma grande companhia como analista de comportamentos humanos, mas depois de notar algo de errado, resolve se demitir da companhia. Acredito que o motivo da demissão e a tal companhia são as chaves para o mistério de tudo.

Se Jim Caviezel está muito bem no papel de 6, Ian Mckellen está fantástico no papel de 2, o idolatrado e misterioso líder da Vila. 2 observa atentamente as tentativas frustrantes de fuga de 6. Não existem muros, grades ou portas trancadas na Vila, apenas deserto para todos os lados, e é exatamente isso que deixa 6 frustrado, afinal, por mais que ele esteja livre, ele está aprisionado.

Dois outros personagens que eu acredito que serão muito importantes na trama são o taxista 147 e o filho do 2, 1112. 147 esteve bastante presente na primeira parte e deixou claro que sempre que o 6 precisar, ele está a disposição. 1112 é bastante questionador e penso que algum momento vai se tornar um importante aliado do 6.

Na segunda parte a trama foca mais na suposta família de 6. Seu irmão da Vila morreu afogado da mesma forma que o irmão da outra vida. Lógico que a bizarra esfera ajudou nessa “coincidência”, mas o importante desse acontecimento foi a dor que o 6 demonstrou com a morte do 16. O 16 não era seu irmão, mas mesmo assim ele sentiu a perda de maneira muito profunda. Será que o 2 de alguma forma está conseguindo trazer o 6 para a realidade da Vila? Aliás, o que é realidade e o que é ilusão? Ficamos propensos a acreditar que A Vila não é real, mas e se for ao contrário? E se NY não existe? É de pirar a cabeça mesmo, e por essa e outras questões que The Prisoner é tão atraente.

Amanha (17/11) as duas últimas partes da mini-série vão ao ar nos EUA e com isso todas as nossas perguntas serão respondidas (espero eu). Vale a pena acompanhar The Prisoner e vamos cobrir toda essa saga aqui no Série Maníacos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário