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Com episódio explosivo, “Person of Interest” encerra temporada

 

Quem acompanhou a primeira temporada de Person of Interest deve ter tido vontade de largá-la em muitos momentos. Seja no início, quando os episódios repetiam as fórmulas sem sequer avançar em sua narrativa, ou pelo meio, quando a série voltou a ficar repetitiva. Entretanto, aos poucos Person of Interest foi construindo a sua narrativa até atingir o ápice nesta incrível season finale, que deixou um cliffhanger que fará muita gente torcer para a série voltar logo.

Produzida por J.J Abrams e criada por Jonathan Nolan, irmão de Christopher Nolan que também assina as produções da recente franquia de Batman, Person of Interest se concentrou em grande parte da sua temporada nos casos procedurais de números de CPF, que eram escolhidos por uma máquina que estava sempre vigilante e foi criada logo após o 11 de setembro por Harold Finch (Michael Emerson).

Mas para ajudá-lo, ele precisava de alguém com habilidades e, por isso, recrutou John Reese, um ex-soldado que ficou conhecido como o “homem de terno”. Demorou para que a série entrasse realmente nestes personagens, mostrando o passado de ambos. Como a temporada é longa, os roteiristas souberam preparar o terreno para que as suas vidas pudessem estar em sintonia com aquilo que vemos na série.

John Reese, por exemplo, se viu envolvido em um caso parecido com o que aconteceu em New Rochelle, quando ele ficou sabendo que, na realidade, sua esposa havia sido assassinada e não morta em um acidente de carro. Já Harold Finch esconde um passado ainda mais sombrio, uma vez que decidiu largar tudo (inclusive a esposa) fingindo a própria morte para proteger aqueles que ama.

Construir a máquina dá para Finch a oportunidade de ajudar as pessoas que ela sorteia a partir dos números de CPF. No entanto, ela também é a responsável por gerar problemas que começaram a vir à tona por um analista da NSA que, ao descobrir sobre a máquina, desencadeou uma série de fatos que ajudaram a formular a história desta season finale. O episódio foi digno de um final de temporada: com muita intensidade dramática e bastante ação, no melhor estilo Sr. Reese.

Mudanças de narrativa
Mas, até chegar neste episódio, Person of Interest também soube mudar a sua narrativa no momento certo, mudando o foco dos seus temas sem deixá-los de lado.

Quando a série deixou de ser um mero drama procedural, por exemplo, a história se concentrava em Elias, um sujeito que se infiltrou na máfia quando adolescente com o intuito de vingar a morte da sua mãe. Porém, ele começou a controlar a cidade e a polícia com um jogo de ambição que rendeu excelentes episódios.

Desde que Elias foi preso, os policiais corruptos da HR tiveram que mudar o modo como agiam. Mesmo porque, aquele dinheiro que eles estavam recebendo havia sido confiscado. Isso também se reflete na season finale, quando vemos eles tentando cumprir uma ordem de execução para conseguirem engordar a conta bancária.

E é por isso que Person Of Interest impressiona pelo fato de ter conseguido mostrar, mesmo sem entrar em muitos detalhes, como o sistema funciona. E, logo em seguida, como manusear a máquina por Finch é tão perigoso. Ainda que a série tenha cometido alguns deslizes – a resolução para o analista da NSA foi ridícula – a série encerrou a temporada com um ótimo cliffhanger para o seu segundo ano.

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