quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Doctor Who

a 2ª melhor série da atualidade

Paula Pötter | Opinião, Top Maníacos 




Com todo respeito à lista do Série Maníacos e à opinião dos demais colaboradores do site, eu preciso dizer que em minha opinião, Doctor Who é a melhor série da atualidade.

Informações importantes sobre a lista: esse top 10 foi formado através de uma votação entre os colaboradores do Série Maníacos. Cada um escolheu três séries diferentes, que ainda estão no ar dando notas de 1 a 3. A série com a maior nota depois da somatória geral ganhou o título de “A Melhor Série da Atualidade”. Dexter e Breaking Bad fazem parte da lista de melhores séries da década, portanto fica claro que elas já estão entre as melhores séries da atualidade, na opinião dos colaboradores desse blog. Apenas séries veteranas com mais de uma temporada foram consideradas, ou seja, produções aclamadas como Game of Thrones não entraram. A lista será atualizada semanalmente até a medalha de ouro.

Eu tenho muita inveja das criancinhas britânicas que podem crescer assistindo o Doutor viajar no espaço-tempo na sua nave em forma de cabine de polícia azul. Correr para trás do sofá no primeiro “ex-ter-mi-nate”, não dormir com medo dos Weeping Angels, se vestir de Doctor e sair por aí explorando, ter uma TARDIS no quintal… Tudo isso foi roubado de mim só porque eu nasci no lugar errado e na época errada. Só fui conhecer Doctor Who quando já era bem grandinha, mas lembro de assistir a Rose e o Doutor fugirem de manequins com um sentimento nostálgico de algo que eu certamente teria amado quando era criança.

Sei que tem muita gente por aí que adora dizer que Doctor Who não é uma série infantil, que a era Moffs é muito creepy para crianças, como se ser uma série infantil ou uma série família fosse algum demérito. Uma das coisas que eu mais gosto em Doctor Who, é que durante os 40 e poucos minutos de episódio, a série me transforma em uma garotinha capaz de se empolgar genuinamente com o que acontece na tela. E bem, eu posso não me esconder atrás do sofá ou ter uma TARDIS no quintal e até consigo dormir apesar dos Weeping Angels, mas eu tenho meu cachecol gigante do 4º Doutor para usar por aí.

Vai ser difícil segurar o lado fangirl neste texto, caso vocês não tenham notado, eu sou completamente apaixonada por Doctor Who… Pelo sorriso maníaco do Eccleston, pelos ramblings intermináveis do Tennant, pelo Doutor meio criança autista meio velho de 900 anos do Matt Smith, pela forma como a Rose diz Doctah, pelos surtos de raiva da Donna, pelas canalhices do Jack, pela dinâmica entre o Rory e a Amy, pelos “Hello Sweety” da River, pelo som da TARDIS aterrissando ou do coro de “ex-ter-mi-nate!”… São tantos detalhes bobos!

Existe uma sillyness em Doctor Who que é fantástica, uma habilidade de dar sentido as coisas mais absurdas imagináveis. Eu já repeti tantas vezes, mas Doctor Who é uma série que não se leva a sério até o momento exato em que precisa e é isso que a faz ser tão gostosa de assistir. Doctor Who tem uma infinidade de personagens fantásticos, alguns que só precisam de um episódio para fazer nós nos importarmos e muitos que nos deixam cheios de saudade. Tem as melhores soluções de plots – do trabalho de costureiro inacreditável do Russell nas quatro primeiras temporadas ao domínio não-humano que o Moffs tem sob seus roteiros. E tem o infinito para explorar em suas histórias.

Eu sempre gosto de pensar em Doctor Who como uma série imortal. A série surgiu em 1963, permaneceu na grade da BBC por 26 temporadas até 1989, sobreviveu a 16 anos de hiato na TV (e a um filme em parceria com a FOX) sem que novas histórias do Doutor deixassem de ser lançadas em livros, quadrinhos, audio-livros e demais formatos imagináveis e retornou em 2005 como se nunca tivesse deixado seu tradicional horário nos sábados da BBC.

Assim como seu protagonista tem a habilidade de mudar todas as células do seu corpo e se transformar basicamente em outra pessoa para escapar da morte, Doctor Who tem a habilidade de mudar tudo, protagonistas, roteiristas, cenários, e até o tom da história e ainda assim permanecer Doctor Who. Não é preciso assistir tudo para acompanhar a história, é natural que cada novo Doutor conquiste novas gerações (e velhas) gerações de fãs da série. E se um dia a audiência de Doctor Who estiver baixa como estava em 1989 e a BBC não encomendar uma nova temporada da série, eu tenho certeza que o Doutor vai continuar em outras mídias e que depois de um tempo algum roteirista que cresceu assistindo as histórias do Russell e do Moffat vai convencer a BBC a trazer Doctor Who de volta para a TV.


3ª – Fringe
4ª – Community
6ª – Mad Men
8ª – 30 Rock

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