quinta-feira, 10 de setembro de 2009

RAUL SEIXAS















































































21 de agosto, completaram 20 anos sem Raul Seixas.



Raulzito foi umas das minhas principais influências da minha formação musical.



Escuto e sou fã desde criança, possuo seus 21 discos, biografias, camisetas, e o principal, escutei muito Raul.



O maior nome da contra-cultura brasileira, Raul Seixas em 19 anos de uma curta carreira se tornou um fenômeno admirado por uma grande parte da geração dos 70 e 80 e continua ecoando até hoje, fazendo novos fãs.



Gênio, Kitsch, brega, místico, Raul teve diversas faces e fases musicais. Suas letras falam de amor, política, fatos cotidianos e sobretudo de liberdade.



Nos deixou um grande legado não apenas musical mas de costumes e comportamento.



Anarquista até o fim da vida, desdenhou da redemocratização, e em 1989, na campanha presidencial pregava o voto nulo, para não sustentarmos parasitas, desconstruindo políticos da esquerda e da direita.



Raul Seixas nasceu em 28 de junho de 1945, em Salvador e começou a escutar rock'n'roll adolescente, com seus amigos americanos, pois era vizinho do consuldado norte-americano onde já havia discos de Elvis Presley.



Na década de 60 montou uma banda de rock, Raulzito e seus Panteras que chegaram a gravar um disco em 1968.


Depois se muda para o Rio de Janeiro e 'depois de passar fome por dois anos na cidade maravilhosa' vai trabalhar como produtor na rádio CBS, importante gravadora da época, que tinha como contratado Roberto Carlos.


Raul lança nomes como Leno e Lilian, Jerry Adriani e ele próprio, quando grava ao lado de Edy Star, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada o disco 'Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez', um disco alegórico, tropicalista que foi um fracasso de público e levou Raul a sair da gravadora.


Começa então sua carreira-solo, e cantando em festivais. Em 1973, grava seu primeiro disco solo: Krig-ha Bandolo, com produção de Mazola e coordenação de Roberto Menescal, este que é sem dúvida um dos maiores discos da história da música popular brasileira.


Nesse disco estão, dentre outras: Mosca na Sopa, As Minas do Rei Salomão, Al Capone e Ouro de Tolo que foi seu primeiro hit, tocado em todas as rádios brasileiras dando início ao raulseixismo.



Em 1974, começa a sua parceria mística com Paulo Coelho e ele lança o estonteante Gita, e também a Sociedade Alternativa, por conta dela passa uma temporada fora do país, retornando após o sucesso de Gita.



Em 1975, lança Novo Aeon, também de grande qualidade com músicas como Paranóia e Tente outra Vez, e no ano seguinte Raul surpreende mais uma vez e lança mais um disco fenomenal 'Eu nasci há dez mil anos atrás', já mostrando suas fusões de ritmos e experimentação por diversos estilos além do rock, o blues, o baião, o country até o tango como em 'Canto para Minha Morte'.



Lança mais alguns discos em 1979, fazendo grande sucesso com Maluco Beleza.



Mas as drogas e o alcool fazem Raul ter seus primeiros problemas de saúde, e sua vida particular também se torna turbulenta com suas separações (Raul casou-se cinco vezes), entrando em declínio nos anos 80.


Lança Abre-te Sésamo, Raul Seixas, em 1983 que contem o hit 'Carimbador Maluco', e em 1984 mostrou que sua criatividade e inventividade musical ainda continuava em pleno fervor com o grande disco 'Metrô Linha 743', com este disco que Raulzito conquista seu terceiro disco de ouro.


O hit desse disco foi 'Cowboy fora da Lei', e também a faixa-título a execelente 'Metrô Linha 743' explicita a influência de Bob Dylan na composição de Raul.


Mas mesmo com este suceso, devido aos excessos, fica por quase três anos sem se apresentar em público, apenas gravando.


Foi quando o líder do Camisa de Vênus, Marcelo Nova, trouxe Raul de volta aos palcos, e gravando seu último album 'A Panela do Diabo' em resposta a evangelicos que diziam que Raul era 'a besta do acocalipse'. Este talvez seja um dos discos mais auto-biográficos de Raul, quando ele disse: "Vou morrer cantando Rock'n'Roll".Em meio às celebrações ao "rockão antigo" e canções autobiográficas, a panela preparada por Raul e Marcelo misturava Salman Rushdie, Sting e cacique Raoni em Best Seller e ainda davam uma espinafrada em Edir Macedo na divertida'Pastor João e a Igreja Invisivel'.


Então como disse Raul: "Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu." Raul continua vivo em sua obra e infelizmente sua desregrada vida não permitiu que ele pudesse compartilhar um pouco mais dessa grande veia criativa conosco.


TOCA RAUL!!!



Escrito por Bruno Baronetti

Um comentário:

  1. eu amo raul desde menina e continuo amando,pois para mim ele não morreu,e mais ainda,o meu gato persa branco se chama raul seixas em homenagem a ele.

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