sexta-feira, 27 de maio de 2011

Músicas inesquecíveis das séries



Sabe aquela música que quando você escuta lhe transporta imediatamente para certo momento de uma série que está guardado na sua memória? Que faz seus olhos encherem de lágrimas só de escutar? A seguir estão listadas músicas que remetem a grandes momentos do mundo das séries.



“Mr. Roboto” (Chuck)





“Já lançaram o CD do Jeffster?” e “Quanto é o cachê deles para tocarem no meu casamento?” foram algumas das perguntas que fiz após ver essa cena de Chuck. Esse momento musical (e a trilha sonora) da série mostra o que ela realmente é: peculiar. A diferente seleção de músicas que compõem a trilha é utilizada fantasticamente na série e o momento que prova isso é quando a série coloca o Sam Kinison e uma indiana lésbica para tocarem um clássico dos anos 80, Mr. Roboto, durante o casamento da Ellie com o Devon como plano musical de uma cena cheia de adrenalina, tiros, facas, agentes secretos caindo do céu, etc. Pode causar estranheza, mas funciona muito bem e nos oferece um dos melhores momentos da série. Clique aqui para assistir a cena.


“Don’t Stop Believing” (Glee)


Era quase que indispensável a presença de uma música de Glee na lista, afinal, música é o elemento mais importante da série e a que mais marcou o musical é sem dúvidas Don’t Stop Believing, que tem, em minha opinião, uma versão muito melhor com os estudantes do McKinley High do que com Journey. Foi no momento final do primeiro episódio quando a música foi tocada pela primeira vez que Glee provou que é uma série que vale a pena ser vista, é quase impossível todos que assistiram a série não serem transportados ao escutar o início da música para o fim do primeiro episódio ou para o Season Finale da primeira temporada. Eu, particularmente gostei muito das cenas finais do Pilot, mas o momento musical que marcou Glee aconteceu no Season Finale, onde todos nossos queridos cantores foram em busca do título nas regionais para manter o coral por mais tempo. Don’t Stop Believing com certeza é a música que melhor representa os losers que nunca param de acreditar do New Directions.

“Dice” (The OC)


Se eu pensar em motivos para indicar The OC para alguém, o primeiro deles seria a trilha sonora: simplesmente nenhuma série tem uma trilha sonora melhor que ela, o quarteto de Orange Country foi embalado por uma seleção de músicas absurdamente incrível. Todos os fãs da série tem pelo menos uma música decorada na cabeça, pode ser a música do funeral do Caleb, Hallelujah, etc.

Mas já que as séries só podem ocupar um lugar aqui, o momento musical de The OC que eu acho inesquecível aconteceu em The Countdown com a bela balada romântica chamada Dice (versão de Finley Quaye) que virou a música do casal principal da série.


Você pode ser contra a Marissa e o Ryan juntos, mas eu duvido que você não lembre a festa de réveillon organizada por Oliver, que estava com Marissa por causa da briga que ela teve com Ryan causada pelo velho “Eu te amo” prematuro, onde o nosso protagonista correu contra o tempo para se desculpar e dar o tradicional beijo de boa sorte na virada do ano. Ele conseguiu e de sobra mandou o “Eu te amo” causador de toda a discórdia, tudo isso com Dice tocando ao fundo. Por participar tão profundamente de uma das melhores cenas de toda a série, Dice não poderia faltar numa lista como essa.



“Eye of the Tiger” (Supernatural)




Façam uma pergunta sincera a vocês mesmos que assistem essa série: Por que eu ainda continuo vendo isso? Quando acabou a sexta temporada semana passada, eu refleti e respondi: “Porque mesmo não sendo seu objetivo principal, ela me faz rir e tem uma ótima trilha sonora”. Aqueles que têm outros motivos, por favor, apareçam nos comentários.


Eu poderia facilmente escolher Heat of the Moment para entrar na lista, mas aquela hora em que o Jensen canta Eye of the Tiger (Survivor) em Yellow Fever sem ninguém esperar representa Supernatural para mim, é muito difícil desde esse momento eu lembrar a série sem relaciona-la com a música. O episódio como um todo, não teve um caso interessante, mas o Dean todo medroso e assustado após contrair a doença que matou um maratonista rendeu boas risadas (muitas).



As próprias pessoas responsáveis pelo projeto parecem entender melhor seu produto há alguns episódios, tanto é que o episódio da série enviado a banca de jurados do Emmy esse ano foi The French Mistake. Até eles sabem que não vale mais a pena levar a SPN a sério. Cliqui aqui para assistir.


“Make Your Own Kind of Music” (Lost)


Depois de se tornar o fenômeno que virou na primeira temporada, Lost chegou a seu segundo ano logo com mais mistérios que nos deixaram malucos em busca de respostas, na primeira cena da Season Premiere da segunda temporada vimos um homem apertando um botão, colocando uma música no toca-discos e se preparando para mais um dia de sua vida, a maioria das pessoas pensaram que aquilo que estavam assistindo era mais um flashback da série, só que nada em Lost foi tão simples, a música é então interrompida após Locke explodir a escotilha e a partir deste momento surgiu Desmond e a música que tocava durante sua “apresentação” era Make Your Own Kind of Music de “Mama” Cass Elliot.


Esse é um momento marcante porque Desmond é o personagem com que mais me identifiquei de todos da ilha, tanto é que os episódios envolvendo seu romance com Penny são para mim os melhores da série (Flashes Before Your Eyes e The Constant) e a medida com que vamos descobrindo a personagem vamos percebendo como essa música é a sua cara, pois a letra fala justamente sobre uma pessoa que procura ocupar seu tempo por causa da solidão e é inegável que essa música foi feita para Desmond porque o pobre coitado ficou anos preso sozinho em uma ilha pensando que estava salvando o mundo.


“Breath Me” (Six Feet Under)


Atenção, a cena abaixo é a cena final da série. Mega spoiler alert!


Talvez nove em cada dez pessoas que viram SFU rolaram a barrinha do mouse até ver o nome Breath Me (versão de Sia) neste texto. Foi impactante, um tiro certeiro, emoção pura, assim que a música tocou no Series Finale da fantástica Six Feet Under as lágrimas saíram. Lógico, depois de transformar seis minutos finais em sessenta minutos só de rever os últimos momentos, a primeira coisa que fiz foi procurar essa música no Google. Ela combina perfeitamente com o final porque a família Fischer, nada mais é que uma família completa de pessoas vulneráveis que se acostumaram a ver as consequências da morte diariamente por cuidarem de uma funerária, o que a letra da música representa muito bem, e consequentemente, à medida que as temporadas passavam, eles passaram para nós uma sensação de que nada poderia os abalar porque eles já tinham visto o pior que a vida pode oferecer, mas ao mostrar o futuro das personagens no final, ocorre esse contraste entre vida e morte que chega a nos desestabilizar ao perceber que tudo está acabando e a única coisa que podemos fazer é falar: Rest in peace Six Feet Under, você cumpriu o seu papel.


“When I’m Gone” (Monk)


Existem muitos compositores que fizeram história na TV e no cinema, entre todos eles, o meu preferido é o vencedor de dois Oscars, três Emmys e cinco Grammys: Randy Newman. A música When I’m Gone tocou na última cena de Monk e representa tudo aquilo que estava ocorrendo na cena. Depois de resolver o mistério do assassinato de sua esposa, Adrian Monk estava “livre” para se despedir da TV depois de nos proporcionar várias gargalhadas durante oito temporadas. A letra da música trata especialmente de despedidas, quanto elas doem e a saudade que causam e a cena final mostra o quanto todas as personagens evoluíram (Monk nem tanto) durante esse tempo e seu destino. Essa mistura faz da cena inesquecível porque ao mesmo tempo em que cenas marcantes presentes anteriormente, como a inicial e a do suicídio do Rickover, nos emocionaram, a música tenta amenizar toda essa emoção, falando que isso não é um adeus, apenas um até logo. A música perfeita para o momento perfeito.


“When A Man Loves A Woman” (The Wonder Years)


The Wonder Years precisou apenas de um episódio para provar que tinha uma brilhante trilha sonora, é fácil para qualquer fã da série nos comentários falar de outra música marcante, pois ela tinha uma trilha sonora muito abrangente, mas o momento musical de Wonder Years que é inesquecível aconteceu logo no primeiro episódio porque assistimos um dos momentos mais marcantes da série: o primeiro beijo de Kevin e Winnie embaixo da árvore. When A Man Loves A Woman (a versão de Percy Sledge) combinou perfeitamente não só com a circunstância em que tocou, além do momento do beijo, a narração do Kevin adulto falando sobre o anonimato do subúrbio e a inconsciência da geração da TV deixou a cena ainda mais marcante. Embora a premissa de um garoto que vive no subúrbio não agrade muita gente, Wonder Years nos fez refletir durante seis anos como a infância passa rápido, e para mim foi naquele momento que tudo começou.


Obs: A série não ter sido lançada em DVD até hoje continua um crime sem resolução, alguns podem falar que custaria muito dinheiro comprar os direitos das músicas que tocaram na série, mas sinceramente, se os chefões da ABC um dia ousarem lançar a série em DVD sem as músicas, eu (mesmo sendo fanático pela série) não comprarei.


“Rocket Man” (Nip/Tuck)


Eu faço parte dos poucos que acham que Nip/Tuck poderia durar um pouco mais. A série foi fantástica em quase todos os sentidos, desde o objetivo básico que era criticar a vaidade dos seres humanos que buscam o chamado “corpo perfeito” através de cirurgias plásticas até seus elementos auxiliares como sua trilha sonora, as músicas que eram tocadas durante as cirurgias eram tão boas que até distraiam sua mente um pouco das operações realistas (ou nojentas, para quem quiser assim) que eram realizadas, mas quando eu lembro Nip/Tuck a primeira cena que vem a cabeça é a cena do suicídio de Megan O’Hara, o ponto exato que a série atingiu o apogeu, nada que veio antes e nada que veio depois é tão marcante para mim como esse momento. Todo o drama de Megan, portadora de um câncer que ela pensava ter sido curado, mas voltou sem chance de cura, em busca do corpo perfeito chegou ao fim quando ela decidiu se suicidar na companhia de Sean. 

O que fez essa cena inesquecível não foram apenas as ótimas atuações e a direção, mas também Rocket Man (versão de Elton John) que fala sobre um astronauta que põe seu trabalho acima de tudo, que combinou perfeitamente com o momento, principalmente por causa do piano utilizado na música que deu uma carga emocional extremamente alta que eu talvez não seja capaz de descrever nesse parágrafo, então por favor, vejam o vídeo acima.


Obs: Existem outras séries que nunca cheguei a acompanhar, mas são muito conhecidas por suas músicas marcantes como Friday Night Lights, Grey’s Anatomy, One Tree Hill, etc. Se você acha que essas séries possuem momentos musicais marcantes, por favor, não deixe de mostra-los nos comentários.

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