domingo, 27 de março de 2011

 

Na volta ao Brasil, Morcheeba diz que fuma maconha 'para entender os fãs'

Banda quer paralisar o relógio às três da manhã neste sábado (27/03/2011) em SP.


'É a hora de ouro. As músicas sempre soam melhor', explica líder do grupo.

Braulio Lorentz 
Do G1, em São Paulo


A banda Morcheeba (Foto: Divulgação) 
 A banda Morcheeba (Foto: Divulgação)


As intenções do Morcheeba, que toca em São Paulo neste sábado (26), são mais estranhas do que as das outras bandas. "Queremos fazer quem nos ouve se sentir como se fosse sempre três horas da manhã", conta o multi-instrumentista Ross Godfrey ao G1.


"É a melhor parte do dia. Você sabe que deveria estar na cama, mas não está. É a hora de ouro. As músicas sempre soam melhor nessa hora. Queremos recriar a sensação deste período, uma música relaxante. Mesmo que você esteja no trabalho ouvindo no seu iPod, quero que você se sinta como se fosse três da manhã", explica o músico, cheio de afeto pelo disco "Blood like lemonade", lançado no ano passado.

Queremos tocar uma música relaxante. Mesmo que você esteja no trabalho ouvindo no seu iPod, quero que você se sinta como se fosse três da manhã Ross Godfrey, do Morcheeba.
Na banda de trip hop liderada por ele, quem se destaca é a cantora Skye Edwards. Ross e seu irmão Paul, no entanto, são as cabeças (carecas) por trás da sonoridade do trio. Skye chegou a ficar fora do grupo de 2003 a 2010, período que coincidiu com a vinda do Morcheeba ao Brasil há seis anos. "Estar com ela é como mágica. Ela é uma ótima cantora e é divertida", elogia.


Hoje, ele fala bem da parceira, mas nem sempre foi assim. Ross já afirmou estar cansado de seus dois colegas de grupo, famoso por unir música eletrônica britânica e hip hop americano. "Precisámos de um tempo. Ficamos dez anos em estúdio e viajando o tempo todo. Agora somos mais velhos, nos respeitamos mais. Também não deixamos nossa agenda tão louca. Ficamos mais cuidadosos. Sabemos mais como funciona uma relação, como ela é frágil."
Maconha? É só pelos fãs
A maconha também ajudou um bocado, diz ele. Ross vive a louvar os efeitos da erva para o Morcheeba. "Não é necessariamente uma influência para nossa música. A maconha faz com que vejamos as coisas de uma outra forma. Sei que a maioria dos nossos ouvintes fuma maconha... Então, quando a gente fuma durante a gravação é também para entender um pouco como eles pensam", despista.


Ao comentar as mudanças na música eletrônica nesses mais de 15 anos de grupo, Ross é sucinto. "Antes, queríamos soar modernos com equipamento velho. Agora, a tecnologia mudou tudo. O que demorava dois dias agora demanda cinco mintutos", compara.


A facilidade para gravar canções aparece também nas trilhas que ele cria, como a do filme "Confissões de uma garota de programa" (2009). "O último filme que fiz foi esse, com o [diretor] Steven Sondeberg. Quero fazer cada vez mais filmes. Quando for velho, pretendo fazer isso o tempo todo. Mas vou fazer um show ou outro também", profetiza.


Morcheeba no Brasil

Quando:
26 de março, às 22h

Onde: HSBC Brasil - R. Bragança Paulista, 1281, Chácara Santo Antônio

Ingressos: R$ 300 (camarote e pista vip), R$ 120 (pista), R$ 180 (cadeira alta), R$ 200 (frisas)


26/03/2011 12h43 - Atualizado em 26/03/2011 12h44

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