O chimpanzé Chita ou Cheetah (seu nome em inglês), que protagonizou 12 filmes de “Tarzan” nas décadas de 30 e 40, morreu em consequência de problemas renais no refúgio de animais The Suncoast Primate Sanctuary de Palm Harbor, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. “É com grande pesar que comunicamos a perda de um querido amigo e um membro da família em 24 de dezembro de 2011″, afirma o site do Santuário.

Chita, que estava no livro Guinness dos Recordes como o macaco mais velho do mundo, participou, entre muitos outros, dos filmes “Tarzan , o Homem Macaco”, de 1932,  e “Tarzan e sua Companheira”, de 1934, clássicos protagonizados por Johnny Weissmuller e Maureen O’Sullivan.

O famoso animal nasceu originalmente na Libéria e se chamava Jiggs. No cinema, foi rebatizado como Cheetah e ficou conhecido no Brasil como Chita, o que gerou uma confusão e fez com que o público acreditasse que se tratava de uma macaca, quando na verdade Chita era um macho.

Quando se aposentou, o chimpanzé foi para o Santuário em 1960. Segundo o diretor do local, Debbie Coob, Chita amava pintar com os dedos e assistir jogos de futebol americano e ficava calmo ao ouvir músicas cristãs: “Ele sabia quando eu tinha um dia bom ou ruim. Sempre tentava fazer com que eu sorrisse se estivesse em um dia ruim. Era muito sintonizado com os sentimentos humanos”, declarou Cobb.

Ron Priest, um voluntário que trabalha no santuário, afirmou que Chita se destacava porque conseguia parar com as costas erguidas, como um humano, além de ter outros talentos. “Quando não gostava de alguém ou algo acontecia, pegava parte de seus excrementos e lançava. Podia arremessar a quase nove metros através das barras de sua jaula”, disse Priest.

Apesar do estrelato, o macaco teve cerca de uma dezena de chimpanzés dublês nas filmagens ao longo dos anos, mas sempre foi o chimpanzé oficial dos filmes. Curiosamente, o personagem não existe nos livros de Edgar Rice Burroughs, autor das aventuras originais de Tarzan.