sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

THE GIRL WHO PLAYED WITH FIRE (Flickan som Lekte med Elden)



O primeiro filme da série Millennium, OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (2009), estreou no Brasil em maio de 2010 pela Imagem Filmes, mas foi um fracasso de bilheteria, mesmo sendo um thriller bem eficiente, que não fica devendo aos melhores produzidos em Hollywood atualmente. O segundo filme, que até já tinha ganhado o mesmo título do livro ("A Menina que Brincava com Fogo") estava previsto para julho, mas a distribuidora Imagem Filmes foi adiando e adiando até chegar ao ponto de devolverem os direitos de distribuição para a produtora. E até agora nenhuma outra distribuidora teve a boa vontade de lançar o filme sequer em dvd. Até porque THE GIRL WHO PLAYED WITH FIRE (2009) está longe de ser tão bom quanto o primeiro filme.

Muito disso se atribui ao fato de o segundo livro ser maior (tem mais de 600 páginas) e muito mais complicado de se adaptar, com tramas e subtramas intrincadas para caberem em apenas duas horas. Se bem que as duas horas do filme são bem longas e arrastadas, embora alguns momentos sejam bem intensos e interessantes e os dois protagonistas sejam bons. Mas o momento atual é de esperar o remake americano do primeiro filme, dirigido por David Fincher, que está para estrear nos Estados Unidos dentro de duas semanas. Por enquanto, a data prevista para o Brasil é 27 de janeiro, junto com o novo Clint (J. EDGAR) e o novo Alexander Payne (OS DESCENDENTES), mas tudo pode mudar com o anúncio dos indicados ao Globo de Ouro. Pois é, dias melhores virão para o circuito exibidor nacional.

THE GIRL WHO PLAYED WITH FIRE, ao contrário do que eu imaginava, não é uma espécie de prequela do primeiro filme, com o objetivo de mostrar o passado de Lisbeth (Noomie Rapace), a garota que foi abusada e estuprada, mas que deu a volta por cima, se vingou do seu aproveitador sádico e que virou uma hacker de primeira linha. Tanto que no primeiro filme, ela é quem ajuda o jornalista investigativo Mikael Blomkvist (Michael Nykvist) a solucionar um crime. Agora é a vez de ele ajudá-la. A trama envolve tráfico de mulheres para serem feitas prostitutas e o envolvimento de figurões da alta sociedade.

Quanto a Lisbeth, ela continua sendo a melhor personagem, embora apareça um pouco mais frágil neste segundo filme. Se bem que pode ser até mais frágil na aparência, mas na resistência, vemos que ela até se supera, como se pode ver nas sequências finais. Um dos inimigos mais interessantes do filme é um sujeito loiro meio gigante, que tem um problema com as terminações nervosas e não sente dor. Assim, com a altura e os músculos que tem, ele se torna quase indestrutível. A trama é um pouco mais confusa que a do filme anterior, mas provavelmente isso se deve a problemas de adaptação do romance. O filme deve ficar bem claro para quem leu o romance, mas isso não lhe traz mérito, já que ele deve se sustentar sozinho. O resultado são duas longas e penosas horas.

Quanto a Noomie Rapace, a moça já despertou a atenção dos olheiros de Hollywood e em breve poderá ser vista nos novos trabalhos de Guy Ritchie (SHERLOCK HOLMES – O JOGO DE SOMBRAS), Ridley Scott (PROMETHEUS), David Slade (THE LAST VOYAGER OF DEMETER) e Catherine Hardwick (KNOCKOUT)

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