sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A VIDA DE BRIAN (Life of Brian / Monty Python's Life of Brian)


O Natal está chegando e nada como um filme clássico sobre os tempos de Jesus para celebrar esta data tão especial. Ok, A VIDA DE BRIAN (1979) não é bem um filme para se assistir com toda a família, incluindo as crianças e os membros da igreja, mas aconteceu de rolar numa sessão privada numa pequena (mas bastante farta) confraternização de uma turma de amigos ontem à noite. E eu lembrei à turma da presepada que eu fiz no tempo que eu indiquei o filme para um amigo Testemunha de Jeová, que deve ter ficado horrorizado, principalmente com a cena do apedrejamento. Ainda mais se ele tiver visto o filme com o pessoal de sua igreja.

Ainda assim, além de ser uma das melhores comédias de todos os tempos, A VIDA DE BRIAN é uma aula de História Judaica nos tempos de dominação romana. E pode-se dizer que é o melhor dos filmes do grupo Monty Python, o que mais tem sequências antológicas, algumas delas que ainda me faz rir até engasgar, como a de Pôncio Pilatos (Michael Palin) e os seus guardas, que não se aguentam de rir de sua língua presa.

O filme conta a história de Brian (Graham Chapman), um sujeito que nasceu no mesmo dia e no mesmo lugar de Jesus. Porém, quis o destino que ele não fosse tão conhecido quanto o Filho do Homem. Nem ele queria, aliás. O coitado foi apenas vítima das circunstâncias, de um tempo em que os judeus estavam sedentos de um salvador, de um tempo em que proliferavam profetas por todos os lados. Um deles, mostrado no filme, inclusive, faz lembrar João Batista, com aquele olhar selvagem.

A VIDA DE BRIAN voltou a ser foco de discussão recentemente, quando do lançamento do documentário GEORGE HARRISON – LIVING IN THE MATERIAL WORLD, de Martin Scorsese. Isso porque Harrison foi um dos produtores do filme. E como o ex-Beatle sempre teve uma mente aberta, não foi de pensar que o filme estaria denegrindo ou fazendo chacota da religião judaica e da religião cristã. Ao contrário, ele só se divertia, à medida que o filme ia se tornando mais controverso. Homem sábio esse George.

P.S.: Está no ar a nova edição da Revista Zingu!. O destaque da vez é o Dossiê Jair Correia, mais conhecido por dirigir o primeiro slasher nacional, SCHOCK: DIVERSÃO DIABÓLICA. Há também dois especiais: um de homenagem a Jece Valadão e outro sobre a Aids no cinema brasileiro. Contribuí com duas resenhas: uma sobre o suspense OS AMORES DA PANTERA (1977), de Jece Valadão; e outra sobre o ótimo documentário DZI CROQUETTES (2010). Confiram, leiam, divulguem! A gente agradece!

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