sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MISSÃO: IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA (Mission: Impossible – Ghost Protocol)



E não é que um diretor especializado em animação conseguiu fazer um trabalho muito bom na sua estreia na direção com atores! E numa produção de grande porte! Tudo bem que Tom Cruise e J.J. Abrams, como produtores, estavam ali ao lado para ajudar, mas ainda assim não deixa de ser surpreendente o resultado. Pelo que comentam, desde o primeiro MISSÃO: IMPOSSÍVEL (1996), dirigido por Brian De Palma, Tom Cruise já dava os seus pitacos. Mas sempre respeitando o autor. Cada um dos filmes da cinessérie tem a cara de seu diretor e por isso destoam, por exemplo, dos filmes de James Bond, seus parentes mais próximos, que em geral são dirigidos por cineastas sem muita personalidade.

MISSÃO: IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA (2011) traz Brad Bird, diretor das belíssimas animações O GIGANTE DE FERRO (1999), OS INCRÍVEIS (2004) e RATATOUILLE (2007), se saindo melhor do que a encomenda e provando que a distância entre a animação e o live action não é tão grande assim. No filme, o agente Ethan Hunt (Cruise) está numa prisão na Rússia e é resgatado pelo seu colega Benji (Simon Pegg) e pela bela agente Jane (Paula Patton) para participar de mais uma daquelas missões. Como a missão foi considerada fracassada pelo Governo americano, o seu grupo, o IMF, está por conta própria. Desativado e clandestino. Mesmo assim, em off, uma missão muito perigosa lhes é passada.

E assim o grupo formado por Hunt, Benji, Jane e Brandt (Jeremy Renner) passam por lugares como a Rússia,os Emirados Árabes Unidos e a Índia, a fim de salvar o mundo de uma bomba nuclear. Mais detalhes são tão irrelevantes quanto pedir que o filme seja verossímil. O barato de MISSÃO: IMPOSSÍVEL é justamente a inverossimilhança. E ainda ser capaz de nos fazer ficar com as mãos grudadas na cadeira como se estivéssemos numa montanha-russa, como na cena em que Tom Cruise escala o prédio mais alto do mundo, em Dubai. Só de olhar para o prédio, já dá vertigem. E os efeitos digitais capricham bastante na criação dessa sequência.

A escolha de lugares mais exóticos para as locações foram bem acertadas e dá um colorido especial ao filme. A ideia de colocar uma tempestade de areia em plena sequência do edifício foi uma bela sacada. Assim como os momentos na Índia, onde podemos testemunhar de olhos bem abertos a sensualidade de Paula Patton na cena da festa. O elenco de apoio também ajuda a fazer-nos crer que há de fato um trabalho de equipe, principalmente na tal cena da troca dos diamantes pelos códigos – ou seja lá o que for, afinal, trata-se de um mcguffin. Menos dramático do que o terceiro filme (2006), que lidava com a esposa de Hunt, este quarto se assume como uma divertida aventura. Embora possa até ser mais do que isso.

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