O desespero de não encontrar uma saída seguido da dúvida se ela surgirá a tempo. Depois, ao perceber o básico sempre ignorado, de que não temos o controle de tudo, continuar resistindo, mas com uma certa calma para perceber o que aconteceu até ali e o que ainda poderá surgir – mesmo em delírio. Tudo isso sob a ótica de um garoto e sua busca por adrenalina.
Apaixonado por belas paisagens e pela ação, o protagonista de 127 Hours faz os espectadores mergulharem em belos cenários e em desespero. Não é qualquer um que deve aguentar a angústia desta história. E não é qualquer um que seria capaz de transformar a narrativa de um sujeito com um braço trancado em uma pedra em um cânion distante da civilização em algo interessante de ser visto. Pois bem, mais uma vez, o diretor Danny Boyle mostra porque é um dos grandes cineastas da atualidade. E há algum tempo. Se você quiser se aventurar a assistir a este filme (e esta é uma produção interessante de ser assistida), antes saiba que grande parte da história é o que eu disse acima, angustiante. E que há cenas bastante fortes – ainda, claro, que não se trate de um filme ao estilo de Saw.
A HISTÓRIA: Torcida, palmas, orações. Multidões comemoram, ganham dinheiro, competem. Correm. Vencem tempo, distâncias, desafios. Se divertem, vão trabalhar, voltam do trabalho, se encontram e se separam. Após várias cenas de gente mostradas em três telas divididas, acompanhamos os preparativos de Aron Ralston (James Franco) para sair de casa. Ele ouve um recado de Sonja, sua irmã, enquanto pega os suprimentos e equipamentos para mais uma de suas aventuras. Ele sai, deixando para trás a torneira pingando. Trânsito. No meio da noite, Aron sai pela estrada. É uma sexta-feira, 25 de abril de 2003. Acompanhamos a chegada de Aron em Canyonlands e, no sábado, sua ida, de bicicleta, até Blue John Canyon. Ali ele irá conhecer duas garotas, aventurar-se e ficar preso, por 127 horas, sem quase nada de água ou comida.
VOLTANDO À CRÍTICA (SPOILER – aviso aos navegantes que boa parte do texto à seguir conta momentos importantes do filme, por isso só recomendo que continue a ler quem já assistiu a 127 Hours): Dizem que, quando alguém está prestes a morrer, sua vida passa “rapidamente na frente de seus olhos em milésimos de segundos, como um filme”. Tive umas duas oportunidades de partir desta para outra mas, talvez porque o pior não aconteceu, não vi o tal filminho. Em 127 Hours, não acompanhamos apenas alguns segundos da vida do protagonista, cada vez mais enfraquecido e angustiado com a possibilidade de morrer. Também não assistimos a um filme com sua trajetória inteira, e sim boa parte do que vemos são delírios e divagações. Prepare-se. Este filme não é para todos.
Comento isso sem medo porque, realmente, não acho que qualquer pessoa gostaria de gastar uma hora e 12 minutos de seu tempo acompanhando a agonia de um rapaz aventureiro, inteligente e bonito com o braço preso em uma pedra e agonizando lentamente. Claro que o filme não é apenas isso. Ele tem algumas boas lições escondidas no ótimo roteiro do diretor Danny Boyle escrito com Simon Beaufoy e baseado no livro de Aron Ralston. Mas é fundamental que o espectador saiba o que poderá esperar desta história – e que ela não será uma sequência de aventuras, adrenalina e bela paisagens o tempo todo.
O diretor Danny Boyle é fera e, ao lado do ótimo desempenho de James Franco, do roteiro de Beaufoy e da trilha sonora do fantástico A.R. Rahman, é o grande responsável por este filme ser interessante. Bonito, apesar do que a história inicialmente poderia sugerir. Boyle é tão bom que ele consegue transformar uma hora de agonia e de reclusão do protagonista em algo mais interessante do que o senso comum poderia imaginar. Isso porque ele e Beaufoy tiram da caixa de ferramentas artifícios como o olhar cuidadoso para os “pequenos milagres” do cotidiano, para a memória e a fantasia de Aron Ralston, além de sua insistência por sobreviver. Outros diretores, como o mestre Hitchcock, já conseguiram narrar um filme inteiro em um mesmo ambiente. Mas nunca, pelo menos que eu me lembre, uma história ficou focada apenas em um local e com a interpretação de um ator por mais de 1 hora. E o fato disso não ser entediante de forma insuportável revela a qualidade deste filme e de seus realizadores.
A primeira característica de 127 Hours evidente é dinâmica acelerada e fragmentada da direção de Boyle. Desde Slumdog Millionaire o diretor parece ter assumido esta dinâmica como sua marca registrada – algo que não lhe acompanha desde sempre, é preciso comentar, e que já foi utilizada antes por muitos diretores, inclusive Steven Soderbergh. Claro que uma escolha “conceitual” que, junto com a música dinâmica e “multicultural e multireferencial” de Rahman, parecem buscar uma síntese de nosso tempo. (Entendendo esse “nosso tempo” como um quase padrão das sociedades urbanas e “desenvolvidas”, sem inserir neste balaio todas as outras sociedades existentes e seus ritmos próprios e distintos).
Depois do bom e sugestivo trabalho inicial, que evidencia também a qualidade na edição de Jon Harris, mergulhamos na aventura e nas belas paisagens escolhidas pelo protagonista. Até que ele sofra o acidente, o tempo parece ter pouca importância nesta história. Ledo engano. Cada elemento mostrado anteriormente vai cobrar a sua parcela de atenção e o tempo, em especial, será o grande determinante da narrativa. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Agora, pensa comigo: se você acha complicado e angustiante ficar uma hora “preso/a” junto com Ralston naquele mesmo local, imagine o que foi ficar ali 127 horas. Claro que nós estamos lúcidos todo o tempo e percebemos cada nuance do que ocorre naquele local, diferente do protagonista que, mesmo tentando ficar lúcido o tempo todo, muitas vezes sucumbe ao cansaço, à fraqueza e aos delírios.
No quesito “filmes de aventura e busca de sentidos com nuances filosóficas”, ainda prefiro a Into the Wild. Não apenas pelas paisagens e pelos personagens interessantes que vão aparecendo no caminho de Chris McCandless, mas principalmente pelo “conjunto da obra” e pelo tipo de ensinamento que o filme tenta nos passar. Enquanto em Into the Wild a mensagem é de que não importa o que você faça ou descubra, suas ações e sabedoria só tem sentido se forem compartilhadas com as outras pessoas, em 127 Hours a grande mensagem é que o tempo passa rápido, que não temos o controle que achamos que temos da nossa vida e que o tempo deve ser melhor aproveitado com as pessoas que amamos.
Claro que as duas mensagens e os dois filmes são belos, bem produzidos e tem, cada uma a sua maneira, qualidades a serem enaltecidas. Ainda assim, prefiro Into the Wild. Mas como não nos importa muito fazer “competições” de filmes – ainda que a comparação seja sempre salutar -, voltemos a 127 Hours. James Franco, em especial, impressiona pelo bom trabalho. Ele consegue adotar o tom exato para cada momento de seu personagem. Algo impressionante e nem sempre fácil de encontrar, especialmente em filmes que concentrem tanto a atenção em apenas um desempenho. A trilha sonora de Rahman, mais uma vez, é um dos pontos fortes do filme.
E o que falar do diretor Danny Boyle? Ele, junto com os diretores de fotografia Enrique Chediak e Anthony Dod Mantle, conseguiu utilizar diferentes câmeras e recursos para tornar uma história “parada” em dinâmica. Cada cena é valorizada e cuidadosamente planejada. E algumas sequências emocionam – e resumem qualquer discurso com “lição de moral” imaginável. São exemplo as imagens em que o protagonista, mesmo preso e sem perspectivas de ser libertado, continua admirando a beleza do que o rodeia, da pedra que ele sente com o toque dos dedos até o calor que o sol que invade o local por pouco tempo lhe propicia após uma noite de muito frio. Estes detalhes, assim como a memória/fantasia de Ralston em relação a sua própria vida, tornam este filme diferente e especial. Além da ousadia, é claro, de narrar uma história em que grande parte dela se resuma a um cara preso com o braço em uma pedra.
Além de possivelmente dar uma boa chacoalhada em muita gente por tornar tão evidente a grandeza e a limitação nossa de cada dia, nossa fortaleza e nossa fragilidade, 127 Hours serve também como uma reflexão por si só. Afinal, já que estamos falando de tempo e do uso dele, quem poderá achar insuportável passar uma hora de seu dia assistindo a agonia e aprendizado de uma pessoa comum? Alguém que vive acelerado e que “não tempo a perder”, certamente? Mas o que é perder tempo? Como se perde tempo? Eis uma das grandes reflexões desta produção.
Ralston ganhou ou perdeu 127 horas? Eu diria que o que ele aprendeu ali, sozinho, naquelas condições, muitas vezes o que uma vida inteira não é capaz de ensinar. O tempo, sem dúvida, é relativo. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme). Não sei vocês, mas quando o protagonista ficou mais de dois dias preso naquela rocha, pensei: será que ele sobreviveu? Lembrei, no início do filme, que em um dos créditos apareceu que o roteiro havia sido inspirado por um livro dele. Mas como não lembrava, exatamente, o nome do livro, pensei que talvez o garoto pudesse tê-lo escrito antes. Afinal, o roteiro poderia ter recriado “livremente” o que poderia ter acontecido com o rapaz, caso ele tivesse sido encontrado morto tempos depois – e haviam aquelas filmagens feitas por ele que recontariam parte de sua trajetória até ali. Mas não, para satisfação geral da nação – algo que incomodou a muitos em Into the Wild, o que acho uma bobagem -, 127 Hours é um filme de esperança. Que nos mostra, no final, como a vida pode ser sempre renovada e recriada. E que diferente do que muitos acreditam, após grandes sacrifícios e grandes “provações”, podem surgir fases muito boas, surpresas empolgantes. Nada como um dia após o outro – e a graça de termos um recomeço.
NOTA: 9,3.
OBS DE PÉ DE PÁGINA:
Elas aparecem pouco, mas talvez por serem duas aparições raras na produção concentrada em um único ator, Kate Mara e Amber Tamblyn se destacam. Mara interpreta a Kristi, e Tamblyn a Megan. As duas amigas perdidas são encontradas por Aron Ralston e desviam do garoto de seu caminho. Elas acabam servindo de “trampolim” para percebermos como o protagonista é “boa gente”, assim como suas imagens servem de alento durante alguns momentos de solidão vividos por ele em sua prisão rochosa. As atrizes aparecem pouco, mas estão muito bem.
Falando em atores secundários, vale citar a participação dos veteranos Treat Williams e Kate Burton, que interpretam os pais de Aron. A bela Clémence Poésy aparece em cena como Rana, a última paixão do protagonista – e que se revela em algumas das lembranças mais bacanas dele. Finalmente, vale citar o simpático/carismático Peter Joshua Hull como o garoto que aparece no sofá e que simboliza a infância de Aron.
As pessoas mais atentas não devem ficar em dúvida como eu fiquei – mesmo que por poucos minutos. (SPOILER – não leia se você não assistiu ao filme ainda). Isso porque, nos créditos iniciais de 127 Hours, aparece o título do livro de Aron Ralston: Between a Rock and a Hard Place (Entre uma Rocha e um Lugar Difícil, na tradução literal). Ora, Ralston não poderia ter escrito um livro com este título caso tivesse morrido naquele local, não é mesmo? Então a dúvida não existe, sobre a sua sobrevivência, em parte alguma da produção. Apesar disso, a angústia sobre a saída para aquela situação não diminui – até porque a “propaganda boca a boca” já tinha feito a mensagem “ele corta o próprio braço” chegar até mim antes de assistí-lo. E olha que, mesmo preparada para aquele momento, isso não tornou ele menos angustiante.
127 Hours estrou em setembro de 2010 no relativamente desconhecido Festival de Cinema de Telluride. Depois, passou pelos festivais de Toronto, Londres e outros seis eventos do gênero, inclusive o de Dubai, na Índia. Até o momento, a produção recebeu quatro prêmios, todos para James Franco, foi indicada a seis Oscar e a outros 55 prêmios. James Franco ganhou dois prêmios como Melhor Ator pela Associação de Críticos de Cinema de Central Ohio, outro pela associação de críticos de Dallas-Fort Worth e o último pela Sociedade de Críticos de Cinema de Las Vegas.
Até agora, 127 Hours ainda não conseguiu se pagar. Pelo menos com a bilheteria dos Estados Unidos. O filme, que custou aproximadamente US$ 18 milhões, conseguiu pouco mais de US$ 11,1 milhões nos Estados Unidos até o dia 16 de janeiro. Quem sabe agora, com a ajuda das indicações do Oscar, ele consiga melhorar o desempenho. Mas do jeito que está indo, será difícil conseguir um bom lucro. Talvez a propaganda boca a boca, das pessoas comentando de algumas cenas difíceis exploradas pela produção – e por ela centrar-se em um mesmo local por mais de uma hora – esteja espantando o grande público. No Reino Unido, o filme tem ido bem: conseguiu pouco mais de 4 milhões de libras.
Quem ficou com curiosidade para saber onde a produção foi filmada, informo: 127 Hours foi rodado em duas cidades dos Estados Unidos, Moab, em Utah, e Salt Lake, no mesmo Estado.
Os usuários do site IMDb deram a nota 8,2 para 127 Hours. Para o padrão do site, está de bom tamanho. Os críticos que tem textos linkados no Rotten Tomatoes foram mais generosos: publicaram 158 críticas positivas e apenas 11 negativas para a produção, o que lhe garante uma aprovação de 93% (e uma nota média de 8,3). Grande desempenho.
Como era de se esperar, Danny Boyle se cercou de antigos colaboradores para trabalhar com ele, mais uma vez, neste seu novo filme. Na lista estão alguns ganhadores do Oscar com Slumdog Millionaire: além do diretor e de A.R. Rahman, o diretor de fotografia Anthony Dod Mantle e o roteirista Simon Beaufoy.
Não li o livro de Ralston, mas no resumo da Amazon.com, fica claro que o filme de Boyle segue a espinha dorsal da obra do aventureiro. (SPOILER – não leia se você não viu o filme). Em seu livro, Ralston narra em detalhes o que ele fez até o acidente e, depois, transcreve os vídeos que gravou para a família, seus pensamentos e, segundo o resumo, a narrativa detalhada de como ele fez para amputar o próprio braço. Ralston não comenta apenas como quebrou o antebraço, mas de que forma conseguiu cortar os músculos e tudo o mais. Deve ser de arrepiar. Mas saber que ele narra em detalhes esta parte torna ainda mais legítima a forma com que o momento é mostrado no filme. Ainda que choque, o trecho acaba sendo coerente com a proposta do jovem que ficou preso naquela pedra.
Em sua obra, Ralston classificou a própria história das 127 horas em uma “experiência ininterrupta” que testou ao máximo o desenvolvimento físico, mental, emocional e a percepção mesmo de indivíduo dele. O livro do aventureiro tem 16 páginas de fotos.
Encontrei neste link uma reportagem especial da revista Go Outside sobre a história de Aron Ralston. A edição brasileira reproduz, na verdade, uma reportagem da publicação original, dos Estados Unidos, de 2004. No texto, trechos da obra de Ralston. Vale uma conferida.
Uma curiosidade sobre 127 Hours: após uma sessão no Festival de Toronto, Ralston caiu em lágrimas quando alguém na platéia perguntou como ele se sentia ao ver sua história ser interpretada no cinema. Ele acabou sendo consolado pelos atores que estavam perto e disse que foi difícil. Quando perguntaram para Ralston sobre a fidelidade da produção com a sua história, ele comentou que 127 Hours é quase um documentário sobre o que aconteceu, sem perder, por isso, a característica de um filme de drama.
A primeira escolha de Boyle para o papel do protagonista deste filme seria o ator Cillian Murphy. Que bom que ele mudou de ideia – ainda que Murphy seja muito bom, duvido muito que teria feito um trabalho tão preciso quanto James Franco.
Outra curiosidade sobre a produção: a câmera de vídeo utilizada por Franco nesta produção foi a mesma utilizada por Ralston quando ele ficou preso no Cânion Blue John.
CONCLUSÃO: Imagine acompanhar a agonia, as descobertas, a lucidez e o delírio de um jovem preso com um braço em uma rocha em um lugar deserto por 1 hora. Mais precisamente 1 hora e 12 minutos de seu tempo, porque na prática, esta pouco mais de uma hora representam 127 horas de experiência angustiante para o protagonista deste filme. Reflexão contundente sobre o tempo e os limites de um indivíduo – e indiretamente, de todos nós -, 127 Hours comprova, mais uma vez, o talento do diretor Danny Boyle para a narrativa. Pensando em cada frame desta produção, o diretor consegue equilibrar uma narrativa fragmentada e acelerada com um olhar mais “contemplativo” para os detalhes, como o voo de um pássaro, a entrada dos raios de sol em uma caverna, assim como para o lirismo de uma memória “reinventada” do próprio passado e a projeção dos sentimentos em relação às pessoas queridas de alguém que não sabe por quanto tempo ainda irá resistir. Um filme duro e belo ao mesmo tempo. Destes que merecem ser vistos. Mas que, para isso, é preciso estar preparado/a para assistir a cenas fortes, quase ao estilo do que foi visto em Saw (mas perfeitamente justificadas, é claro). O melhor mesmo, se você está decidido/a a assistir a este filme, é que esteja preparado/a. Porque precisará ter paciência e sangue frio.
PALPITE PARA O OSCAR 2011: 127 Hours foi indicado em seis categorias do Oscar. Francamente, não me surpreendeu em nada. Na verdade, achei que ele poderia ter sido indicado em mais uma categoria para a qual não foi: Melhor Diretor. Danny Boyle ficou fora da disputa. Infelizmente. Cá entre nós, eu acho que ele merecia ter entrado na disputa mais do que David O. Russell, de The Fighter. Mas paciência. Ele não foi o único injustiçado do ano – e afinal, que graça teria o Oscar se a Academia não fizeste destas? Se fosse um prêmio totalmente previsível, não teria tanta graça.
Dito isso, sempre há espaço para surpresas na premiação, é claro. Mas algo me diz que 127 Hours não terá chances em algumas das categorias principais nas quais está concorrendo. Como Melhor Filme, esqueçam. Ele não irá desbancar os favoritos The Social Network e The King’s Speech. Se alguma zebra fosse ganhar como Melhor Filme, eu apostaria em Black Swan. Mas isso não vai acontecer.
James Franco dificilmente conseguirá tirar o prêmio de Colin Firth, franco favorito, ou mesmo dos atores que correm um pouco por fora, como Javier Bardem e Jesse Eisenberg. Nesta categoria, Franco e Jeff Bridges são os azarões. Mas se o impossível acontecer e Franco levar o prêmio, não será uma injustiça. Ele está muito, muito bem em 127 Hours.
O filme acaba, assim, tendo mais chances nas categorias técnicas. A.R. Rahman pode repetir o feito conquistado com Slumdog Millionaire e levar um ou dois Oscar’s para casa. Será merecido, é claro. Mas ele tem pelo menos um grande concorrente em cada uma das categorias que está disputando – Melhor Música e Melhor Trilha Sonora. Jon Harris merece ganhar como Melhor Edição, mas Andrew Weisblum, por Black Swan, também está na disputa. E, para mim, ele é o favorito. Finalmente, o roteiro de 127 Hours está concorrendo… mas certamente ele não será páreo para Social Network ou mesmo Toy Story 3. Minhas fichas iriam para o texto de Aaron Sorkin.
No fim das contas, talvez 127 Hours consiga duas a três estatuetas, no melhor dos cenários. Ou fique apenas com uma, em Trilha Sonora ou Melhor Música. É esperar para ver.
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