domingo, 6 de fevereiro de 2011

Indicados ao Oscar 2011 (e as chances de cada um)

Demorei mais este ano, meus queridos leitores e leitoras. Sinto muito.


Mas é que diferente do ano passado, quando eu estava começando a procurar emprego e saia de um ano de mergulho profundo e exclusivo no meu projeto do doutorado, em 2011 estou trabalhando. E muito. E apenas nas horas livres eu consigo ver algum filme e publicar algo por aqui.



Resolvi parar hoje, recusando o convite de uma praia bacana agora de tarde para, finalmente, publicar a lista de indicados ao Oscar deste ano e, claro, diferente de outros sites, deixar por aqui os meus palpites sobre os premiados.



Quem me acompanha há mais tempo sabe que eu publico este tipo de texto de “análise” dos indicados ao Oscar desde 2008. Daquele ano até agora, sem dúvida, esta foi a vez que demorei mais para publicar este tipo de avaliação. Mas acho que ainda vale a pena, não é mesmo? Nem que for para ver, depois, quantos palpites eu errei.



Desde o ano passado, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood vem indicando 10 produções para a categoria principal, de Melhor Filme. Uma forma de agradar a gregos e troianos – e desagradar apenas a alguns gatos pingados -, abrindo espaço para filmes que entrariam na lista clássica dos cinco melhores e ainda adicionando outros mais comerciais e mais “alternativos” para abrir bastante o leque. Bem, falemos de todos os indicados nas 24 categorias da premiação, seguindo a ordem que a Academia usou em seu site este ano:



MELHOR FILME: Black Swan, The Fighter, Inception, The Kids Are All Right, The King’s Speech, 127 Hours, The Social Network, Toy Story 3, True Grit, Winters’s Bone.


Análise: Algumas semanas antes de sair a lista de indicados, eu diria um mês ou um mês e meio antes, nove dos 10 indicados deste ano eram quase uma aposta certeira. Havia, na verdade, espaço para uma ou, no máximo, duas surpresas entre os indicados. Winter’s Bone ficou com esta vaga. Todos os outros indicados para Melhor Filme eram esperados. Com um belo favoritismo de três produções: The Social Network, The King’s Speech e True Grit, nesta ordem. Correm, um pouco atrás, Black Swan, Inception e 127 Hours. Os outros filmes estão ali apenas para fechar a lista e, claro, para servir como um interessante painel do que foi produzido como aposta de alguns dos principais estúdios de Hollywood em 2010. De qualquer forma, não deixou de ser surpresa Winter’s Bone deixar um veterano como Clint Eastwood com seu Hereafter de fora da disputa, ou mesmo o elogiado Somewhere, de Sofia Coppola. O franco favorito: The Social Network. Sem dúvida, é o filme do ano, para a maioria dos críticos. Especialmente porque, para quase todos, ele resume como poucos fizeram antes a “nossa era” de superexposição voluntária das pessoas na internet. E estes críticos estão certos. Realmente The Social Network é um grande filme. Mas na reta final para a disputa ele tem sido surpreendido pelas indicações recebidos por The King’s Speech. O meu favorito: The King’s Speech. Essa, sem dúvida, foi uma escolha difícil. Isso porque, para mim, existe quase um empate técnico entre The King’s Speech, Black Swan e The Social Network. Cada filme tem a sua personalidade, seus objetivos, técnicas e sentidos. Mas o primeiro ganha dos demais por milésimos de segundo e, principalmente, por um fator: originalidade. Ainda que trate de um tema que outras produções já trataram, a intimidade de uma família real, The King’s Speech trata este assunto de forma totalmente diferenciada. Black Swan é brilhante, perfeito, mas lembra muito outras produções – do próprio Aronofsky e do Kieslowsky. The Social Network não é perfeito mas, ainda assim, trata de forma bastante interessante a aura que parece cercar o nosso tempo. Os três, em resumo, tem méritos e qualidade para vencer. Mas ainda fico, por pouco, com The King’s Speech.



MELHOR ATOR: Javier Bardem (Biutiful), Jeff Bridges (True Grit), Jesse Eisenberg (The Social Network), Colin Firth (The King’s Speech), James Franco (127 Hours).


Análise: Este é um ano bastante raro. Não há espaço para injustiças nesta categoria. Acompanho o Oscar há muito tempo e posso dizer: não lembro a última vez em que isso aconteceu. Qualquer um dos cinco atores indicados este ano tem méritos de sobra, por suas respectivas atuações, para levar a estatueta para casa. E o mais bacana: quatro dos indicados tem os seus respectivos filmes na lista dos melhores do ano. Nada mais justo e coerente. E mesmo Bardem, que não tem Biutiful indicado entre os filmes principais, pode orgulhar-se de ter a produção entre as de Melhor Filme Estrangeiro. Mas mesmo que só tenhamos feras este ano, existe sim um franco favorito. Não apenas pelos prêmios que recebeu, mas porque ele faz um trabalho de deixar qualquer queixo cair. O franco favorito: Colin Firth. Esta é a segunda indicação consecutiva do ator inglês para o Oscar. Há quem diga que, no ano passado, ele já deveria ter vencido por seu papel em A Single Man. No lugar dele, venceu a disputa o brilhante Jeff Bridges. Mas tudo indica que, desta vez, Firth levará a melhor na disputa – que tem, novamente, Bridges. Mas não seria uma surpresa completa se Bardem, Eisenberg ou mesmo Franco levassem a estatueta. Os três tem méritos para isso. Há quem diga que Mark Wahlberg merecia estar entre os cinco. Bem, o ator teve mais méritos por ter tomado The Fighter como um projeto pessoal e ter conseguido viabilizar o filme do que, propriamente, fazer um papel inesquecível. Não, acho que ele ficou bem fora da lista. O meu favorito: Colin Firth. Novamente, a escolha foi difícil. Gostei muito do perfeccionismo e dos trejeitos perfeitamente copiados por Jesse Eisenberg. Jeff Bridges e Javier Bardem sempre merecem ser premiados. James Franco conseguiu a melhor interpretação de sua carreira em 127 Hours. Mas Colin Firth… está estonteante em The King’s Speech. Meu voto seria para ele.



MELHOR ATOR COADJUVANTE: Christian Bale (The Fighter), John Hawkes (Winter’s Bone), Jeremy Renner (The Town), Mark Ruffalo (The Kids Are All Right), Geoffrey Rush (The King’s Speech).


Análise: Aqui a disputa ficou mais fácil. Com isso não quero dizer que todos os atores indicados não sejam bons ou tenham méritos para estar na lista. Mas, mesmo sem ter assistido a todos os desempenhos listados, há um franco favoritismo – e com razões – para Christian Bale. Frente aos concorrentes, ele está realmente muito, muito à frente. Vi, até o momento, apenas as interpretações de Mark Ruffalo e Geoffrey Rush. Os dois estão bem, mas não fazem nada além da média. Christian Bale, mesmo que pareça um tanto repetitivo em relação a papéis que fez anteriormente, está impecável, em uma entregue digna de aplausos. O franco favorito: Christian Bale. Depois de ter sido ignorado pela Academia vários anos seguidos, especialmente em 2008, quando muitos esperavam que ele fosse indicado por The Dark Knight, parece que finalmente chegou a vez de Bale levar uma estatueta para casa. O meu favorito: Christian Bale. Dificilmente alguém vai conseguir tirar o prêmio do ator este ano. Além do mais, especialmente por sua carreira até aqui, ele merece a estatueta – merecia há alguns anos, inclusive.



MELHOR ATRIZ: Annette Bening (The Kids Are All Right), Nicole Kidman (Rabbit Hole), Jennifer Lawrence (Winter’s Bone), Natalie Portman (Black Swan), Michelle Williams (Blue Valentine).


Análise: Por aqui, algumas indicações óbvias e algumas surpresas. Annette Bening e Natalie Portman eram figuras garantidas nas indicações deste ano. Nicole Kidman estava bem cotada, mas não deixou de ser uma surpresa ver Jennifer Lawrence e Michelle Williams deixando para trás outras atrizes bem cotadas como Julianne Moore e Hilary Swan. De qualquer forma, como na categoria Melhor Filme, aqui há também algumas favoritas e, as demais, correm “por fora”. Na frente, sem dúvida, Natalie Portman seguida, com certa distância, por Annette Bening. Jennifer Lawrence, que ainda não assisti, poderia surpreender – ela vem ganhando muitos elogios por seu desempenho. Mas a Academia, ainda conservadora, deve premiar alguém com uma história um pouco mais “antiga” em Hollywood. A franca favorita: Natalie Portman. Há seis anos a atriz foi indicada por seu papel estonteante em Closer. Na época, ela perdeu a estatueta para Cate Blanchett, outra atriz incrível. Mas tudo indica que, desta vez, Portman irá vencer a veterana Annette Bening. A minha favorita: Natalie Portman. Outra vez, difícil escolher. Isso porque Annette Bening merece ganhar, também. Qualquer uma das duas vencendo, não será uma injustiça. Mas Portman se entregou de uma maneira tão contagiante e impressionante em Black Swan que eu acho que, realmente, esta é a sua hora.



MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Amy Adams (The Fighter), Helena Bonham Carter (The King’s Speech), Melissa Leo (The Fighter), Hailee Steinfeld (True Grit), Jacki Weaver (Animal Kingdom).


Análise: Eis aqui mais uma disputa apertada. Diferente de outras categorias, aqui é mais difícil apontar uma “franca favorita”. Claro que há alguns burburinhos que tem dominado os discursos. Por exemplo: Melissa Leo leva vantagem sobre Amy Adams. Helena Bonham Carter pode surpreender pela força que The King’s Speech tem ganhado nesta reta final – além de, claro, ter um bom desempenho. Hailee Steinfeld é a surpresa da vez – que a Academia gosta de enaltecer. E todos, absolutamente, elogiam o trabalho de Jacki Weaver. Até o momento, assisti apenas ao trabalho das três primeiras. Então vou opinar a partir disto. Ah sim, e houve uma pequena grande injustiça nesta categoria: terem deixado Mila Kunis, de Black Swan, de fora. Ela, sem dúvida, merecia estar entre as cinco – mais que Amy Adams, na minha opinião. A franca favorita: Melissa Leo. Ela levou para casa o Globo de Ouro e ainda está indicada no prêmio do Screen Actors Guild. A minha favorita: Melissa Leo. A atriz, que já havia sido indicada em 2009 por Frozen River, merece levar a estatueta para casa. Mais uma vez ela está perfeita, em uma interpretação muito realista, nesta produção. Se Mila Kunis estivesse na disputa, provavelmente eu penderia para o seu lado.



MELHOR ANIMAÇÃO: How to Train Your Dragon, The Illusionist (L’Illusionniste), Toy Story 3.


Análise: Nesta categoria não há segredo. Os três indicados eram esperados, ainda que havia um certo rumor que Tangled ou Despicable Me poderiam tirar a vaga de How to Train Your Dragon ou The Illusionist – ou, pelo menos, de um deles. Mas deu o esperado. E aqui não existe um favorito, mas aquele que, claramente, irá vencer a disputa. Até porque o filme está indicado duplamente, não apenas como Melhor Animação, mas como Melhor Filme. Infelizmente, até agora, não assisti a nenhum dos três. Mas, em breve, quero ver a Toy Story 3.



O franco favorito: Toy Story 3.



O meu favorito: Toy Story 3. Ok, ainda não posso dizer que é o meu favorito. Melhor dizer que é a minha aposta. Afinal, como eu disse, ainda não assisti a nenhum dos três. Talvez mude o meu voto depois.




MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Alice in Wonderland, Harry Potter and the Deathly Hallows Part 1, Inception, The King’s Speech, True Grit.


Análise: Por aqui, um pequeno quadro da diversidade e da qualidade do cinema feito em Hollywood – como já havia ocorrido na edição do Oscar do ano passado. Há produções de estilos muito diferentes nas disputa, de filmes de época como The King’s Speech e True Grit até fantasias como Inception e Alice in Wonderland. O lobby pode dar a estatueta para títulos menos evidentes, como The King’s Speech ou True Grit. Mas, tudo indica, que os favoritos são mesmo Inception e Alice in Wonderland. E daí a disputa é acirrada. Os dois filmes tem uma direção de arte de tirar o chapéu – e digo isso sem ter assistido ao segundo, mas apenas ao ver alguns “croquis” e fotos. O franco favorito: Inception. Acredito que a produção dirigida por Christopher Nolan leva uma pequena vantagem na disputa, ainda que não seria uma surpresa se outros filmes ganhassem dela na queda de braço. O meu favorito: Inception. Ainda não assisti a todos os concorrentes. Gostei do trabalho feito em King’s Speech, mas acho que a complexidade de Inception merece mais o prêmio.



MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Black Swan, Inception, The King’s Speech, The Social Network, True Grit.


Análise: Outra categoria em que a disputa está acirrada e em que aparecem filmes de estilos muito diferentes. Ainda que a fotografia de todas estas produções seja um elemento que pode ser destacado, acho que apenas The Social Network possa estar correndo um pouco por fora. Ainda que o apuro do diretor de fotografia seja mais evidente em Black Swan e True Grit. O franco favorito: Black Swan. Quer dizer, acho que não existe um franco favorito… mas como tenho que apontar um nome, joguei as fichas em Black Swan. Mas não seria uma surpresa, aqui, ver qualquer um dos outros indicados levar o prêmio. Especialmente porque esta é mais uma categoria onde o lobby conta bastante. Ou, em outras palavras, é mais uma categoria que pode ajudar a formar o “grande vencedor” da premiação, aquele filme que irá levar muitos prêmios para casa. O meu favorito: Black Swan. Ah, a direção de fotografia de Black Swan é estonteante. Perfeita. Clássica, sem mistérios, apostando no contraste da luz e das trevas. Esta “simplicidade” muito bem planejada é fundamental para a história e o trabalho do diretor de fotografia fundamental para propiciar o ritmo da produção. Por isso, para mim, esta estatueta deveria ir para Black Swan.



MELHOR FIGURINO: Alice in Wonderland, I Am Love (Io Sono L’Amore), The King’s Speech, The Tempest, True Grit.


Análise: Mais uma vez a disputa é das boas. Há filmes de época, fantasia, produção contemporânea. Das cinco indicadas, todas mulheres, duas estreantes e três profissionais premiadas em edições anteriores do Oscar. Não assisti a todos os filmes, mas pelas imagens, eu diria que tem uma certa vantagem na disputa as “oscarizadas” Colleen Atwood, por Alice in Wonderland, e Sandy Powell, por The Tempest. Correm por fora as demais.



O franco favorito: Alice in Wonderland.



O meu favorito: The Tempest. Não assisti a quatro dos filmes em disputa, mas vendo as fotos deles, achei o trabalho de Powell em The Tempest simplesmente fantástico. Inovador, ousado, bastante interessante. Mas se alguma das outras ganharem, tenho certeza, não seja injusto.



MELHOR DIRETOR: Darren Aronofsky (Black Swan), David O. Russell (The Fighter), Tom Hooper (The King’s Speech), David Fincher (The Social Network), Joel e Ethan Coen (True Grit).


Análise: Três dos cinco nomes eram uma aposta certeira e os outros dois estavam bem cotados – e ganharam força para suas indicações na reta final para o Oscar. Darren Aronofsky, David Fincher e os irmãos Coen eram indicações evidentes. Hooper ganhou impulso, junto com o seu filme, nos últimos tempos, assim como Russell. Para mim, no lugar do último, muito bem poderia ter entrado o diretor Christopher Nolan, por Inception. Ainda que eu não tenha achado o filme tudo aquilo, mas vejo que o diretor teve um trabalho muito mais complicado e digno de uma indicação do que Russell, por exemplo. Mas ok, a Academia faz destas… O franco favorito: David Fincher. Como o filme é o favorito para o Oscar, o diretor também segue a mesma direção. Além disso, cá entre nós, Fincher merece. Não apenas por esta produção, mas pela qualidade de sua filmografia até aqui. O meu favorito: Darren Aronofsky. Difícil escolher. Isso porque eu gosto muito do Fincher, do Aronofsky e dos irmãos Coen. Qualquer um deles ganhando, para mim, será bacana. Sem contar que fiquei impressionada com o trabalho do Hooper. Também acho que ele merece. Para mim, só seria injusto se a estatueta parasse nas mãos de Russell. Qualquer um dos demais é digno do prêmio. Ainda assim, tenho uma quedinha maior por Arnofsky, seguido de perto por Hooper e Fincher.



MELHOR FILME DOCUMENTÁRIO: Exit Through the Gift Shop, GasLand, Inside Job, Restrepo, Waste Land.


Análise: Mais uma vez, uma categoria em que a disputa é forte. Ainda assim, existe um certo “favoritismo” no ar. Exit Through the Gift Shop e Restrepo levam vantagem sobre os demais. Em seguida, vem correndo Waste Land. Os outros dois estariam correndo por fora. Inside Job tem o conhecido Charles Ferguson por trás das câmeras, mas o filme não tem recebido muitas indicações a prêmios. Diferente de Exit Through the Gift Shop, Restrepo e Waste Land. O segundo merece destaque por tratar de um tema que Hollywood gosta de ver em documentários: a guerra. Mas os outros dois se destacam por tratarem com originalidade temas recorrentes. Difícil apontar um favorito, mas vou fazer isso. O franco favorito: Exit Through the Gift Shop. Não assisti, infelizmente, a nenhum dos concorrentes até agora. Mas pelos prêmios que esta produção já embolsou e por ter Banksy por trás do filme, acredito que ela poderá sair com uma certa vantagem na frente dos demais. O meu favorito: Waste Land. Sim, minha escolha passa pela questão do tema e pelo filme ter sido, em parte, filmado no Brasil. Gosto do assunto e a abordagem de Lucy Walker, Angus Aynsley e do brasileiro João Jardim, parece ter sido interessante. Sem contar que a produção valoriza o trabalho do ótimo Vik Muniz e tem a trilha do sonora do igualmente fantástico Moby. Só por estas razões ele entra como o meu preferido – mesmo sem tê-lo assistido.



MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM: Killing in the Name, Poster Girl, Strangers No More, Sun Come Up, The Warriors of Qiugang.


Análise: Como comentei no Oscar anterior, eis uma categoria pouco observada nas premiações anuais da Academia. O que é uma pena – e culpa, claro, da falta de opções, seja de festivais ou do circuito comercial mesmo, em disponibilizar estas produções para o grande público. Não assisti ainda aos concorrentes, mas vale a pena comentar, rapidamente, sobre o que cada produção trata. Killing the Name é um documentário de 39 minutos que trata de um tema espinhoso: os homens-bomba muçulmanos. O diretor Jed Rothstein narra a história de perda de Ashraf Al-Khaled e sua esposa que, no dia em que se casaram, tiveram a cerimônia invadida por um homem-bomba. O homem explodiu durante a cerimônia e matou 27 pessoas das famílias do casal. De forma corajosa, Ashraf rompe o silêncio da comunidade muçulmana para falar de sua história. Poster Girl, com 38 minutos de duração, foca as lentes para a história de Robynn Murray, uma soldado do Exército que foi para a Guerra do Iraque e voltou para o seu país “sem chão”. Refém de vários tipos de remédio e “incapacitada” para ter uma vida normal, Murray serve de exemplo sobre a brutalidade de guerras que a maioria das pessoas não entende porque continuam ocorrendo. Com 40 minutos de duração, Strangers No More conta a história de uma escola para alunos “especiais” em Tel Aviv. Naquele local, crianças e jovens de 48 diferentes nacionalidades dividem as suas experiências, muitas delas traumáticas, na busca pela adaptação a um novo país, a uma nova realidade, e na compreensão dos diferentes. Sun Come Up tem 38 minutos de duração e conta a história de um grupo de refugiados na região de Papua, na Nova Guinea. O documentário acompanha o deslocamento desta pessoas, expulsas de suas terras por causa de uma guerra em Bougainville. Com 39 minutos de duração, The Warriors of Qiugang conta a impressionante história de um grupo de moradores de uma vila na China que resolvem tomar conta de uma empresa química que está poluindo o ar e a água do local. Durante cinco anos estes moradores lutaram para mudar aquela realidade e, com este gesto, modificaram a eles próprios. O franco favorito: Killing in the Name. Complicado escolher um franco favorito. Na verdade, acho que não existe um favorito. Mas três filmes talvez liderem a disputa: Killing the Name, Strangers no More e The Warriors of Qiugang. Especialmente por causa da temática de cada um deles e pela “sacada” de seus diretores. O meu favorito: Strangers No More. Difícil escolher. Fiquei bastante dividida entre os três que citei antes. Mas acho que a temática de crianças e jovens de diferentes culturas vivendo em um mesmo local e aprendendo uns com os outros me “toca” de uma maneira mais especial. Fiquei muito curiosa para assistir a este filme e aos demais. Quando eu conseguir, comento sobre cada um por aqui.



MELHOR EDIÇÃO: Black Swan, The Fighter, The King’s Speech, 127 Hours, The Social Network.


Análise: Mais uma vez, a disputa está boa. O trabalho de edição feito em cada um destes filmes é digno de aplausos. E, como pede, esta categoria, estes trabalhos foram essenciais para a qualidade final da produção. Por isso mesmo, difícil dizer quem é o favorito. Mais uma vez, esta categoria técnica pode ser definida por quem fizer um lobby melhor – ou, em outras palavras, ela pode premiar aquele filme que foi escolhido a “bola da vez” deste ano. De qualquer forma, eu acredito que Black Swan, 127 Hours e The Social Network levem uma certa vantagem sobre os outros concorrentes. Ainda que, volto a comentar, todos sejam dignos do prêmio. O franco favorito: The Social Network. Levando em conta que este filme continua sendo o favorito para as categorias principais, acredito que ele será também o preferido para este prêmio. A verdade é que esta categoria deverá acompanhar o filme escolhido como “bola da vez” – e isso poderá acontecer com The Social Network ou The King’s Speech. Além deles, não seria uma total surpresa se Black Swan ou 127 Hours vencessem. Afinal, o trabalho de edição em ambos é decisivo e magnífico. O meu favorito: Black Swan. Outra vez uma escolha complicada. Praticamente todos os concorrentes merecem ganhar. Mas eu tenho uma leve preferência pelo trabalho de Black Swan, porque acho que ele foi mais difícil de ser feito, tecnicamente, apresentando uma perfeição impressionante que aliou ritmo e cortes precisos.



MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: Biutiful, Dogtooth (Kynodontas), In a Better World (Haevnen), Incendies, Outside the Law (Hors-la-loi).


Análise: Dos cinco finalistas nesta categoria, eu só apostava em dois: In a Better World e Biutiful. Os outros demais, pelo menos para mim, foram uma surpresa. Carancho, por exemplo, ficou de fora, o que eu achei uma bela injustiça. Mas tudo bem, muitos comentam mesmo que esta é uma das categorias mais surpreendentes e abertas a “surpresas” da premiação. Biutiful tem grandes chances ao prêmio por várias razões. Para começar, ele é dirigido pelo fantástico Alejandro González Inãrritu, um dos grandes cineastas que o Méximo já produziu. Depois, o filme tem o grande Javier Bardem como ator principal – e também candidato ao Oscar – e embolsou, até o momento quatro prêmios em outros festivais/premiações. In a Better World ou Haevnen, no original, é mais um dos grandes trabalhos da excelente diretora Susanne Bier. O filme tem roteiro de Anders Thomas Jensen, mais um dos grandes nomes do cinema do leste europeu. Tem tudo para ser brilhante (não, ainda não consegui assistir a nenhum dos dois). Além de Biutiful e Haevnen, que parecem ser os favoritos este ano, correm por fora o grego Dogtooth, o canadense Incendies e o argeliano Hors-la-loi. Dogtooth (ou Kynodantas, no original) é dirigido por Giorgos Lanthimos e acumula nove prêmios. Incendies, do premiado Denis Villenueve, é uma surpresa na premiação. Mesmo sem ter ganho nenhum prêmio até agora, foi um filme bem recebido em festivais como o de Toronto e Veneza. Finalmente, Hors-la-loi, dirigido por Rachid Bouchareb, apesar da narrativa acelerada, entrou como o azarão na disputa. O franco favorito: In a Better World (Haevnen). Eu diria que o filme de Susanne Bier leva uma certa vantagem na disputa após ter vencido a seus principais concorrentes, e mais o forte italiano Io Sono L’Amore, no Globo de Ouro. Mas não seria uma total surpresa, também, se Biutiful levasse a estatueta. O meu favorito: Haevnen. Difícil escolher, porque gosto muito do cinema o Iñarritu. Mas aprecio demais a Susanne Bier e acho que está na hora desta “nova escola” dinamarquesa levar um Oscar para casa.



MELHOR MAQUIAGEM: Barney’s Version, The Way Back, The Wolfman.
 
 


Análise: Não assisti a nenhum dos indicados, devo dizer. Mas não deixa de ser surpreendente que filmes com um trabalho menos “extensivo” de maquiagem, como parecem ser Barney’s Version e The Way Back, tenham sido indicados no lugar de Alice in the Wonderland, apenas para dar um exemplo. De qualquer forma, acho que aqui não há muito segredo sobre a produção que leva a dianteira na disputa.



O franco favorito: The Wolfman. Parece ter sido o trabalho mais complexo e difícil de fazer.



O meu favorito: The Wolfman. Apenas para seguir o óbvio, já que não assisti, ainda, a nenhum dos concorrentes.



MELHOR TRILHA SONORA: How to Train Your Dragon, Inception, The King’s Speech, 127 Hours, The Social Network.
 


Análise: Belas escolhas da Academia. Tirando o primeiro filme, que ainda não assisti, posso falar dos demais. Há um equilíbrio entre trilhas mais “tradicionais”, como as que escutamos em Inception e The King’s Speech, e outras mais ousadas, criativas, representadas por 127 Hours e The Social Network. Difícil escolher, mas uma vez. Por trás da trilha de How to Train Your Dragon, o trabalho do premiado John Powell. E o que dizer Hans Zimmer, compositor da trilha de Inception? Veterano de Hollywood, ele já recebeu um Oscar e foi premiado outras 49 vezes em eventos diversos. Por trás da trilha de The King’s Speech, o francês Alexandre Desplat, que foi indicado outras três vezes ao Oscar e, até agora, nunca levou uma estatueta. Com 127 Hours, reaparece em cena o criativo e premiado com um Oscar A.R. Rahman. Finalmente, assinando a trilha de The Social Network, Atticus Ross e Trent Reznor. Grandes nomes, ótimas trilhas, uma boa disputa. O franco favorito: The King’s Speech. Sei que parece absurdo, mas acho que desta vez a Academia vai se render a Desplat. Ele assina uma trilha fantástica e primordial para The King’s Speech. Mas não seria uma surpresa se Zimmer levasse por Inception, outro grande trabalho, ou mesmo se A. R. Rahman conseguisse ser premiado novamente. Ainda pode jogar a favor da dupla Reznor e Ross a velha máxima de “avalanche” de prêmios, caso The Social Network vá embolsando quase tudo para o qual foi indicado. E digo isso tranquilamente, porque eles também merecem ser premiados pelo trabalho que fizeram – ainda que, neste caso, o lobby contaria mais que a questão pura e simples do talento. O meu favorito: 127 Hours. Certo, eu admito: sou fã do A.R. Rahman. E acho, francamente, que a trilha sonora que ele bolou para 127 Hours é muito mais impactante e determinante para a história do que as demais trilhas para seus respectivos filmes. Duvido que ele seja premiado novamente, depois de ter recebido, há apenas dois anos, duas estatuetas por Slumdog Millionaire. Mas eu ia curtir muito se ele ganhasse mais esta.



MELHOR CANÇÃO ORIGINAL: Country Strong (Coming Home, de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey), Tangled (I See the Light, de Alan Menken e Glenn Slater), 127 Hours (If I Rise, de A.R. Rahman, Dido e Rollo Armstrong), Toy Story 3 (We Belong Together, de Randy Newman).



 

Análise: Das quatro canções indicadas, duas são de filmes de animação. O que era mais que esperado, já que estas produções normalmente dominam as indicações e a lista de premiados nesta categoria do Oscar. Mas este ano, quem sabe, são os outros filmes que tem mais chances de levar a estatueta. Coming Home, música do filme Country Song, assim como a canção de Tangled, já haviam sido indicadas ao Globo de Ouro. Mas ambas acabaram perdendo para uma música de Burlesque – musical que, inclusive, foi solenemente ignorado pelo Oscar deste ano. Os demais indicados ao Oscar, para surpresa de muita gente, não haviam aparecido na lista do Globo de Ouro. Fiquei feliz, cá entre nós, pela música de Rahman, Dido e Armstrong ter entrado na disputa. Assim como pela canção de Randy Newman, um veterano premiado, ter aparecido na lista. A concorrência está boa este ano. Fora a canção de 127 Hours, as demais eu não conhecia. Indo atrás delas, no Youtube, posso dizer: Coming Home é uma música bonita, mas com uma interpretação melhor do que a letra propriamente, bastante fraquinha; I See the Light é a típica música bonitinha de um filme da Disney, sem nada demais; We Belong Together, do grande Randy Newman, é uma música bonitinha também, mas com mais conteúdo e cuidado nos detalhes, sem contar uma sonoridade inventiva e interessante; e, finalmente, If I Rise é uma música com sonoridade e letra impecáveis, sem contar a bela interpretação de Dido. O franco favorito: Toy Story 3. Acredito que vão dar o prêmio para Newman, o que seria bastante justo. Além do mais, as animações levam uma certa vantagem histórica sobre os outros filmes. O meu favorito: 127 Hours. Sem dúvida, adorei a música If I Rise, não apenas pela voz de Dido, que é fantástica, mas pela sonoridade que apenas A.R. Rahman teria a sensibilidade de construir. Sem dúvida esta parceria merecia um prêmio. Mas duvido que será o Oscar.



MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO: Day & Night, The Gruffalo, Let’s Pollute, The Lost Thing, Madagascar – carnet de voyage.


Análise: Como de costume, mais uma vez, nesta categoria podemos ver a curtas de animação de grandes estúdios, como Day & Night, da Pixar, competindo com produções bastante alternativas, a exemplo de Madagascar. Em breve vou publicar um texto apenas sobre os curtas. De momento, assisti apenas aos trailers de três deles, no Youtube, e a duas produções na íntegra, também no site de compartilhamento de vídeos. Quem procurar a Let’s Pollute e Madagascar no Youtube, conseguirá assistí-los integralmente. Os outros devem ser acessados de outra forma – Day & Night pode ser visto como extra no DVD de Toy Story 3. Comecemos por Day & Night, da Pixar. O curta com seis minutos de duração conta o encontro do Dia com a Noite e a brincadeira que começa a surgir entre eles, cada um revelando os seus pontos fortes e belezas. Pelo trailer, parece ser um curta muito interessante e criativo e com aquela velha e boa mensagem de “cada um com suas diferenças e qualidades” no ventre. The Gruffalo é um curta de 27 minutos produzido pela BBC e que tem um grande elenco em algumas de suas vozes (entre outros, Helena Bonham Carter, Tom Wilkinson e John Hurt). Baseado em um livro infantil, o curta conta a história de um rato que atravessa uma floresta pela qual deverá enfrentar vários predadores. Pelo trailer do curta, ele parece ser bastante interessante – ainda que menos inventivo que o anterior. Let’s Pollute tem seis minutos de duração e segue a linha dos filmes educativos dos anos 1950 e 1960, satirizando o nosso modelo de “desenvolvimento” atual – baseado em uma economia poluente. O curta pode ser visto na íntegra neste link. The Lost Thing é um curta de 15 minutos que conta a história de um rapaz que, ao caminhar pela praia, encontra uma estranha criatura. Surpreso por ninguém mais dar bola para aquele ser estranho e de tamanho considerável, o garoto leva a criatura para sua casa, onde acaba não sendo bem recebida. Neste link é possível assistir ao trailer do curta. Finalmente, Madagascar, Carnet de Voyage, um curta de 11 minutos feito por um programador francês que narra, de forma muito particular, a sua experiência de viajar por Madagascar. O curta pode ser assistido na íntegra neste link. O franco favorito: Day & Night. Primeiro, o curta parece ser muito bem feito. E criativo. Depois, ele tem a força da Pixar a seu lado. Deve ganhar a estatueta por estas razões. Ainda que, nesta categoria, não seria exatamente uma surpresa se outros concorrentes, como The Gruffalo, levassem a melhor. O meu favorito: Madagascar, Carnet de Voyage. Fiquei impressionada com o estilo e a forma diferenciada de Bastien Dubois contar esta história. Muito bacana.



MELHOR CURTA-METRAGEM: The Confession, The Crush, God of Love, Na Wewe, Wish 143.


Análise: Mais uma vez, entre os filmes indicados a Melhor Curta, algumas produções com temática bastante forte. The Confession, com 26 minutos de duração, é uma produção inglesa que conta a história de um garoto de nove anos que está apavorado com a ideia de enfrentar, pela frente, a sua primeira confissão. Juntamente com o amigo Jacob, ele tenta evitar a experiência. The Crush é um curta com 15 minutos de duração que também foca as atenções para um garoto. A produção irlandesa conta a história de um menino de oito anos que, de tão obcecado por seu professor, desafia o namorado dele para um duelo. O estadunidense God of Love, de 18 minutos, conta a história de um cantor e jogador de dardos profissional que recebe uma caixa misteriosa cheia de dardos. O belga Na Wewe, com 19 minutos de duração, concentra-se em um episódio da guerra civil de Burundi pelos anos 1994. Um genecídio está colocando em lados opostos Hutus e Tutsis. O curta mostra um destes episódios envolvendo um ônibus cheio de civis. Finalmente o inglês Wish 143, com 24 minutos de duração, conta a história de um jovem, paciente de um hospital que trata doentes terminais, que tem a oportunidade de realizar um último desejo antes de morrer. O franco favorito: Na Wewe. Pelo tema da produção e pela cotação alta que ela tem no site IMDb, acredito que este curta seja o grande favorito da disputa. Mas não seria de surpreender se vencesse The Crush ou mesmo Wish 143 que, aparentemente, tem uma narrativa bastante criativa. Quer dizer, todos da lista parecem interessantes. Difícil saber o favorito sem ter assistido aos concorrentes. O meu favorito: The Crush. Gostei desta premissa bastante inusitada, de um garoto que, de tão obcecado pelo professor, resolve tirar o seu parceiro para um duelo mortal. Deve ser interessante – sem contar que ele tem uma nota ótima no IMDb também. Meu segundo voto seria para Na Wewe ou Wish 143.



MELHOR EDIÇÃO DE SOM: Inception, Toy Story 3, Tron: Legacy, True Grit, Unstoppable.



Análise: Indicações bastante óbvias contrastando com uma ou duas surpresas. Inception, Tron: Legacy e Unstoppable eram indicações evidentes. Especialmente o primeiro. Toy Story 3 e True Grit entraram para reforçar, ainda mais, o peso de seus títulos. Outras produções poderiam ter entrado na disputa, como The Social Network. O franco favorito: Inception. Acredito que, pelo menos neste quesito técnico, ele leve vantagem. Ainda que não seria uma total surpresa se Unstoppable ou Tron: Legacy levassem a estatueta. Para ser franca, fora True Grit e Inception, ainda não assisti aos outros concorrentes para poder dar uma opinião certeira. O meu favorito: Inception. Dos que eu assisti, sem dúvida, é o que tem uma edição de som mais determinante para a história e, claro, com qualidade.



MELHOR MIXAGEM DE SOM: Inception, The King’s Speech, Salt, The Social Network, True Grit.


Análise: Aqui sim a disputa ficou mais divertida. Difícil escolher algum dos indicados. Na verdade, mais fácil tirar um deles: True Grit, para mim, corre por fora na disputa. São fortes concorrentes The Social Network e Inception, acompanhados de perto por The King’s Speech e Salt. Difícil, bem difícil escolher apenas um. Isso porque o trabalho de equalização, captação, efeitos e demais processos que fazem parte da mixagem de som foram muito bem feitos em todos os concorrentes. O franco favorito: Inception. Acredito que o filme possa ganhar pelos detalhes. Mas não seria uma surpresa se ele perdesse para The Social Network, por exemplo. O meu favorito: The King’s Speech. Outra vez, um trabalho cuidadoso e que acaba sendo fundamental para a produção. Mas eu não ficaria chateada se outro vencesse – como The Social Network, por exemplo.



MELHORES EFEITOS ESPECIAIS: Alice in Wonderland, Harry Potter and the Deathly Hallows Part 1, Hereafter, Inception, Iron Man 2.


Análise: Interessante que apenas um dos cinco indicados não foi um arrasa-quarteirão. Para não dizer que o filme do Clint Eastwood foi solenemente ignorado, ele recebeu esta indicaçãozinha por efeitos especiais. Mas não deve levar. Afinal, ele concorre com grandes produções que apostaram algumas de suas principais fichas, justamente, neste recurso. A escolha será difícil, para os votantes, e acredito que o ganhador vencerá por uma vantagem pequena.



O franco favorito: Inception. Acho complicado apontar um favorito, já que me parece que correm, um tanto que “parelhos”, Alice in Wonderland e Inception. Pouco atrás, viriam Iron Man 2 e Harry Potter. Digo isso podendo errar redondamente já que, até o momento, assisti apenas a Inception.



O meu favorito: Inception. E nem poderia ser diferente, não é? Talvez, depois que eu assistir aos demais, eu possa mudar de ideia. Mas, até o momento, acho que os efeitos estonteantes de Inception merecem sim levar um Oscar para casa.



MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: 127 Hours, The Social Network, Toy Story 3, True Grit, Winter’s Bone.


Análise: Este ano as duas categorias de melhor roteiro estão disputadíssimas. A ponto de algumas produções consideradas favoritas, antes dos indicados serem anunciados, terem ficado de fora. Não assisti a Toy Story 3 e Winter’s Bone. E ainda que o texto de True Grit seja um de seus pontos fortes, vejo que a grande concorrência esteja entre The Social Network e 127 Hours. O primeiro, é fantástico e corajoso. O segundo, muito difícil de ser adaptado – e feito de forma bacana e criativa. Ainda assim, acho que não teremos muita surpresa nesta categoria.



O franco favorito: The Social Network. Não adianta. Aaron Sorkin deve levar a estatueta para casa. E com todos os méritos, é importante dizer. Mas caso ocorresse uma surpresa por aqui e a estatueta fosse parar nas mãos de Danny Boye e Simon Beaufoy pelo difícil trabalho com 127 Hours, seria algo bastante justo também.



O meu favorito: The Social Network. Apesar dos pesares, de que o filme não é tão bom, perfeito como poderia, a verdade é que este é um grande roteiro. Um texto ousado, veloz, que amarra bem as histórias e segura a verborragia como algo interessante e convidativo. Sorkin merece levar.



MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: Another Year, The Fighter, Inception, The Kids Are All Right, The King’s Speech.



 

Análise: Mais um exemplo de como Hollywood está atenta ao talento e aceita a diversidade. Na lista, alguns dos melhores filmes do ano. Ainda que, cá entre nós, eu preferia Black Swan no lugar de The Fighter ou mesmo de Inception. Mas ok, as indicações do Oscar nem sempre são perfeitas. Fiquei feliz pelo fato de The Kids Are All Right ter sido reconhecido, assim como fiquei curiosa para assistir a Another Year – afinal, a produção não teve mais nenhuma indicação a não ser esta. De qualquer forma, aqui a disputa está clara: entre The King’s Speech e Inception.



O franco favorito: The King’s Speech. O roteiro de David Seidler é maravilhoso. Cada linha foi bem escrita, a exemplo do texto de The Social Network. Se o Oscar for justo, estes dois filmes, considerados por muitos os melhores do ano passado, receberão as suas respectivas estatuetas por roteiros.



O meu favorito: The King’s Speech. Sem dúvidas. O filme é muito mais original do que Inception, por exemplo, e marca a obstinação de seu roteirista. Se ele não vencer, que pelo menos The Kids Are All Right surpreenda.



 FONTE:
 http://moviesense.wordpress.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário